Por Edwin Hounou
O Presidente da República, Armando Guebuza, indicou, a 23 de Fevereiro de 2007, o padre Filipe Couto, antigo reitor da Universidade Católica de Moçambique, UCM, ultimamente, assessor do ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, para dirigir a Universidade Eduardo Mondlane, UEM, em substituição de Brazão Mazula, no cargo desde 1995.
Achamos salutar a decisão presidencial em ter procurado uma individualidade fora dos quadros da UEM para introduzir as mudanças requeridas à instituição.
Couto não tem, à partida, compromissos conhecidos nem alianças internas confirmadas, então, está de mãos livres para trabalhar.
Endereçamos nosso voto de confiança condicionado a Couto. Temos que esperar por cerca de 10 meses para ver qual vai ser seu desempenho. Até lá, não faremos qualquer juizo de valor. Seguiremos, escrupulosamente, o princípio segundo o qual ‘a prática é o critério da verdade’.
Couto tem credenciais intelectuais e de gestão universitária suficientes para conferir a UEM outro visual. Enquanto reitor da UCM teve a coragem de levar a faculdade de agronomia para Cuamba, em Niassa, onde muitos têm medo até de ouvir falar. Há informações que sugerem que lá se formam técnicos com o saber fazer assumido.
A faculdade de medicina, na Beira, tem seus estudantes em unidades sanitárias, de onde se pode inferir que sairão médicos à altura das necessidades. Dizem as fontes que tal estratégia foi desenhada por Couto. Não temos motivos para duvidar das suas capacidades.
Apelamos ao novo reitor para re-estruturar, com profundidade, a UEM e terminar com a percepção de que se transformou em nicho do partido no poder onde dominam a corrupção, promiscuidade, compadrio e intolerância política.
São conhecidos casos de dois docentes, membros do Parlamento pela bancada da Renamo, que foram afastados das suas funções na UEM, enquanto seus colegas têm um tratamento diferenciado, por professarem a ideologia corrente nos corredores oficiais e grandes palácios.
O sofisma de Mazula era de que, sendo da oposição, não teriam tempo para se ocupar da academia. Mas, membros da Frelimo acumulam funções, estudam fora do País, por largos anos e com salários em dia. Um é vereador, outro, vice-director do STAE.
Mazula diz que isso não perturba a academia. Couto tem a missão de dar a volta a este pensamento estereotipado instalado na UEM.
A UEM é uma academia, nela devem ser discutidas ideias e técnicas mais avançadas da Humanidade, não um campo de batalha onde partidos políticos rivais se digladiam pela hegemonia política da instituição.
A universidade é um laboratório de ideias modernas e não uma célula de partidos onde os discordantes são condenados ao ostracismo ou atirados à fogueira, como mandavam os princípios da santa inquisição.
Encorajamos a Couto a iniciar o combate para reverter a imagem da UEM, desarticulando-a das influências partidárias. Esperamos que Couto jus faça a confiança nele depositada pelo Presidente.
O Presidente da República, Armando Guebuza, indicou, a 23 de Fevereiro de 2007, o padre Filipe Couto, antigo reitor da Universidade Católica de Moçambique, UCM, ultimamente, assessor do ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, para dirigir a Universidade Eduardo Mondlane, UEM, em substituição de Brazão Mazula, no cargo desde 1995.
Achamos salutar a decisão presidencial em ter procurado uma individualidade fora dos quadros da UEM para introduzir as mudanças requeridas à instituição.
Couto não tem, à partida, compromissos conhecidos nem alianças internas confirmadas, então, está de mãos livres para trabalhar.
Endereçamos nosso voto de confiança condicionado a Couto. Temos que esperar por cerca de 10 meses para ver qual vai ser seu desempenho. Até lá, não faremos qualquer juizo de valor. Seguiremos, escrupulosamente, o princípio segundo o qual ‘a prática é o critério da verdade’.
Couto tem credenciais intelectuais e de gestão universitária suficientes para conferir a UEM outro visual. Enquanto reitor da UCM teve a coragem de levar a faculdade de agronomia para Cuamba, em Niassa, onde muitos têm medo até de ouvir falar. Há informações que sugerem que lá se formam técnicos com o saber fazer assumido.
A faculdade de medicina, na Beira, tem seus estudantes em unidades sanitárias, de onde se pode inferir que sairão médicos à altura das necessidades. Dizem as fontes que tal estratégia foi desenhada por Couto. Não temos motivos para duvidar das suas capacidades.
Apelamos ao novo reitor para re-estruturar, com profundidade, a UEM e terminar com a percepção de que se transformou em nicho do partido no poder onde dominam a corrupção, promiscuidade, compadrio e intolerância política.
São conhecidos casos de dois docentes, membros do Parlamento pela bancada da Renamo, que foram afastados das suas funções na UEM, enquanto seus colegas têm um tratamento diferenciado, por professarem a ideologia corrente nos corredores oficiais e grandes palácios.
O sofisma de Mazula era de que, sendo da oposição, não teriam tempo para se ocupar da academia. Mas, membros da Frelimo acumulam funções, estudam fora do País, por largos anos e com salários em dia. Um é vereador, outro, vice-director do STAE.
Mazula diz que isso não perturba a academia. Couto tem a missão de dar a volta a este pensamento estereotipado instalado na UEM.
A UEM é uma academia, nela devem ser discutidas ideias e técnicas mais avançadas da Humanidade, não um campo de batalha onde partidos políticos rivais se digladiam pela hegemonia política da instituição.
A universidade é um laboratório de ideias modernas e não uma célula de partidos onde os discordantes são condenados ao ostracismo ou atirados à fogueira, como mandavam os princípios da santa inquisição.
Encorajamos a Couto a iniciar o combate para reverter a imagem da UEM, desarticulando-a das influências partidárias. Esperamos que Couto jus faça a confiança nele depositada pelo Presidente.
A Tribuna Fax (2007-02-27)
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