quarta-feira, novembro 26, 2008

Exigida a realização de um Congresso Extraordinário da Renamo

Somam-se os membros proeminentes do Partido Renamo que exigem a realização urgente de um congresso para debater a actual crise do Partido. Depois do ex-deputado da Assembleia da República e actualmente assessor para área de Transportes e Comunicação, Dionísio Guelhas, foi segundo o Magazine Independente, a vez de deputado e assessor para relações exteriores no círculo da Europa, Manuel de Araújo.

Ainda hoje, o jornal digital Notícias Lusófonas publica que os outros quadros proeminentes e deputados Ismael Mussá, João Colaço e Agostinho Ussore, também exigem um congresso extraordinário. Porém, o deputado António Muchanga acha que um Conselho Nacional resolve a actual crise da Renamo.

Eis o artigo do
Notícias Lusófonas na sua íntegra:

Notáveis» da RENAMO exigem congresso e questionam liderança de Dhlakama


"Notáveis" da RENAMO exigem a convocação "urgente" de um congresso do principal partido da oposição moçambicana para analisar a pesada derrota nas eleições autárquicas e eleger um novo líder.


Em declarações à Lusa, ex-assessor do líder da RENAMO para os assuntos parlamentares, Ismael Mussá, considerou necessário uma "rápida" convocação do congresso do partido e "salutar" a demissão de Afonso Dhlakama, para salvaguardar a imagem do partido.

"Em algumas partes do mundo, em casos desta natureza, o líder do partido pede a demissão", disse, Mussá, a propósito do "desaire" eleitoral da RENAMO nas municipais de 19 de Novembro cuja responsabilidade, considerou, "é do Presidente Dhlakama".

Nas eleições de 19 de Novembro, a RENAMO não apenas perdeu todos os cinco municípios conquistados nas autárquicas de 2003 - num escrutínio em que iam a votos 43 autarquias, mais 10 do que há cinco anos -, além de ter visto Daviz Simango, o candidato preterido pela actual direcção do partido na segunda cidade do país, a Beira (centro), ser reeleito, como independente, de forma esmagadora.

Apesar destes resultados, a hipótese de demissão da liderança já foi afastada na segunda-feira pelo líder da RENAMO: "Demitir-me, porquê?", indagou Dhlakama, quando interpelado em conferência de imprensa sobre o seu futuro político.

Ismael Mussá, que é igualmente deputado da bancada parlamentar da RENAMO à Assembleia da República, assinalou que, para Afonso Dhlakama, "o mais salutar seria pedir demissão e deixar que o congresso decida o seu futuro".

Também o antigo assessor do presidente da RENAMO para a Administração Pública, João Colaço, defendeu a realização "urgente e antepada" de um congresso, atribuindo a responsabilidade à liderança pela "desorganização" do partido.

Contudo, Colaço ressalva "algumas situações não muito claras" que aconteceram desde o início do processo eleitoral, nomeadamente a aprovação de "um pacote eleitoral, que acomodava interesses da FRELIMO".

"Há aspectos da lei eleitoral que constituem um absurdo, designadamente a lei sobre a votação", disse Colaço.

O deputado da RENAMO à Assembleia da República António Muchanga contesta, por seu turno, a atribuição de responsabilidades ao líder do principal partido da oposição, defendendo, no entretanto, a realização do "conselho nacional e não do congresso".

"Quem prepara as eleições não é o presidente do partido, são os órgãos de base. O presidente dá o seu apoio, mas os candidatos locais é que fazem a campanha", disse.

"Todos nós devemos assumir que não conseguimos corresponder à táctica do nosso adversário", frisou.

Para Muchanga, "houve estratégia inimiga dentro da RENAMO", que ditou a derrota do partido.

"Alguns colegas foram comprados" pela FRELIMO, acusou o deputado.

Muchanga justificou a acusação com base num vídeo recentemente divulgado por uma televisão privada, onde supostos membros da RENAMO confessavam terem recebido dinheiro do partido no poder para "chumbar" a candidatura de Daviz Simango, o então edil da Beira, que em 2003 concorreu pela oposição.

Analistas ouvidos pela Lusa atribuíram "o descalabro" da RENAMO, nas eleições municipais de 19 de Novembro, "a graves falhas de estratégia" de Afonso Dhlakama e defenderam "uma reflexão profunda" neste partido.

A RENAMO tem sido palco nas últimas semanas de uma sucessão de demissões de alguns dos seus principais quadros, em ruptura com o líder do partido, Afonso Dhlakama, designadamente Ismael Mussa, João Colaço e Agostinho Ussore, assessor político de Dhlakama.

4 comentários:

Anónimo disse...

Esse António Muchanga continua a pensar nos que criaram a crise na Renamo como solucao? O que serve o actual Conselho Nacional da Renamo?

Unknown disse...

Já virão o que Mazanga anda a dizer dos que querem salvar a RENAMO? um verdadeiro escovinha.......

Reflectindo disse...

Meu caro irmão Chacate, estou muito admirado que Fernando Mazanga continue como ele.

Anónimo disse...

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