Por Fernando Manuel |
Isto para um letreiro para ilustrar as boas obras, em romance, cinema ou telenovelas desde que o mundo é mundo.
O X Congresso - voltámos sempre ao mesmo - da Frelimo começou e acabou, não somos nós nem ninguém que vai ser capaz de dizer se começou bem, se correu bem e muitos menos se acabou mal. Mas parece que tudo está em paz entre os grandes camaradas, tanto assim que, logo a seguir, houve as profundas mexidas que Armando Guebuza fez no governo.
Há muita gente que defende e talvez com razão, a tese de que, no fundo, trata-se da mesma fórmula de sempre.
Mexer as mesmas pedras no mesmo tabuleiro sem alterar significativamente o fio do jogo. Lá veremos. Mas aqui vemos a ex-primeira-ministra, Luísa Diogo, agora nos negócios das altas esferas bancárias, num alegre e bem disposto toque de palmas com uma camarada à moda antiga. Faz lembrar aquele spot publicitário em que na mesma pose, duas mulheres, uma adulta e outra mais jovem, tinham esse mesmo toque de mão. O título era: na hora de contar um segredo não poupam pormenores. Temos como testemunha Eliseu Machava, governador de Cabo Delgado. Pelo seu passado, ele merece confiança, não da nossa parte, claro. Como diz o ditado, cada caranguejo no seu buraco é certo, cada um é dono do seu nariz na área em que domina, estamos fartos de saber da história do sapateiro que disse ao mestre de pintura olhando para uma obra sua. Fez ver ao mestre que a sandália estava mal desenhada e o mestre corrigiu o erro. No dia seguinte, o mesmo sapateiro voltou ao atelier do mesmo mestre e fez um reparo sobre a túnica do personagem retratado. O mesmo respondeu-o, não vá ao sapateiro para além da sandália. É isso, cada um entende do seu ofício. O Sérgio Vieira entende do seu. O Mamade Ferat, fotógrafo da AIM, também entende do seu e assim dá para discutir. Cada caranguejo no seu buraco, ou seja, cada macaco no seu galho. O Congresso de Pemba trouxe-nos várias surpresas, uma das quais na área organizativa, veja-se os letreiros que tinham sido colocados na magna sala. De facto, isto não está para brincadeiras. Mas na hora do tacho eram todos iguais, pelo menos aparentemente. Alfredo Gamito ao lado do povo. Fonte: Savana - 19.10.2012 |
quarta-feira, outubro 24, 2012
O poder do tacho Tudo está bem, quando acaba bem
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2 comentários:
Nguiliche
As mexidas que foram feitas é pura mudança do campo de pasto e tentativa de subjogar as mentes de distraidos ja subjogadas. Devem pensar nas mexidas desde a independencia nacional o que trouxeram de novo!
Nguiliche escreveu: "tentativa de subjogar as mentes de distraidos ja subjogadas."
Algumas vezes é notável essa distracão, infelizmente.
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