quarta-feira, janeiro 06, 2016

COMENTANDO SOBRE A CARTA DE JULIÃO JOÃO CUMBANE

Julião João Cumbane escreveu um artigo como muitos achei-o de muito excelente. O autor escreveu para a Frelimo na qualidade de membro daquele partido. Mas eu digo, tal igual disse sobre o referido artigo de Teodato Hunguana este artigo serve para qualquer partido da Pérola do Índico que almeje na construcão de um Estado de Direito Democrático, o fortalecimento das instituições democráticas e que o país mergulhe no abismo. E para quem é da Frelimo fala e com o direito sobre como manter o poder ou preparar-se a uma oposicão construtiva enquanto que para os partidos da oposição é de como conquistar trabalhar afincadamente e de maneira mais convincente na construção dum verdadeiro Estado de Direito Democrático em Moçambique.

Entendo do texto de Cumbane que recomenda uma nova maneira de fazer política e eleições que seria de forma mais transparente possível que é uma das vias que não deixa dúvida que é o vencedor num processo eleitoral. Num processo transparente mesmo que a diferença é de apenas 1% entre o vencedor e vencido, dificilmente se contesta. Contudo, o importante é mesmo que se identifiquem os que atabalhoam os processos eleitorais, incluindo o uso de violência física em Moçambique. A mim parece que Cumbane toca-nos um pouco ou mesmo muito. São indivíduos que não trabalham tempo todo, mas têm interesses pessoais que ultrapassam aos interesses dos partidos, aos da nação. Têm muita pressa para ganharem o que querem e irem logo à sombra.

A outra coisa que concordo com Cumbane é contra a violação do direito à opinião aberta nos partidos. Os estragadores dos partidos, os que mergulham os partidos políticos em crises tenebrosas gostam de impor, sei lá o que chamam de disciplina partidária ou que todas as críticas devem ser feitas nos órgãos do partido como se todos os membros e simpatizantes fizessem parte do Comité Central ou do Conselho Nacional dos partidos. Então, uma opinião daquela de Cumbane como chegaria aos membros da Frelimo que vivem em todo o território nacional? Mas os com interesses acima dos partidos e da nação lutam por limitar a todo aquele que tem uma opinião em prol do/s partido/s e da nação. Limitam aos que são capazes de apontar os erros e não menos o que os de interesses particulares aprontam. São eles que preferem abater a quem tem carisma e convence a centenas de eleitores quando eles nem a meia dezena conseguem. Esse é o dilema da política partidária em Mocambique. Mas o perigo é levarmos o país ao abismo.
Enfim, não devemos ter medo de viver como Cabo Verde.

A dado tempo, o artigo em referência fala de sondagens que o Partido Frelimo e é dos pontos que acho que todos partidos deviam fazê-las não só para medir o pulsar, mas identificar os seus erros e a reflexão dos mesmos no eleitorado. Os erros quando conhecidos, devem ser imediatamente sanados e nunca pensar-se que com o tempo o eleitorado vai-se esquecer. Isso é um erro crasso e custa muito caro mesmo aos não cometeram e até lutaram bastante para a sua correcção imediata. Porém, é preciso ter gente séria a fazer sondagens e não aquela que vai ao chefe e diz: aqui já ganhámos e nem é preciso trabalhar. Em países como Suécia, sondagens são mensais. Em Moçambique, a Assembleia da República devia defender a criação de mecanismo de sondagens regulares.

Os partidos políticos, sobretudo quando governam alguma parcela territorial têm que fazer uma competição no sentido de dar o melhor aos habitantes e não nuvens e muito menos calúnias ou algo que estimula o desreipeito ao ordenamento urbano e que considero de um dos vícios perigosos por no fim afectar todo o território nacional.


Nota: eis o artigo em referência aqui

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