A circuncisão reduz para metade os riscos de infecção pelo vírus da Sida (HIV), segundo resultados, publicados na revista médica britânica The Lancet, de duas experiências efectuadas no Quénia e no Uganda.
Os resultados confirmam os de um estudo semelhante e anterior efectuado na África do Sul.
O estudo que foi levado a cabo em Kisumu, no Quénia, e abrangeu 2.784 homens seronegativos (entre eles 1.391 circuncidados), com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, concluiu que o risco de contrair o vírus pelos homens circuncidados era reduzido em pelo menos 53 por cento.
O segundo estudo, no qual participaram 4.996 homens com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, e que foi efectuado em Rakai, no Uganda, demonstrou uma redução do risco de infecção em pelo menos 51 por cento dos circuncidados.
Durante os dois estudos, 65 e 69 participantes terão sido infectados com o vírus: 22 circuncidados e 43 não circuncidados no Uganda; 22 circuncidados e 47 não circuncidados no Quénia, segundo dados comunicados pelo Instituto Nacional das Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), nos Estados Unidos, que participou no financiamento dos estudos.
Um estudo precedente, efectuado entre 2002 e 2005 na África do Sul, pela Agência Nacional de Investigação sobre a Sida (ANRS), em França, e que abrangeu 3.274 homens, havia demonstrado que a circuncisão reduzia em 60 por cento o risco de infecção masculina.
"Os três ensaios (Ó) fornecem agora a prova que o risco de contrair HIV é reduzido em cerca de metade pela circuncisão masculina", afirmam Marie-Louise Newell e Till Barnighausen (Universidade de KwaZulu-Natal na África do Sul, Harvard School of Public Health).
"No entanto, a circuncisão masculina não dá uma protecção a 100 por cento e os preservativos continuam a ser uma parte importante na prevenção do vírus da sida", pode ler- se na revista The Lancet.
Calcula-se que a circuncisão pode evitar 35.000 novas infecções em 2007, em cerca de 2,5 milhões de homens da província sul-africana KwaZulu-Natal, onde a incidência de infecção pelo HIV é muito elevada, e a taxa de circuncisão é até agora muito baixa.
É necessário agora que haja uma grande prudência nas políticas que encorajem a circuncisão. Pensar estar protegido pode conduzir a uma redução da utilização do preservativo, e a um maior número de riscos, alertam os especialistas.
A necessidade de assegurar a circuncisão em boas condições higiénicas foi também um alerta lançado pelos especialistas.
O efeito protector da circuncisão pode estar ligado à transformação da mucosa, rica em células imunitárias alvo do HIV, que recobre a glande.
Após a operação, uma camada protectora de células epiteliais, semelhantes às que cobrem a pele, forma-se sobre a mucosa, "o que limita a entrada viral nas células alvo do HIV que se encontram por baixo", afirmam Robert Baley, da Universidade de Chicago, e os seus colegas que participaram no estudo levado a cabo no Quénia.
Agência LUSA (2007-02-23)
Os resultados confirmam os de um estudo semelhante e anterior efectuado na África do Sul.
O estudo que foi levado a cabo em Kisumu, no Quénia, e abrangeu 2.784 homens seronegativos (entre eles 1.391 circuncidados), com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, concluiu que o risco de contrair o vírus pelos homens circuncidados era reduzido em pelo menos 53 por cento.
O segundo estudo, no qual participaram 4.996 homens com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, e que foi efectuado em Rakai, no Uganda, demonstrou uma redução do risco de infecção em pelo menos 51 por cento dos circuncidados.
Durante os dois estudos, 65 e 69 participantes terão sido infectados com o vírus: 22 circuncidados e 43 não circuncidados no Uganda; 22 circuncidados e 47 não circuncidados no Quénia, segundo dados comunicados pelo Instituto Nacional das Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), nos Estados Unidos, que participou no financiamento dos estudos.
Um estudo precedente, efectuado entre 2002 e 2005 na África do Sul, pela Agência Nacional de Investigação sobre a Sida (ANRS), em França, e que abrangeu 3.274 homens, havia demonstrado que a circuncisão reduzia em 60 por cento o risco de infecção masculina.
"Os três ensaios (Ó) fornecem agora a prova que o risco de contrair HIV é reduzido em cerca de metade pela circuncisão masculina", afirmam Marie-Louise Newell e Till Barnighausen (Universidade de KwaZulu-Natal na África do Sul, Harvard School of Public Health).
"No entanto, a circuncisão masculina não dá uma protecção a 100 por cento e os preservativos continuam a ser uma parte importante na prevenção do vírus da sida", pode ler- se na revista The Lancet.
Calcula-se que a circuncisão pode evitar 35.000 novas infecções em 2007, em cerca de 2,5 milhões de homens da província sul-africana KwaZulu-Natal, onde a incidência de infecção pelo HIV é muito elevada, e a taxa de circuncisão é até agora muito baixa.
É necessário agora que haja uma grande prudência nas políticas que encorajem a circuncisão. Pensar estar protegido pode conduzir a uma redução da utilização do preservativo, e a um maior número de riscos, alertam os especialistas.
A necessidade de assegurar a circuncisão em boas condições higiénicas foi também um alerta lançado pelos especialistas.
O efeito protector da circuncisão pode estar ligado à transformação da mucosa, rica em células imunitárias alvo do HIV, que recobre a glande.
Após a operação, uma camada protectora de células epiteliais, semelhantes às que cobrem a pele, forma-se sobre a mucosa, "o que limita a entrada viral nas células alvo do HIV que se encontram por baixo", afirmam Robert Baley, da Universidade de Chicago, e os seus colegas que participaram no estudo levado a cabo no Quénia.
Agência LUSA (2007-02-23)
2 comentários:
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