terça-feira, dezembro 06, 2016

GÂMBIA: PRESIDENTE ELEITO LIBERTA PRISIONEIROS POLÍTICOS

As autoridades gambianas libertaram segunda-feira Ousainou Darboe, líder do Partido Democrático Unido (UPD), a maior formação política da oposição, e 18 outros membros condenados a três anos de prisão em Julho último.

A sua libertação acontece dias depois da eleição de Adama Barrow que pôs fim a 22 anos de governação de Yahya Jammeh.

Eles foram libertos sob fiança por um tribunal de recurso depois de uma audição na tarde de segunda-feira e deverão ser absolvidos inteiramente como parte de uma promessa feita pelo presidente eleito de libertar todos os prisioneiros políticos.

Estes membros da oposição foram presos em Abril por decisão do Tribunal Supremo em Banjul acusados de reunião ilegal, incitamento à violência e conspiração. A sua detenção ocorreu depois de uma manifestação que exigia reformas políticas e contra a morte de um membro sénior da UDP na prisão.

O organizador nacional do UDP, Solo Sandeng, foi detido depois da manifestação de 14 de Abril e morreu na prisão. A sua morte provocou uma manifestação a 16 de Abril que resultou em mais detenções, incluindo do líder do UDP, Ousainou Darboe.

A organização de defesa dos direitos humanos, Amnistia Internacional, recebeu com júbilo a libertação dos prisioneiros e apelou à soltura dos outros prisioneiros de consciência.

Nós devemos também não esquecer outros prisioneiros de consciência que ainda padecem na cadeia simplesmente por terem exprimido a sua opinião ou participado em manifestações pacíficas. Estes incluem três clérigos muçulmanos detidos pelas forças de segurança há mais de um ano e que nunca mais foram vistos. O seu único crime - apresentar uma petição ao governo, disse Sabrina Mahtani, pesquisadora da Amnistia Internacional da África Ocidental Anglófona.

Adama Barrow, de 51 anos, foi o líder do UDP antes de ser eleito para representar uma coligação de sete partidos da oposição para desafiar Jammeh nas eleições.

Barrow teve o acordo do fundador do partido, Ousainou Darboe, que se encontrava na prisão na altura das eleições para a liderança do partido.

Fonte: AIM – 06.12.2016

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