Dados do Ministério dos Combatentes não apura motivos
Cerca de 1400 militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) desertaram das fileiras do exército, devido a motivos não revelados, indicam dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério dos Combatentes, sem revelar o período exacto da ocorrência.
Os dados foram divulgados pelo Ministro deste pelouro, Eusébio Lambo, num encontro entre quadros superiores do seu ministério com o Presidente da República, Filipe Nyusi, num relatório referente ao balanço das actividades do ano passado.
Os números revelam que a província de Tete, um dos campos de batalha na actual onda de tensão político-militar, é a província com mais deserções.
Nesta província do Centro do país foi detectada a existência de “dois Batalhões com efectivo total de 1170 ex-militares tidos como desertores”, revelou o Ministro dos Combatentes.
Outro grupo considerável, composto por “220 ex-militares” fugiu dos quarteis na província de Sofala, estando refugiados no vizinho Malawi, segundo dados revelados no relatório do Ministério dirigido por Eusébio Lambo.
Não existem informações sobre as reais causas desta debandada nas fileiras do exército nacional.
Esta é a primeira vez na história recente do país, em que as autoridades vem a público divulgar números de deserções no seio das FADM, confirmando informações que vinham a público dados que ao nível de alguns círculos de opinião, vinham sendo avançadas, desde o início da tensão político-militar, há cerca de três anos.
Apesar de não haver estudos, nem informações oficiais sobre as causas desta debandada, facilmente se pode associar aos confrontos militares recorrentes entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e homens armados da Renamo, circunscritos no centro do país, com destaque para as províncias de Sofala, Manica e Tete, precisamente, os locais onde as informações ontem divulgadas confirmam através dos números.
Fonte: O País – 14.03.2016
5 comentários:
Engraçado! Eu achava que o Ministério dos Combatentes lidava com aquele que estão na reserve ou seja aqueles que passaram a disponibilidade como eu e os que estão no active estavam a tutela do Ministério da defesa Nacional. Fico surpreso quando o Ministro dos Combatentes da informe sobre a deserção dos combatentes e pergunto:
1. Quais são estes combatentes que desertaram?
2. De que ministério são?
Para me deserta quem esta no activo e seria o Ministro da defesa a dar este informe e não o Ministro dos Combatentes.
Agora se quem dá informe não dirige o Ministério da Defesa, donde o meu ex. Comandante provincial em Inhambane obteve estes dados se ele lida com os que não estão no activo mas se os reformados ou aqueles que actualmente estão a se apresentar como desertores da RENAMO.
Peço detalhe porque não percebo nada e estou confuso!
Deserta quem esta no activo ,nao faz confusao ,provavelmente a informa¢ao vou transmitida por um ministerio inadequado
Devemos transmitir informações com seriedade.
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