O PARTIDO do Presidente da Guiné Equatorial, Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), criticou no fim-de-semana o Presidente norte-americano, Barack Obama, que na terça-feira (28) criticou os dirigentes africanos que permanecem muito tempo no poder.
Num discurso na sede da União Africana (UA), Obama avisou que “o progresso democrático em África está em risco por culpa dos líderes que não deixam o cargo quando terminam os seus mandatos”.
Em comunicado assinado pelo seu secretário-geral, Jerónimo Osa Osa Ecoro, divulgado na Internet e citado pela agência espanhola EFE, o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no poder no país africano, qualificou na sexta-feira (31 de Julho) de “errónea” a visão de Obama.
Teodoro Obiang, de 73 anos, cumpre hoje (3) 36 anos desde que subiu ao poder, ao protagonizar um golpe de Estado sangrento contra o anterior Presidente e seu tio, Francisco Macías Nguema, quando era o seu vice-ministro da Defesa.
O PDGE, fundado pelo próprio Presidente em 1986, revalidou a sua vitória nas eleições gerais de Maio de 2013, nas quais a sua coligação eleitoral de dez partidos conseguiu 99 dos 100 deputados da Câmara de Representantes do Povo, e 74 dos 75 senadores na Câmara Alta.
Segundo o comunicado do secretário-geral do partido equato-guineense, “a permanência ou longevidade no poder de Obiang nunca foi por se acorrentar pessoalmente ao poder contra a vontade popular, porque se tem submetido à consulta popular nas eleições e tem renovado o seu mandato como líder carismático eleito pelo seu povo”.
Jerónimo Osa Osa Ecoro afirma ainda que “Barack Obama comete o erro típico de buscar modelos e soluções ocidentais para um povo, um continente - o africano - que viveu uma história e uma evolução completamente diferentes, e que por isso precisa de modelos e soluções diferentes”.
Fonte: Jornal Notícias - 03.08.2015
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