sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Costa do Marfim: Cresce tensão entre CEDEAO e União Africana

Os enviados da União Africana à Costa do Marfim já estão a preparar o relatório sobre os modos de resolver a crise naquele país a apresentar a um painel de presidentes africanos.
Os enviados da União Africana à Costa do Marfim já estão a preparar o relatório sobre os modos de resolver a crise naquele país a apresentar a um painel de presidentes africanos.
Os representantes da União Africana passaram a semana em Abidjan em reuniões com os assessores do presidente cessante Laurent Gbagbo e do vencedor das presidenciais de Novembro, reconhecido pelas Nações Unidas, Alassane Ouattara.

O relatório será analisado pelos presidentes do Burkina Fasso, Chade, Mauritânia, África do Sul e Tanzânia a quem a União Africana pediu para elaborar um plano para ultrapassar até ao final do mês a crise politica marfinense.

Entretanto, alguns líderes da África Ocidental afirmam que o apoio alargado de que Ouattara desfrutava, está a começar a desaparecer por causa do apoio de alguns chefes de estado a Laurent Gbagbo. Tal é a opinião de James Gbeho, o presidente da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental, CEDEAO, “a solidariedade que existia entre nós e a comunidade internacional está a desaparecer rapidamente visto que alguns países tomaram partido e estão a discordar de uma decisão que já tinha sido tomada.”

Essa opinião não é partilhada pelo conselheiro de Gbagbo, Yao Gnamien, que afirma que a mediação da União Africana traduz o falhanço da CEDEAO, “a CEDEAO não conseguiu resolver o problema. Como é que podem sancionar o presidente Gbagbo sem sequer o ouvirem? Partiram do princípio de que o presidente Gbagbo não tinha sido eleito. Em vez de o dizerem deviam primeiro investigar o caso.”

Segundo Gnamien, a União Africana demonstrará claramente que Gbagbo foi reeleito.
Gnamien disse ainda que o painel da União Africana não deve por em causa a legitimidade do conselho constitucional marfinense em cuja decisão se baseia a reeleição de Gbagbo.

Aquele conselho declarou fraudulentos de 10% dos votos anulando, assim, os resultados da comissão eleitoral da Costa do Marfim que tinha declarado Ouattara como vencedor das presidenciais.

Historicamente cabe ao conselho constitucional a última palavra nas eleições marfinenses. Contudo nesta votação, e nos termo do acordo de paz subscrito por Gbagbo, cabia às Nações Unidas certificar qual o vencedor. O representante da ONU no Costa do Marfim, Young-jin Choi certificou Ouattara como vencedor das eleições de Novembro.

Fonte: Voz da América - 11.02.2011

Reflectindo: 1) Este é o espelho de uma organizacão que julga que vai criar Estados Unidos de África.

2) Estou imaginando os membros do clube a alterar o resultado na Côte d'Ivoire´. Aí a minha sugestão seria de a Comunidade Internacional cancelar tudo o que era de apoio aos governos africanos em questões da democracia e paz, excepto para governos como o de Cabo Verde, Botswana e outros poucos. Um dia todos os povos ficarão saturados e aí será a renascenca de África.

3 comentários:

V. Dias disse...

É tudo comédia.

Está dito.

São todos eles, irmãos e alunos do mesmo feto. Nada muda.

Zicomo

Anónimo disse...

São todos ditadores-merecem ser "rifados"!
África habituou-se eleições, nas traseiras dos palácios Presidenciais!Golpe de Estado!
Rifados com um tiro!

Fungulamasso

Reflectindo disse...

Eu digo que precisamos de manifestar contra qualquer ditador que apoia o pupilo Gbagbo. Há que desmacará-los sem piedade.