Por Carlos Nuno
Castel-Branco
Primeiro, conduzir
a maior parte da população ao desespero, desesperança, ruína.
Segundo, publicitar
que isto é feito por não haver alternativas, sendo o único caminho respeitável,
responsável e caridoso, no interesse desse povo.
Terceiro, esconder
as causas da situação atrás de um partido, indivíduo ou evento, que nada tem
que ver com os donos da única alternativa.
Quarto, disseminar
que qualquer outra alternativa não existe - a do partido concorrente não existe
porque o partido concorrente é pior; outras alternativas não existem porque não
são de nenhum dos partidos concorrentes respeitáveis e sensatos (o pior e o dos
donos das alternativas).
Quinto, divulgar
que o partido concorrente não vai ganhar e para formarem governo têm que se
aliar ao diabo - o diabo é tudo o que é diferente - assim apelando a que se
fuja de outras (as reais) alternativas como o diabo da cruz.
Sexto,
desinteressar as pessoas de votarem, isto é, desinteressa-las de exercerem a
única forma de participação política pública que têm no sistema representativo,
pois não há alternativa.
Sétimo, garantir
que com toda esta confusão seja sempre eleito o representante do capital, seja
qual for o nome do seu partido.
PS1: o bolo pode
ser embelezado com outras particularidades históricas.
PS2: são sempre
necessários dois para este sistema funcionar - para se acreditar que
alternativas e alternância são a mesma coisa, para se desacreditar um em
relação ao outro e para ignorar tudo o resto.
PS3: quem quiser
engolir este bolo o problema é dele e o cozinheiro nada tem que ver com isso.
Fonte: Mural do autor – 05.10.2016
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