A Renamo boicotou hoje a tomada de posse nas assembleias provinciais e ameaçou seguir a mesma postura na investidura do novo parlamento por não reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro.
"Os membros da Renamo foram eleitos por uma lista do partido e o partido que os patrocinou diz que não podem tomar posse. Temos um mandatário (Afonso Dhlakama) que aceitamos que ele nos representasse e a direcção desse mandatário está a dizer que não devemos tomar posse. Então, é só cumprir", disse o porta-voz da Renamo, António Muchanga, em declarações à Lusa.
Os 294 membros da Renamo eleitos para as 10 assembleias provinciais não tomaram parte na cerimónia de investidura em cumprimento de uma directiva da última sessão da Comissão Política do partido, realizada em Dezembro.
Com a ausência dos membros da Renamo da tomada de posse nas assembleias provinciais, apenas os membros da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, com 484 assentos, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 32 assentos, tomaram posse.
O movimento ameaça igualmente ordenar que os 89 deputados dos partidos eleitos para a Assembleia da República não tomem posse no próximo dia 12.
Para o novo parlamento, a Frelimo elegeu 144 deputados, Renamo 89 deputados e MDM 17 deputados.
Nas eleições presidenciais, Filipe Niusy venceu com 57%, Afonso Dhlakama, da Renamo, conquistou 36,6% e Daviz Simango, do MDM, 6,4%.
O principal partido de oposição de Moçambique exige a formação de um governo de gestão como solução para a crise gerada por não reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, as quintas do género em Moçambique.
Fonte: LUSA – 07.01.2014
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