“As coisas complicaram-se quando os auditores, recentemente, começaram a investigar o Banco, e procuraram ajuda de Theogene Turatsinze. Isto é o que pode ter levado Turatsinze à morte prematura”.
A morte de Theogene Turatsinze, antigo director do Banco de Desenvolvimento de Ruanda, e, até à data da sua morte, vice-presidente da Fundação Cardeal Dom Alexandre Maria dos Santos e, simultaneamente, membro do Conselho Superior da Universidade São Tomás, é vista, no Ruanda, como tendo sido executada pelo esquadrão de morte do presidente do Ruanda, Paul Kagame.
O jornal ruandês “Umuvugizi” escreve que, no ano passado, os serviços de inteligência britânicos, a Scotland Yard, advertiu dois ruandeses sobre a existência de um plano do seu assassinado, que estava a ser preparado pelos “esquadrões da morte de Kagame”. Na mesma altura, refere o mesmo jornal, a Suécia expulsava um diplomata ruandês que estava a aterrorizar os ruandeses naquele país.
“Mais ruandeses estavam à espera que o regime de Kagame estivesse mais ocupado em encontrar soluções para a sobrevivência devido aos cortes nos pacotes de ajuda externa e não conspirar para matar mais pessoas. Esta visão pode estar errada, especialmente quando se olha para as circunstâncias da morte do antigo director do Banco de Desenvolvimento da Ruanda, Theogene Turatsinze”, acrescenta o jornal.
Theogene demitiu-se do Banco em 2007. Na época, James Musoni era ministro das Finanças, e Henry Gaperi foi o presidente do Conselho de Administração do Banco. Este foi também o momento em que alguns investidores alemães, através da sua Corporação de Desenvolvimento Africano, compraram 25% do banco.
Fonte: O País online – 19.10.2012
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