As autoridades zimbabweanas estão a considerar
compensar farmeiros brancos que no ano 2000 perderam as suas propriedades, no
âmbito da implementação do controverso programa da reforma agrária no país.
O Ministério zimbabweano das Finanças revelou que os
farmeiros cujas terras foram tomadas e seus equipamentos confiscados, poderão
ser compensados a qualquer momento.
Caso o plano seja aprovado constituirá uma das
grandes mudanças da política zimbabweana.
O Presidente Robert Mugabe anunciou inicialmente
essa intenção, explicando que pagamentos a farmeiros seriam feitos somente por
investimentos aplicados na construção de infra-estruturas.
O governo planeia estabelecer um fundo, nos seus
esforços tendentes a melhorar as relações com o Fundo Monetário Internacional
(FMI) e doadores ocidentais, por forma a relançar a economia zimbabweana.
O Ministro das Finanças do Zimbabwe, Patrick
Chinamasa, afirmou que o governo vai pagar a doadores, como o FMI, Banco
Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), cerca de 1, 8 mil milhão
de dólares EUA, em dívida, na esperança de o FMI retomar os seus empréstimos ao
país, no presente ano.
A tomada de farmas no Zimbabwe causou redução
drástica na produção de tabaco e carência alimentar naquele país vizinho, que
chegou a ser o segundo maior exportador de milho em África ou melhor celeiro da
região austral da África.
Chinamasa explicou que o fundo da compensação da
terra vai ser financiado através de rendas e quotizações de novos ocupantes das
farmas, parceiros de desenvolvimento, e doações.
Fonte: AIM - 14.03.2016
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