terça-feira, fevereiro 08, 2011

Advertência de Abel Chivukuvuku

Angola: "Estrutura social de altíssimo risco" pode gerar instabilidade

Abel Chivukuvuku, da UNITA, adverte que lideres devem assumir necessidade de transformação do país.
7 Fev 2011 - Os países africanos, incluindo Angola, correm o risco de instabilidade igual à que atingiu o Egipto e a Tunísia, se os seus líderes não souberem ler os sinais de alarme.
Numa entrevista à VOA, Abel Chivukuvuku, da UNITA, disse que o seu país e o Egipto partilham problemas comuns, como a pobreza, o desemprego, o autoritarismo, a falsa democracia, o nepotismo e sequestro das fontes de riqueza pelos amigos e familiares dos governantes.
Chivukuvuko adverte que Angola tem uma estrutura social de "altíssimo risco" e não deveria ser necessário um movimento contestário como os do Egipto e da Tunísia, para as lideranças assumirem a necessidade de transformação do país.
Alerta que as aspirações dos povos são as mesmas, seja qual for a região do Mundo, há sempre o risco de agitação social, se essas aspirações não se puderem concretizar.

Clique aqui para ouvir Abel Chivukuvuku.

Fonte: Voz da América - 07.02.2011

8 comentários:

Abdul Karim disse...

Os "nossos" estao a ler,

E acredito mesmo que deverao comecar a ter mais Boa Vontade,

Um pouquinho mais de tolerancia, inclusao e transparencia, sabem sempre bem, para todos,

A Mudanca 'e Irreversivel.

V. Dias disse...

Bom dia Karim,

Não basta falar, é preciso agir. Em Angola desde que Savimbi se foi, a UNITA deixou de ter garra. O que é que a UNITA tem feito para estremecer a governação de dos Santos? Nada.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Viriato,

Tudo tem o seu tempo, eu nao tenho conhecimento sobre a realidade angolana, mas sei que "nos" teriamos provavelmente uma "visao" de seguir o "modelo angolano" ao nivel politico e economico.

Ai acho que estamos a "avancar pra traz", 'e contadicao, mas acho que nos perdemos um pouco em contradicoes,

Acredito que 'e uma fase,

Uma coisa 'e agente dizer que o mundo esta mudar, e os "nossos" pensarem que estamos a fazer "bluff" e queremos parte da "carne", e a outra completamnete diferente 'e sentir na pele que a mudancas estao em cima de nos, quer queiramos quer nao, e que a questao nao se resume em querer parte da "carne", mas simplemente um pouco de Boa Vontade, por forma que os riscos duma "convulcao social" de custos altissimos nao volte a acontecer,

Claro que para os inteligentes isso significa dividir a "carne" que 'e sempre bem melhor, do que perde-la toda, por teimosia e arrogancia.

'E ai que acredito que os "nossos" nao sao tao cegos, e vao de uma forma pacifica, tornar o processo de mudanca mais harmonioso, pois tem mais a perder numa situacao de "convulcao social", do que maioria do Povo que nada mais tem a perder, e a um determiado angulo de visao, podera ter apenas tudo a ganhar, se as condicoes de exclusao social, economica e politica se manterem inalteradas.

A nivel da Oposicao, acho que nao ha condicoes para se trabalhar, enquanto pelo menos os que estao no poder nao fizerem as tais "aberturas", o que deixa a "batata quente" na mao do governo, que se torna inevitavelmente o responsavel por tudo aquilo que podera eventualmente acontecer, quer pela positiva, quer pela negativa.

A decisao compete a eles, eu acredito que estao "monitorar" e devem comecar a fazer as "aberturas",

Reflectindo disse...

Amigo V. Dias,

Há que diz que a UNITA não estremece em Angola, não é culpa de Abel Chivukuvuku. Não sei se é verdade, mas rudo parece falta de estratégia, ainda que a política angolana seja identica à mocambicana.

V. Dias disse...

A política angolana é semelhante à nossa, quer na "fibra" (actuação)quer na ideologia. São irmãos gémeos que quando podem trocam a agulha picante para ferrar ainda mais os seus povos.

O exemplo da política angolana não serve, aliás, nenhum sistema que oprime os seus povos serve de modelo. Dos Santos sabe que está a chegar a sua hora, o malabarismo que faz nas leis é um sinal de retirada suáve.

A UNITA foi vacinada e é já uma parte do MPLA, tal como a RENAMO o é da Frelimo. Portanto, estratégia sempre existe, existiu e o problema não é de estratégia, mas sim de convicção. Em política é preciso não entregar o ouro ao bandido.

Karim, concordo com o teu ponto de vista quando dizes que às vezes é preciso a gente se perder para conhecer o caminho, acontece, porém que, nós nunca caminhamos sozinhos, seguimos sempre o cônscio dos outros.

Zicomo

Anónimo disse...

Mas porque pensam que a oposição é que deve estremecer o governo. Na Tunisia e no Egipto até na Russia, o povo é quem saiu as ruas para reclamar os seus direitos. Todas as revoluções tiveram a frente não é um Dirigente da oposição mas SIM o proprio povo. Alias dizendo a verdade, nem os diregentes da irmandande no Egipto, nem o El Bar DEI, nem o Lenine na Russia sofriam de fome mas sim o povo. Por isso caros angolanos não fiquem a espera da oposição. Quem esta sofrer demais não são os dirigentes da oposição. Saiam as ruas e revendiquem os vossos direitos. E assim que se faz em todo o mundo. A revolução precisa de martires. A oposição nunca vai sair as ruas senão cai nas redes da Lei. Tenho dito!

Reflectindo disse...

Caro anónimo

Concordo consigo. E sempre é o povo que estremece. Aliás, nos últimos anos assistimos o povo a estremecer o poder estabelecido em Mocambique.

E será que uma oposição sem apoio total e incondicional do povo, pode fazer alguma mudança num país?

Abdul Karim disse...

Viriato,

Entao se seguimos os "concios dos outros", estamos tambem condenados a cometer os erros dos outros, como uma vez disse Jack Walch um dos maiores gestores americanos " se olhamos muito pra concorrencia, corremos o risco de cometer os mesmos erros",

No nosso caso, inteligencia 'e seguir o melhor que acharmos para nos mesmo,

Ou entao seguir o "conscio dos outros" e repetir os erros da "concorrencia" nesse caso de "parceiros nossos" que de futuro pouco tem pra dar.

Mas os que estao no poder mandam, como sempre, obviamente ate ao dia, em que o Povo decidir tambem seguir o "concio dos outros".