Não sei o que faz com que em certos programas, algumas vezes ou sempre os/as
painistas ou comentadores são apenas pessoas com a mesma tendência política ou
que não tenham uma análise imparcial.
Ora neste Opinião Feminina desta vez, ao analisar-se a questão dos assassinatos
dos membros da Renamo e da Frelimo pareceu-me que as três painistas convergeram
que os autores de todos os assassinatos e de ambas as partes, era a Renamo. Será?
Ou por outro que os que matam os membros da Renamo têm o direito e senão um dever
constitucional. Será?
O problema é que parece que algumas pessoas, alguns concidadãos, se fazem
de esquecer que os assassinatos não começaram agora e muito menos os alvos são apenas
entre os membros da Renamo vs Frelimo, mas que os mortos em Murrupula, em 2013,
nem eram membros de qualquer partido, mas uns concidadãos do distrito de
Mogovolas; que Mussa Inlamo era apenas um ex-membro do SNASP, que académicos
como Cistac, Macuiana, juristas, economistas como António Siba-Siba e outros
eram e são apenas cidadãos, exercendo a cidadania; que Sousa Matola morto em
Tete e tantos outros conhecidamente eram/são membros do MDM têm sido
sequestrados e torturados em Gaza e noutras partes do país; que João Massango
foi raptado e torturado...
Algo que concordo é a evocação da RECONCILIAÇÃO e não a negociação e pior
no molde actual. Nos últimos dias, comecei ouvir o termo “reconciliação” com a
Graça Machel e eu considero que tanto ela como outros estão a perceber o que
muitos começaram a evocar, mesmo antes do Acordo Geral da Paz. Antes do AGP falava-se de Diálogo, Paz e
Reconciliação. Eu também acho que só com a reconciliação em Moçambique os
assassinatos perpetrados por “desconhecidos” vulgo esquadrões da morte
terminarão. Acredito que só um processo de reconciliação desarmará os
assassinos, raptores e sequestradores, os torturadores.
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