O que faz a grandeza do ser humano é a capacidade deste lhe pesar a consciência quando algo horroroso acontece em situações em que ele é responsável. Segundo O País online, assim manifestou a ministra malgaxe de defesa, Cecile Manorohanta, ao demitir-se em consequência e da morte de pelo menos 28 manifestantes, em confrontos com as forças de segurança ocorridos durante o fim-de-semana:
“A missão das forças de segurança é de defender o povo e o seu bem estar”, disse Manorohanta, num comunicado de imprensa depois de os comandos terem disparado contra os manifestantes no sábado, que se haviam aglomerado diante do palácio presidencial na capital Antananarivo.
“Considerando determinados assuntos, que não estão bem claros e que a minha consciência se recusa a aceitar, eu decidi abandonar o governo a partir de hoje (segunda feira)”, refere o comunicado.” Leia mais aqui.
“A missão das forças de segurança é de defender o povo e o seu bem estar”, disse Manorohanta, num comunicado de imprensa depois de os comandos terem disparado contra os manifestantes no sábado, que se haviam aglomerado diante do palácio presidencial na capital Antananarivo.
“Considerando determinados assuntos, que não estão bem claros e que a minha consciência se recusa a aceitar, eu decidi abandonar o governo a partir de hoje (segunda feira)”, refere o comunicado.” Leia mais aqui.
4 comentários:
Uma verdadeira licao para os lideres dos restantes paises africanos. Ela mostrou que tem 'senso e sensibilidade'. Fiquei impressionada! Gloria de Matos
Auto-responsabilização. Um dia chegaremos lá.
Reflectindo, existem coisas que constituem príncípio na vida do homem (ordem natural) é inadmissível prefirir assistir vidas Humanas a sucumbirem e você passear com o seu poder por cima desses cadáveis! ela agiu bem. abraços.
Cara amiga Glória, é mesmo impressionante em ver isto a acontecer no nosso continente. É um passo.
Caro amigo Júlio, acredito que um dia chegaremos lá. Há pequenos sinais que quem tiver muita atencão pode vê-los. Porém, a verdade tem que ser dita, o caminho será longo enquanto não procurarmos saber como lá se chega. Por exemplo, o quê pode significar auto-responsabilizacão hoje em Mocambique? Será que um ministro que se demitir hoje não andará na rua a pedir esmola para comprar pão? O que acontece aos responsáveis por uma situacão semelhante a de Madagáscar? A nossa sociedade, na sua maioria, já aprendeu a sancionar quando não se assume a responsabilidade? Por sinal, não. Mas também acredito que a reaccão popular é latenta, algo não desejável porque não se sabe quando ela explodirá.
Amigo Chacate, é o que assistímos em Montepuez, algo mais do que esta de Madagáscar; já se deu em Aube, em Angoche, em Mogovolas, em Mocímboa da Praia, em Mahlazine, é o que assistímos. Em certos casos os que deviam auto-responsabilizar-se, demitindo-se, e, se fosse no Japão, suicidando-se, foram andar por cima dos cadáveres e até promovidos.
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