Defende o académico e antigo reitor da UEM, Brazão Mazula
A ideia foi defendida, igualmente, pelo antigo ministro das Finanças, Magid Osman. Para estes, a exclusão social é o principal factor de instabilidades e conflitos sociais.
A exclusão social é apontada como um desafio a ultrapassar em Moçambique para se atingir uma paz efectiva a nível político, social e económico. Esta tese foi defendida, esta semana, pelo académico e antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Brazão Mazula, falando para uma plateia composta por académicos, estudantes e alguns membros do Governo, numa palestra sobre a prevalência da paz em Moçambique.
Mazula disse ser evidente a exclusão social, condicionada pela ruptura de comunicação - entre outras plataformas de diálogo -, entre o Estado e os cidadãos.
“A paz política em Moçambique depende da inclusão social, do respeito pela lei e pelas instituições do Estado”, defendeu Mazula, que entende, por isso, que uma das condições para a manutenção da paz em Moçambique é a implementação de uma educação virada para a paz mental das pessoas.
“O grande desafio para a paz em Moçambique é começarmos a formar as pessoas para desenvolverem uma paz mental. agora, temos que educar a mente”, referiu Mazula, acrescentando que “se tivermos a paz mental, que não esteja a planificar violência, não teremos mais eventos como os de Montepuez, de mocímboa da Praia; não teremos mais o 5 de Fevereiro, nem 1 e 2 de Setembro”.
Ainda de acordo com o académico, para se manter a paz no país, é crucial o envolvimento do sector cultural, que exerce um papel importante na forma como os cidadãos de determinado país agem socialmente.
Magid Osman apela ao combate do fenómeno
Esta ideia foi, igualmente, defendida pelo antigo ministro das finanças, Magid Osman, para quem a exclusão social, consubstanciada pela falta de emprego, dificuldades de acesso à educação e habitação, desequilíbrios sociais, económicos, entre outros, constitui um perigo para a paz no país. (André Manhice)
Fonte: O Pais online - 07.10.2010
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