Poucos citadinos de Maputo e Matola sabem que o carvão vegetal, que a ele recorrem para preparar as suas refeições, é explorado numa zona onde não há alimentos por cozer nem água para consumo. Indiferentes à sorte dos nativos, animados pelo lucro e insensíveis a questões ambientais, os exploradores de carvão não param de desmatar Chigubo, um distrito a norte de Gaza assolado pela seca. Em muitas localidades não se conhece água potável, ainda que seja possível encontrar nos pequenos charcos que se formam depois de uma chuva rarefeita. Milhares de cabeças de gabo bovino servem como marcador de prestígio: os donos preferem cavar raízes de árvores para se alimentar a vender um animal.
Em pleno campo, na localidade de Zinhane, distrito de Chigubo, numa manhã de Verão que acompanhou a equipa do @Verdade, um charco de água barrenta, inesperado, destoa na paisagem árida que os nossos olhos alcançam. À beira da poça, um grupo de mulheres e crianças aprovisiona água em recipientes de 25 litros. Ao lado, duas dezenas de animais domésticos, entre bois e cabritos, também matam a sede. Ler mais
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