Acusação de envolvimento em narcotráfico a figuras do Executivo
Em comunicado de imprensa, o Ministério de Oldemiro Baloi, revela a posição do Governo. O Executivo distancia-se das informações do Wikileaks e enaltece boas relações externas.
O Governo de Moçambique desmente informações tornadas públicas pelo site Wikileaks, segundo as quais altos dirigentes do Estado e outras figuras da política nacional estariam implicados em tráfico de drogas, e que Moçambique é um corredor de circulação das mesmas.
Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), o governo moçambicano distanciasse do veiculado. “Essas informações não têm qualquer base de sustentação e atentam contra a imagem, o prestígio e o bom-nome do Estado moçambicano e dos seus dirigentes”, refere no comunicado.
E de acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), o MNEC realça que as informações do site fundado pelo australiano Julian Assange “são susceptíveis de prejudicar a dinâmica das relações internacionais”.
No comunicado, o governo reafirma o seu cometimento na prevenção e combate a actos ilícitos, que constituem obstáculos à sua agenda nacional de luta contra a pobreza, e mantém o seu cometimento na promoção das boas relações de amizade, solidariedade e cooperação com todos os Estados.
Esta não é a primeira reacção do Governo. Quinta-feira última, o primeiro-ministro, Aires Ali, questionado por jornalistas no parlamento, aquando da defesa do Orçamento e o Plano Económico e Social, ambos para 2011, peremptório: “perguntem à embaixada norte-americana. nós não temos problemas com os Estados Unidos”.
Já o antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, também implicado nestas informações, negou, sexta-feira última, qualquer envolvimento com o narcotráfico, e classificou os documentos divulgados pelo portal Wikileaks de “mentira grossa”. (Redacção)
Fonte: O País online - 13.12.2010
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