Carpinteiros, mecânicos, serralheiros e escriturários, que compõem o corpo técnico-administrativo da Escola Industrial de Carapaira, distrito de Monapo, exigem o seu enquadramento no quadro de pessaol do Ministério da Educação. A falta de uma resposta, por parte do governo, em relação às várias cartas endereçadas àquele miniistério, está a provocar um ambiente de descontentamento nos mais de 50 trabalhadores que operam naquele estabelecimento de ensino técnico profissional, cujos salários provêm da produção escolar. De acordo com Júlia Mualamela, secretária do Comité Sindical da empresa, os trabalhadores pretendem obter das autoridades governamentais um esclarecimento sobre o porquê da não contratação dos trabalhadores que tudo fazem para garantir uma melhor produção para o beneficio de toda comunidade escolar.
O facto foi confirmado pelo respectivo director ir. Giovanni Luigi Quaranta, que afirmou que a sua instituição está, efectivamente, a sofrer uma forte pressão por parte dos trabalhadores
A questão voltou a ser resportada à vice-ministra de Educação, Leda Hugo, que, recentemente, trabalhou naquele estabelecimento de ensino técnicoprofissional.
Entretanto, o Ministério de Educação ainda não se pronunciou sobre o assunto, embora a vice-ministra admita tratar-se de uma preocupação legítima.
A Escola Industrial de Carapira foi fundada em 24 de Setembro de 1964 pelo irmão João Gazian, missionário comboniano, como Escola de Artes e Ofícios, com 25 alunos. Nessa altura leccionava os cursos de Serralharia Geral, Máquinas e Ferramentas, Mecânica Auto, Carpintaria e Mercenaria. Em Julho de 1975, logo após a Independência, a instituição foi nacionalizada e os missionários foram forçados a deixar Carapira e, em 1985, o Ministério da Educação converteu-a em Escola Básica Industrial.
No ano de 1986, a equipa missionária regressou e, em 1992, firmou com o governo um contrato, que incluiu a respectiva gestão administrativa
Fonte: WamphulaFax in @Verdade 05 Outubro 2010
Reflectindo: "...um ambiente de descontentamento nos mais de 50 trabalhadores que operam naquele estabelecimento de ensino técnico profissional, cujos salários provêm da produção escolar." Conheço perfeitamente este problema. A decisão foi tomada em 1983. O que se verificou a seguir é que a maioria desses trabalhadores que como contratos recebia salários do Estado não produzia sequer 20 porcento do seu salário. A produção escolar é o que eles próprios produzem. Os salários dependem da produção dos mesmos trabalhadores.
Como se resolve um problema destes? É mesmo enquadrando no pessoal do Ministério de Educação ou do Estado?
Sem comentários:
Enviar um comentário