De produtos alimentares
Consta da acusação que o antigo ministro beneficiou de produtos alimentares pagos com fundos do Ministério do Interior, sem que houvesse uma base legal para o efeito.
Cinco declarantes foram ouvidos, ontem, pelo tribunal, no processo de produção de provas do julgamento do antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje, e outros dois co-réus. Todos foram arrolados para prestar declarações sobre a utilização de fundos do Ministério do Interior (MINT) para a compra de produtos alimentares para a casa de Manhenje.
Consta da acusação que Manhenje beneficiou de produtos alimentares pagos com fundos do Ministério do Interior, sem que houvesse uma base legal para o efeito.
O declarante Arlindo Feniasse, que à data dos factos desempenhava as funções de tesoureiro, foi o segundo a ser ouvido pelo tribunal. este declarou ter emitido cheques a favor de Luís Colete, também declarante neste processo, e que, na altura dos factos, era o responsável pela compra de produtos alimentares para a residência do antigo ministro do Interior e, também, para a casa de hóspedes.
No tribunal, Feniasse declarou ainda que os valores dos cheques emitidos para as referidas compras variavam entre um e dois milhões de meticais da antiga família, não se recordando, no entanto, da periodicidade em que eram efectuadas as compras, mas que acha que era mensal.
Feniasse explicou ao tribunal que, para emitir cheques, dependia das requisições que lhes eram passadas para o efeito.
Já o declarante Luís Colete, que à data dos factos era responsável pela compra de produtos alimentares para a residência de Manhenje, confirmou que, a partir de 2003, por ordem do seu antigo director financeiro, Carlos Fidélis, passou a efectuar compras para a casa do seu ministro.
Relativamente ao facto de alguns cheques terem sido emitidos em seu nome (Colete) e não em nome dos fornecedores dos alimentos, Colete declarou que não adquiria produtos na mesma loja, daí essa necessidade (Benedito Luís)
Fonte: O País online - 10.12.2010
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