segunda-feira, novembro 08, 2010

Moçambique é o 4.º país pior do mundo e o 3.º pior da África Austral no Índice de Desenvolvimento Humano 2010

Revela PNUD

As condições de vida dos moçambicanos, durante o período em avaliação, deterioraram-se, especificamente a educação, a saúde e o rendimento por pessoa. Numa classificação de 169 países, Moçambique encontra-se quase na cauda com 0,284 pontos, um índice de desenvolvimento humano considerado “muito baixo”.
Mais um relatório, desta vez das Nações Unidas, chumba as políticas do Governo do dia, mais um que desde a independência nacional em 1975 tem estado ininterruptamente a cargo do Partido Frelimo. Trata-se do relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), tornado público sexta-feira última, que coloca Moçambique como o 4º país mais subdesenvolvido do mundo, apenas à frente de Burundi, Níger, República Democrática de Congo e Zimbabwe, todos por sinal países africanos e dois deles membros da SADC.
O Índice de Desenvolvimento Humano, que é publicado há já 20 anos, é considerado dos instrumentos mais eficazes e credíveis para avaliar o desenvolvimento humano de um país. Analisa a educação, saúde e rendimento per capita da população de um país e conjuga-os para tirar as conclusões sobre o desenvolvimento humano das pessoas.
Numa classificação de 169 países, Moçambique encontra-se quase na cauda com 0,284 pontos, um índice de desenvolvimento humano considerado “muito baixo”.
Apenas quatro países do mundo estão pior do que Moçambique. Entretanto, trata-se de países atípicos, fortemente fustigados por guerras ou por crises históricas. Burundi, Níger, República Democrática de Congo – marcados por conflitos armados e Zimbabwe – a braços com uma crise histórica, são os únicos piores do que Moçambique que deixou de ter guerra a 04 de Outubro de 1992, há 18 anos.
Na região da África Austral, Moçambique supere apenas República Democrática de Congo e o Zimbabwe de Robert Mugabe.
Em 2009, o PNUD avaliou 182 países e Moçambique era o 11º pior do mundo, com 0, 402 pontos, contra os 0, 284 do presente ano. Quanto mais próximo do um (1) estiver, mais elevado é o índice de desenvolvimento humano de um país. Isto mostra que não foi a redução do número dos países avaliados que levou Moçambique para uma posição pior do que a do ano passado. A pontuação também reduziu, o que mostra que as condições de vida dos moçambicanos, durante o período em avaliação, deterioraram-se, especificamente a educação, a saúde e o rendimento por pessoa.

Tendência contrária ao combate à pobreza

Este relatório é o terceiro, no espaço de dois meses, que vem mostrar resultados com uma tendência contrária ao tão propagandeado combate à pobreza em Moçambique.
O primeiro foi o relatório do Instituto Nacional de Estatística, que traz dados comprovativos de que o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza aumentou no período que coincide com a governação de Armando Guebuza. A seguir veio o estudo da Inspecção Geral das Finanças, recomendado pelos doadores, revelar o fracasso das políticas agrárias do Governo de Guebuza. Agora é o Índice de Desenvolvimento Humano, que, segundo o PNUD, deteriorou-se desde que Armando Guebuza ascendeu a Presidente da República e chefe do Governo. (Borges Nhamirre)

CANALMOZ – 08.11.2010 in Moçambique para todos

Nota: confira os dados neste link: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Brasil

25 comentários:

Anónimo disse...

Muito tristes noticias para mim e para os meus amados irmaos mocambicanos...
Sr. Reflectindo, no entanto, isto nao e novidade para mim, alias, o contrario e que me deixaria boquiaberta ou espantada.
Um abraco fraterno da
Maria Helena

Reflectindo disse...

Cara Maria Helena, é assim mesmo quando os governantes confundem o desenvolvimento pessoal (leia-se: deles) com o dos cidadãos em geral.

O Índice de Desenvolvimento Humano é um factor sério numa nacão. Aqui está a avaliacão dos direitos humanos.

Abraco

Abdul Karim disse...

Maria Helena,

'E muito triste e de facto nao 'e surpresa,

So que podia ter sido evitado, estamos a trabalhar a muito tempo nisso, e ainda que haja gente que nao entenda, nos mereciamos nao bater assim ao fundo depois de tanto trabalho.

Numa coisa 'e positivo, pois vamos comecar a levar mais a serio a nossa situacao,

Tambem o facto dos indicadores da ONU serem ja mais ajustados a realidade vai implicar uma serie de mudancas na abordagem dos problemas de DH no mundo, e esperemos que com especial enfoque para o nosso "caso paradoxal" de crescimento economico VS pobreza.

Anónimo disse...

Esse relatorio classifica Mocambique em posicao 165, e Afganistao em posicao 155! Ninguem pode acreditar que Afganistao tem melhor qualidade de vida que Mocambique.
Esse relatorio, que mudou completamente a metodologia dos anteriores Relatorios de Desenvolvimento Humano, nao tem credibilidade nenhuma.

Paul Fauvet

Abdul Karim disse...

Paul,

Se tem credibelidade ou nao, nao sei, 'e da PNUD ( ONU ), assim como nao sei se o Afganistao tem ou nao melhores condicoes de vida que Mocambique,

A esperanca de vida da gente do afganistao 'e tao baixa quanto a de Mocambique ?

O HIV e outras doencas no Afganistao tem os numeros tao altos como Mocambique ?

Acredito que a reaccao Mocambicana a este relatorio e aos respectivos indicadores 'e a que 'e, porque deixou-se de considerar o PIB, onde estava assente a defesa "argumentativa" do actual governo de Mocambique,

Mas note que o PIB ja era ha bastante tempo, e nao reflete a distribuicao da riqueza para elem de estar a ser influenciado por grandes projectos que pouca ou quase nehuma mais valia trazem ao pais.

Desculpe mas isso 'e DH, nao 'e analise economica, e logo indicadores do DH devem ser diferenciados em relacao aos da economia, isso no minimo, nao acha ?

Nelson disse...

"Ninguém pode acreditar que Afganistão tem melhor qualidade de vida que Moçambique" Paul Fauvet

"Esse relatório, que mudou completamente a metodologia dos anteriores Relatórios de Desenvolvimento Humano, não tem credibilidade nenhuma." Idem

Mais um relatório desacreditado por não reflectir oque o Caro Paul Fauvet e tantos outros gostariamos.
E o argumento para desacreditação é bem claro(simples), Moçambique tem melhor qualidade de vida que Afganistão!Ningué pode acreditar o contrário!

Anónimo disse...

Nelson preferia viver em Afganistao? Como e' que Afganistao, que era no penultimo lugar em 2009, sobe para numero 155 em 2010? Alguem acredita que as condicoes melhoraram muito em Afganistao?
O relatorio e' publicado pelo PNUD, mas no lancamento em Maputo, na sexta feira passada, o representante interino do PNUD, o Sr Jocelyn Mason, distanciou-se do relatorio, dizendo que era "independente" e nao foi escrito pelo PNUD.
O relatorio da numero exagerado para a populacao de Mocambique, ignorando por completo o censo de 2007 - resultado disso e' que todos os calculos por capita sao tambem falsos.

Paul Fauvet

Abdul Karim disse...

Paul,

A ONU reconhecer que os anteriores indicadores de DH nao estavam ajustados 'a realidade, 'e errado ?

Corrigir erros depois que tambem deram origem ao nosso "paradoxo", como forma de soluciona-lo e melhorar a questao do DH a nivel mundial 'e errado ?

Porque 'e que o governo so aceita relatorios com resultados positivos para Mocambique, e nao considera como crediveis aqueles que ainda mostrando Mocambique em posicoes menos favoraveis, chama atencao pra uma melhor analise e abordagem do governo e suas politicas relacionados com DH ?

O DH 'e sustentabelidade do pais, e as coisas nao estao bem no nosso pais, isso 'e um facto.

Agora o PNUD ignorou o censo 2007, mas o governo tambem descredbeliza suas proprias instituicoes quando resultados nao sao favoraveis ao seu discurso, como o caso do INE.

O que sugere ? deixamos de acreditar nos relatorios com timbere da ONU e vamos acrditar nos relatorios nacionais ? apenas aqueles que dizem que somos os maires do Mundo ?

Quando mais rapido percebermos as mudancas da crise mundial, maior vantagem temos em relacao aos outros paises, para solucao dos nossos problemas,

Acho que governo devia considerar opinioes nao partidarias que sao tambem nacionalistas e pretendem tambem o melhor para o Povo.

Reflectindo disse...

Neste momento estou muito atarefado para puder reagir com as minhas palavra, mas o debate pode continuar a rolar.

Mas é interessante que a base seja comparar Mocambique com Afganestão.

Abraco

Abdul Karim disse...

So mais algumas questoes para o debate,

O senso de 2007 apresenta um numero da populacao,

De 2007 a 2010 , houve variacao ou crescimento da populacao ? e em funcao a variacao de 2.5% se nao estou em erro e considerando uma base de 22.500.000 habitantes, quantos habitantes deve ter mocambique agora ?

Aguardo.

Nelson disse...

"Nelson preferia viver em Afganistao? Como e' que Afganistao, que era no penultimo lugar em 2009, sobe para numero 155 em 2010? Alguem acredita que as condicoes melhoraram muito em Afganistao?"

Caro Paul Fauvet, se quer saber onde eu prefiria viver pode ter a certeza que não é Afganistão e nem Moçambique. Prefiria viver na Noruega!
Eu acho muita simplicidade roçando infantilidade por sua parte, usar a comparação que insiste em usar entre Moçambique e Afganistão, como base para desacreditar os dado do relatório. Tenho certeza que existirão argumentos melhores faxavore!

Abdul Karim disse...

2007 = 22.400.000
2008 = 22.400.000 x 2.5 % = 22.960.000
2009 = 22.960.000 x 2.5 % = 23.594.000

2010 PNUD report = 23.500.000 habitantes.

Nao estou a ver erro, pelo menos nos calculos arredondados e considerando o senso 2007.

Entao como 'e que PNUD nao considerou o senso 2007, se a base de calculo considerando o senso 2007 'e que da o resultado de 23.500.000 em finais de 2009, e o 2010 ainda 'e corrente.

No proximo ano, vai ficar pior classificado porque vai ter mais 2.5% da populacao. e esta-se gastar tempo e energia a dizer e desdizer, que devia ser optimizado a trabalhar,

E entao a producao e a produtividade ?

Isso 'e DH,

Nelson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Moçambique ronda entre 18 a 20 milhões de habitantes.Mesmo assim é exagerado.
A comparação com Afeganistão, é "be stupid", e aqui não temos de olhar chauvinismos, nacionalismos, partidismos, ou quem quer que seja para agradar.
Basta a coerência e realismo!
Convide vinte investidores a visitar Cabul e Kandahar,e também Maputo e Maringué!
Para Maputo, ficarão outros vinte!
Só um ex-ranger/commando estará interessado ir a Kandahar.
Esta empresa ou "freelancer" que fez o trabalho pelo PNUD, se fosse meu aluno, levava um "poxão" de orelhas e um "bofetão", e voltava a "taboada"!
Ninguém em Moçambique vive em cavernas, ninguém paga o dízimo aos "mullahs" para plantar cebolas!
Moçambique tem um activo-edificações deixadas pelo colonialismo- que Afeganistão não terá dentro dos próximos 50 anos.
Comparar um País que está atrasado 30/50 anos não tem senso!
Meus senhores, tirando a África Austral (excepto Malawi), viagem pelos restantes Países de África e comparem o espectro das ESTRADAS.
Inclusivé Kenia, não tem estradas que compare com Moçambique (que consideramos más-porque comparamos com África do Sul).
O colono deixou-nos infra-estruturas para 50 anos, e já vão 35.Há má gestão, é verdade (não houve tempo de evolução, porque também o colonizador era um País atrasado e pobre).
Bastaria sómente 2300/3500 milhões de dólares, para colocar Moçambique
ao nível de Janeiro de 1974(limpeza e pintura das cidades, e recuperação e relançamentos dos campos agrícolas).
Este é o valor equivalente a 30% gasto por qualquer País do G-19, para fundo perdido pelas falcatruas dos banqueiros (Portugal só BPN já foram 7 000 milhões de USD-só um banco).
O que falta em Moçambique, é governo SÉRIO-não Frelimo, independentes, arrojado, mais nada!
Verão a explosão económica que Moçambique terá quando a geração Frelimo-dez anos de luta, não controlar o Poder.
Agora comparar com Afeganistão, que estão ainda na idade da Pedra, sr. P Fauvet/Sr Karim?!
HIV no Afeganistão é difícil, porque "capam" os atrevidos, e abatem os "maricas".Idade Média!
Para terminar..
há moçambicanos independentes, com capacidade técnica de alto gabarito, para elaborar relatório que configure compatível com a realidade moçambicana.
Talvez apareçam um dia a oferecer os seus conhecimentos, mas talvez difícil ou nunca, enquanto persistir a pressão dos "guerrilheiros" que detém o poder moçambicano.

Fungulamasso

Nelson disse...

Acabo de ler o artigo de Paul Fauvet no All Africa(http://allafrica.com/stories/201011090175.html).
Há um esforço titánico de provar por A+B que a posição em que Moçambique está não é correcta. Eu penso que mais do que acreditar ou desacreditar oque se diz por ai deviamos era ir ao trabalho. Paul Fauvet foi ao ponto de super elogiar o INE(desacreditado por Cuereneia). Fauvet tem direito à indignar-se pela posição que Moçambique ocupa tem direito de desejar ardentemente uma posição melhor, mas penso que não devia lançar as culpas à UN pelo facto das coisas não estarem tão bem como gostariamos que estivessem.
Lá deixei o seguinte comentário:

"I should remind the author of this article that recently, Ayuba Cuereneia, Mozambican minister of planning and development disrespected and discredited data from a report by the National Institute of stístics(an institution that the author praises). It was not because the minister had data that contradicted the report, but simply because the report revealed that little is being done to change the standard of living of most Mozambicans. It is exactly the same as the author in this text. He rightfully gets angry with the position occupied by Mozambique and seek very weak arguments to discredit the whole report but does not present any data to contrdict the ones in the report."

Anónimo disse...

Moçambique ronda entre 18 a 20 milhões de habitantes.Mesmo assim é exagerado.
A comparação com Afeganistão, é "be stupid", e aqui não temos de olhar chauvinismos, nacionalismos, partidismos, ou quem quer que seja para agradar.
Basta a coerência e realismo!
Convide vinte investidores a visitar Cabul e Kandahar,e também Maputo e Maringué!
Para Maputo, ficarão outros vinte!
Só um ex-ranger/commando estará interessado ir a Kandahar.
Esta empresa ou "freelancer" que fez o trabalho pelo PNUD, se fosse meu aluno, levava um "poxão" de orelhas e um "bofetão", e voltava a "taboada"!
Ninguém em Moçambique vive em cavernas, ninguém paga o dízimo aos "mullahs" para plantar cebolas!
Moçambique tem um activo-edificações deixadas pelo colonialismo- que Afeganistão não terá dentro dos próximos 50 anos.
Comparar um País que está atrasado 30/50 anos não tem senso!
Meus senhores, tirando a África Austral (excepto Malawi), viagem pelos restantes Países de África e comparem o espectro das ESTRADAS.
Inclusivé Kenia, não tem estradas que compare com Moçambique (que consideramos más-porque comparamos com África do Sul).
O colono deixou-nos infra-estruturas para 50 anos, e já vão 35.Há má gestão, é verdade (não houve tempo de evolução, porque também o colonizador era um País atrasado e pobre).
Bastaria sómente 2300/3500 milhões de dólares, para colocar Moçambique
ao nível de Janeiro de 1974(limpeza e pintura das cidades, e recuperação e relançamentos dos campos agrícolas).
Este é o valor equivalente a 30% gasto por qualquer País do G-19, para fundo perdido pelas falcatruas dos banqueiros (Portugal só BPN já foram 7 000 milhões de USD-só um banco).
O que falta em Moçambique, é governo SÉRIO-não Frelimo, independentes, arrojado, mais nada!
Verão a explosão económica que Moçambique terá quando a geração Frelimo-dez anos de luta, não controlar o Poder.
Agora comparar com Afeganistão, que estão ainda na idade da Pedra, sr. P Fauvet/Sr Karim?!
HIV no Afeganistão é difícil, porque "capam" os atrevidos, e abatem os "maricas".Idade Média!
Para terminar..
há moçambicanos independentes, com capacidade técnica de alto gabarito, para elaborar relatório que configure compatível com a realidade moçambicana.
Talvez apareçam um dia a oferecer os seus conhecimentos, mas talvez difícil ou nunca, enquanto persistir a pressão dos "guerrilheiros" que detém o poder moçambicano.

Fungulamasso

Anónimo disse...

Moçambique ronda entre 18 a 20 milhões de habitantes.Mesmo assim é exagerado.
A comparação com Afeganistão, é "be stupid", e aqui não temos de olhar chauvinismos, nacionalismos, partidismos, ou quem quer que seja para agradar.
Basta a coerência e realismo!
Convide vinte investidores a visitar Cabul e Kandahar,e também Maputo e Maringué!
Para Maputo, ficarão outros vinte!
Só um ex-ranger/commando estará interessado ir a Kandahar.
Esta empresa ou "freelancer" que fez o trabalho pelo PNUD, se fosse meu aluno, levava um "poxão" de orelhas e um "bofetão", e voltava a "taboada"!
Ninguém em Moçambique vive em cavernas, ninguém paga o dízimo aos "mullahs" para plantar cebolas!
Moçambique tem um activo-edificações deixadas pelo colonialismo- que Afeganistão não terá dentro dos próximos 50 anos.
Comparar um País que está atrasado 30/50 anos não tem senso!
Meus senhores, tirando a África Austral (excepto Malawi), viagem pelos restantes Países de África e comparem o espectro das ESTRADAS.
Inclusivé Kenia, não tem estradas que compare com Moçambique (que consideramos más-porque comparamos com África do Sul).
O colono deixou-nos infra-estruturas para 50 anos, e já vão 35.Há má gestão, é verdade (não houve tempo de evolução, porque também o colonizador era um País atrasado e pobre).
Bastaria sómente 2300/3500 milhões de dólares, para colocar Moçambique
ao nível de Janeiro de 1974(limpeza e pintura das cidades, e recuperação e relançamentos dos campos agrícolas).
Este é o valor equivalente a 30% gasto por qualquer País do G-19, para fundo perdido pelas falcatruas dos banqueiros (Portugal só BPN já foram 7 000 milhões de USD-só um banco).
O que falta em Moçambique, é governo SÉRIO-não Frelimo, independentes, arrojado, mais nada!
Verão a explosão económica que Moçambique terá quando a geração Frelimo-dez anos de luta, não controlar o Poder.
Agora comparar com Afeganistão, que estão ainda na idade da Pedra, sr. P Fauvet/Sr Karim?!
HIV no Afeganistão é difícil, porque "capam" os atrevidos, e abatem os "maricas".Idade Média!
Para terminar..
há moçambicanos independentes, com capacidade técnica de alto gabarito, para elaborar relatório que configure compatível com a realidade moçambicana.
Talvez apareçam um dia a oferecer os seus conhecimentos, mas talvez difícil ou nunca, enquanto persistir a pressão dos "guerrilheiros" que detém o poder moçambicano.

Fungulamasso

Abdul Karim disse...

Agora pra tentar levar o debate pra uma outra dimencao,

A dimencao de Desenvolvimento de um Pais assente no DH,

1- se o maior capital dum pais 'e o seu povo ( conforme a nova abordagem da ONU), pra onde e como deve ser cananizada a ajuda e investimento ?

2- Que mudancas deverao ser operadas a nivel estrutural para que Mocambique melhore o seu DH ?

3- Qual devera ser o papel do governo, numa abordagem com enfoque no DH ?

4- Como convencer os politicos nacionais, a realinharem o foco no DH ?

5- Como suscitar o interesse de massas para compreencao da mudanca e engajamento no seu proprio crescimento e consequentemente do Pais ?

Espero que se compreenda que sao apenas questoes muito basicas, e em funcao das mundancas mundias derivadas da crise financeira, que insistentemente estivemos a dizer "que nao estavamos expostos" e que so por esse erro de analize da nossa anterior ministra das financas, encontramo-os com um "timming" de reacao ja atrazado em 3 anos, e que ainda hoje se recusamos a aceitar, originando desse modo as convulsoes e sismos socias ja "visiveis e sentiveis" na capital do nosso pais.

Sem considerar que as mudancas nos indicadores, acontecem tambem de conclusoes de estudos do caso do nosso pais onde somos ja considerados um "caso paradoxal mundial".

Ou seja, o caso do paradoxo mocambicano, contribuiu fortemente para a mudanca dos indicadores de DH no Mundo, mas nos continuamos a nao aceitar.

Note:

Fungulamasso, eu nao comparei mocambique com Afganistao e nem posso porque nao conheco a realidade do Afganistao. logo considero que a sua questao nao 'e dirigida a mim.

V. Dias disse...

Não se pode comprar dois doentes em estado terminal.

Na minha opinião, para terminar, o relatório espelha a realidade do país. Não vejo exagero nenhum.

Quando se avalia o desempenho de um país, quero que alguns compreendam isso, a vontade política, a abertura dos dirigentes, têm o mesmo peso em relação por exemplo a construção de habitações, infra-estruturas, etc.

Ora, em Moçambique as coisas estão na mesma, intensificaram ainda mais com o protectorado do dom Guebuza, perdão, do "papã Guebuza" nos últimos 6 anos da sua desgovernação, perdão, governação.

Se por um lado o Afeganistão melhorou na abordagem política - em História aprendi que não se pode isolar um único factor como causa principal de um determinado problema - há-de ser bem verdade que na área económica deu um grande salto.

Zicomo

Anónimo disse...

Tem razão sr Karim, DESCULPA, SIM!
Foi a constatação do Sr Fauvet, e nesse assunto pertinente, os índices de DH, podem ter sido alterados - por exemplo, pelo valor capita- que tem sido de apoio directo das ONGs e ~departamentos governamentais ocidentais ao camponês afegão, por várias razões-abandono a cúltura de opiáceos, fomento agrícola,"comprar para não apoiar o turra" etc,
comparativamente aos valores entregues supostamente ao governo moçambicano para desenvolvimento individual-por exemplo 7 biliões (moeda antiga)-que deve ser considerado a fundo perdido-porque recebemos do G-19. (7mx128 distritos= 25,6 milhões de USD).
MICRO-GOTA.
(Este valor deveria ser exigido nas contrapartidas a Tata, Riverdale, Vale , para não falar dos que quwerem explorar petróleo off-shore...)
Estes valores comparados, lógico que Afeganistão-RECEBE DEZ VEZES MAIS QUE MOÇ ( + o problema de alinhamento-"turra e não turra"), e esses factores e índices podem subverter a realidade de vivência, PER CAPITA.
Acreditem ou não , Moçambique é neste momento 25 Países para investimento a médio prazo estável!
E Zimbabwe também já está quase, nesta lista!
Basta o espectro de "ex-guerrilheiro populista" desaparecer!É a desgraça da frase triste " EU LUTEI, TENHO DE SER RICO", QUAL BÁRBARO, QUAL CONQUISTADOR!Frase de Matibejane!
Falta só cortar cabeças, para demonstrar!

Fungulamasso

Abdul Karim disse...

Fungulamasso,

O "Sr" vive la em cima,

Podes na boa tratar-me por Abdul ou por Karim, como acghares que te convem,

Por favor nao ponhas nenhum "prefixo",

Na Boa.

Anónimo disse...

Sobre a populacao de Mozambique: O numero para 2010 e' 22,4 milhoes, segundo o Instituto Nacional de Estatistica. Isso e' a projeccao do INE, baseado no censo de 2007.

Mas o relatorio de PNUD disse que a populacao em 2010 e' 23,4 milhoes, que e' um erro de 4,5 por cento.

O representante do PNUD, Sr Mason, disse que os autires usaram "outras fontes". Mas nao ha outras fontes! So ha uma autoridade estatistica em Mocambique, e so havia um censo populacional!

E' tipico do PNUD (e do Banco Mundial) de ignorar as estatisticas produzidas por instituicoes mocambicanas.

Abdul Karim disse...

Compreendo, Anonimo.

O facto do PNUD e e do Banco Mundial nao considerarem estatisticas produzidas por instituicoes Mocambicanas 'e de facto chato,

Mas o nosso governo tambem considera quando os numeroos sao romanticos, caso contratrio 'e o proprio governo que descrdibeliza as nossas proprias instituicoes,

E 'e ai onde todos perdemos credibelidade, e depois 'e n essas situacoes em que o Mundo deixa de acreditar em nos,

Estamos toda a hora a mentir, a despresar-nos e a ser mal-criados como se estivessemos a fazer um favor ao Mundo por ter nascido,

Todo Mundo, os doadores, ONU, PNUD todos sabem do "paradoxo mocambicano", e quando olhamos os antecedentes do paradoxo, temos conflitos e crispacoes com doadores, onde esta claro que prometemos sempre e implementamos nunca, temos freudes eleitorais grosseiras, decisoes que parecem mais de manicomio do que dum governo,

Esss aspectos influenciam na credibelidade, por essa razao digo o sistema todo caiu, a descredibelidade 'e absoluta, e nos continuamos resistentes a mudanca,

Somos todos irmao da mesma patria, mas tratamo-nos como caes, animais , sem respeito, sem educacao, sem consideracao uns pelos outros, tudo porque eu sou deste partido e voce daquele,

Temos que nos entender e crescer de modo que sejamos capazes de resolver os nossos problemas como irmao da mesma patria que somos,

ja agora se os numeros estao errados, com correccao mocambique vai passar pra cima do guine bissau e afganistao ? e isso 'e positivo ? 'e motivo pra dancarmos ? somos superiores a afganistao e guine bissau depois da PNUD corrigir-nos,

Mas Nos, pra Nos mesmos, mudamos em que ?

V. Dias disse...

KARIM,

Concordo contigo.

Mais vale dormir numa cabana ou gruta e ver a esperança de vida esticada de 30 para 60 anos que viver numa palhota e durar meia dúzia de anos.

É isso que custa entender, senhores defensores da Frelimo.

E bem perguntas: o que é que mudou no país e que tenha beneficiado o povo???


Zicomo

Reflectindo disse...

Será que esta diferença dos números de habitantes é algo para descredibilizar o relatório do PNUD? Ora, eu até posso aceitar que a projecção das NU em relação a população de Moçambique seja errada. Mas ainda bem, Paul Fauvet, no seu artigo de opinião no allafrica, faz menção de que o PNUD baseou-se ou sempre se basea nos dados de 1980
A minha pergunta em relação a este facto é se o PNUD faz este cálculo demográfico apenas em relação Moçambique.
Esta pergunta surge devido a “insistência” de comparação de Moçambique com Afeganestão.

Eu acredito que os dados da ONU possam estar errados, mas deixem-me questionar uma coisa. Se a população moçambicana não tiver atingido a 23,4 milhões terá sido apenas por impacto da guerra civil e seca dos anos 80? Que impacto terá um cálculo comparativo dos recenseamentos populacionais de 1980, 1997 e 2007?
Aqui questiono aquilo que o Karim colocou. Qual é o impacto do HIV/SIDA e outros factores?

Portanto, a boa discussão que morreu logo no início, seria o nível real do Índice de Desenvolvimento Humano em Mocambique.

Gostei da preferência do Nelson em viver na Noruega porque o Índice diz tudo e eu confirmo.

Karim, também tenho dito que quem faz desacreditar as nossas instituicões, são em primeiro lugar os nossos governantes. Não vai nada me surpreender se um dia ouvirmos que a direccão do INE foi desmontada para se indicarem pessoas que manipulam os números para favorecer o poder.