sexta-feira, março 11, 2016

Sete cadáveres encontrados nas matas de Sussundenga e Gondola

Pelo menos sete corpos sem vida, de presumíveis cidadãos civis, desprovidos de documentos de identificação civil, foram encontrados nas matas dos distritos de Sussundenga e Gondola, na província central moçambicana de Manica, último final de semana.
 No sábado, três cadáveres foram achados na zona da Maforga, em Amatongas, distrito de Gondola.
Os finados, segundo relata a Polícia, citada hoje pelo “Diário de Moçambique”, apresentavam sinais de estrangulamento e foram deixados num matagal.
A Polícia afirma estar a trabalhar no sentido de apurar as circunstâncias em que as mortes aconteceram, numa altura em que Manica regista raptos seguidos de assassinato.
A porta-voz da corporação, Elcídia Filipe, não entrou em detalhes, quanto às investigações, de tal modo que não fez referência ao caso do distrito de Sussundenga, onde quatro pessoas foram achadas mortas, nas proximidades do rio Révuè, no domingo.
Uma fonte ligada ao sector público, que disse ter vivenciado a presença de cadáveres naquela zona, tinha indicado a existência de três corpos, para depois assinalar a existência de mais um.
Os quatro corpos foram removidos naquele dia, para a morgue do Hospital Distrital de Sussundenga, de modo a viabilizar a sua sepultura, apurou o “Diário de Moçambique”, junto da mesma fonte.
Entretanto, dado o facto de não terem sido reclamados, pelos legítimos familiares, as autoridades municipais locais trataram de se responsabilizar pelo enterro, terça-feira, num cemitério daquela vila, recentemente elevada à categoria de autarquia. 
As razões das mortes, segundo o jornal, não são ainda conhecidas, senão meras suspeitas, tendo em conta o actual cenário político que as províncias centrais de Manica, Sofala e Tete continuam a enfrentar, manifestado por raptos e confrontos militares, que chegam a atingir pessoas puramente civis.
Do distrito de Báruè, afirma ainda o jornal, chegam relatos de confrontos militares. Na quarta-feira, por exemplo, as foças governamentais confrontaram-se com homens da guarda do líder da Renamo, em Honde.
Os mesmos ocorreram depois de queima de residências de populares, por desconhecidos. Nisso, duas pessoas perderam a vida, nomeadamente uma mulher e seu filho menor.
Fonte: LUSA – 11.03.2016

1 comentário:

Anónimo disse...

As casas foram queimadas pelas Forcas da Defesa e Seguranca, segundo a Televisao Comunitaria de Barue. As duas pessoas encontraram a morte depois de terem sido baleadas pelas FDS e nao por desconhecidos.