As vezes, pensar alto nos leva de encontro as resposta que queremos. E, se é assim, espero que alguém mo diga, com que linhas se cosem os prevericantes pergaminhos da remoção forçada; ou seja, um golpe num partido ou organização política. Chamariamos golpe a “comédia política” cuja encenação girou a volta da informação mentirosa que o presidente deste partido recebeu de alguns oficiais da guerrilha? Haveriam razões bastantes de Afonso Dlhakama usar dessa calunia para virar o jogo, dizendo que Daviz Simango já não era o candidato do partido às eleições municipais? Estaria este a preparar um golpe contra o líder? Seria um golpe se Afonso Dhlakama deixasse de ser líder num próximo congresso da Renamo. Se até aqui fiz esta viagem introspectiva para melhor perceber a imagem do outro, colocaria minhas preocupações directas ao líder da Perdiz:
Porquê mesmo acreditando nesses oficiais da sua confiança, não usou do benefício da dúvida, consultando Daviz Simango, antes de tomar a decisão pouco informada de preterir a candidatura deste a edil do Município da Beira, custe o que custasse à Renamo?
O Presidente Dhlakama preferiu nunca acreditar ao que há muitos meses Daviz Simango dissera quanto à liderança do partido?
Preferiu o líder não evitar o que já se antevia, de antemão, pela opinião pública que um dia Daviz Simango seria sua próxima vítima, pelo facto ser dado como sendo o futuro líder da Perdiz por muitos moçambicanos?
Porquê razão, re/conhecidas que são as qualidades de líder de Daviz Simango desse grande partido a cair a pique, não se regozija dele realmente em levar avante a acção o seu partido rumo ao poder?
Para lá do Daviz Simango, que desde há muito pensei ou mesmo, muitos pensaram que evitaria candidatar-se a presidente da Renamo, precisamente para evitar situações destas, procurará o líder do partido nos dar um aviso à navegação de que ninguém que não seja antigos guerrilheiros se deve candidatar à liderança daquele partido?
Ao que percebo desta última posição do lider, na verdade, se deixou enganar ao não perceber os membros do seus partido que incluem académicos e cívis. É com estes que realmente a Renamo deve lutar pela democracia, porque dão o seu apoio incondicional. Os verdadeiros membros contribuem gratuitamente com seu saber para fortalecer os partidos políticos ou mesmo a sociedade civil. São os verdadeiros membros que ajudam no desenvolvimento da visão e acção partidárias. Porém, ao parece que os guerrilheiros moçambicanos, quer os da Frelimo, quer da Renamo, não entendem isto.
Porquê mesmo acreditando nesses oficiais da sua confiança, não usou do benefício da dúvida, consultando Daviz Simango, antes de tomar a decisão pouco informada de preterir a candidatura deste a edil do Município da Beira, custe o que custasse à Renamo?
O Presidente Dhlakama preferiu nunca acreditar ao que há muitos meses Daviz Simango dissera quanto à liderança do partido?
Preferiu o líder não evitar o que já se antevia, de antemão, pela opinião pública que um dia Daviz Simango seria sua próxima vítima, pelo facto ser dado como sendo o futuro líder da Perdiz por muitos moçambicanos?
Porquê razão, re/conhecidas que são as qualidades de líder de Daviz Simango desse grande partido a cair a pique, não se regozija dele realmente em levar avante a acção o seu partido rumo ao poder?
Para lá do Daviz Simango, que desde há muito pensei ou mesmo, muitos pensaram que evitaria candidatar-se a presidente da Renamo, precisamente para evitar situações destas, procurará o líder do partido nos dar um aviso à navegação de que ninguém que não seja antigos guerrilheiros se deve candidatar à liderança daquele partido?
Ao que percebo desta última posição do lider, na verdade, se deixou enganar ao não perceber os membros do seus partido que incluem académicos e cívis. É com estes que realmente a Renamo deve lutar pela democracia, porque dão o seu apoio incondicional. Os verdadeiros membros contribuem gratuitamente com seu saber para fortalecer os partidos políticos ou mesmo a sociedade civil. São os verdadeiros membros que ajudam no desenvolvimento da visão e acção partidárias. Porém, ao parece que os guerrilheiros moçambicanos, quer os da Frelimo, quer da Renamo, não entendem isto.
O papel das massas intelectuais dentro dos partidos foi e continua a ser muito mal percebido. Mas este é um tema para um debate que não cabe neste artigo. Resumindo, o líder da Renamo deve ter perdido [definitivamente] a oportunidade soberana de clarificar o seu reino, ao se auto-infligir esta crise que todos julgavamos que era da Frelimo. Vai ser difícil de sair desta crise, sem que Dhlakama possa ser [sublinhe-se, possa ser] também vitima. Mas se metodicamente for respondendo pela positiva meus questionamentos que coloco acima, uma sofrível recuparação pode ter lugar.
6 comentários:
Uma crise muito grande que é medida pelo tamanho da unha do dedo mindinho. Infelizmente, pelo silencio de grande parte de perdizes, agora esta mais do que claro que o partido é a perdiz-mor.
Se houvessem realmente pessoas, no seio do partido, com vontade de ver as coisas mudadas e melhoradas, eis uma grande ocasiao perdida.
Ou seja, posto que nunca contestaram ou manifestaram-se contra ou ainda propuseram medidas urgentes de correcçao duma atitude tao desastrada e pouco abonatoria para um lider que se diz pai da democracia, agora so se podem calar para todo o sempre e feliz do Manuel Araujo que com frontalidade ousou exprimiu o que lhe ia a alma!
Penso que na perdiz-mor se precisa de muitos Manuel Araujo's p'ra que as coisas andem. De outra maneira e' fazer de conta que se faz oposicao.
Cara Ximbitane, acho que se pode falar de silêncio da maioria de perdizes, porém, comparando com com muitos partidos, incluindo o partidão, há muitas perdizes que desta vez ousam distanciar-se da ordem do boss.
Infelizmente, não são dos membros do Secretariado-geral, da Comissão Política que estão perto do Boss. Talvez estes, excepto o malogrado David Aloni estejam na mesma panela com o Boss. Talvez sejam eles que decidiram em instalar a grande crise jamais vista na Renamo.
Neste momento estou preocupado em saber se o Boss tem algum assessor político.
E depois me interrogo do papel do Conselho Nacional. Porquê os membros deste órgão não usam o seu direito estatutário para convocar uma sessão, ainda que me parece que já vai um ano que não se realiza?
Manuel de Araújo está a fazer o seu dever de cidadania, contribuir com o seu saber no processo democrático. Gosto imenso disto.
Dede, é isso, precisamos de cidadãos que não bajulam, mas que contribuem para a democracia.
Pois é, Mestre, lamentavel! E numa epoca em que se pensa em encerrar o Lhanguene, é incrivel que a Renamo lá cave a sua propria sepultura!
É isso e parece-me que a lideranca não entendeu isso e que a história lhe julgará.
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