Por Edwin Hounnou
O director da Escola Secundária da Manga, Domingos Chimarizene, no dia 10 de Outubro findo, faltando, só, uma semana para o fim do ano lectivo, expulsou dois alunos da 10ª classe — Vieira Moda e Taibo Luís — alegando que aquela escola não é um centro depromoção política, pelo facto de terem colado, na parede da sala de aulas, um panfleto de Daviz Simango.
Chimarizene é um falsário que não respeita a diferença. É um mentiroso. No quadro da sala de professores está patente e com letras garrafais: Partido Frelimo – CONVOCATÓRIA. Vi isso, com os meus próprios olhos, entre os dias 18/19 de Novembro, quando passei da escola, na cobertura das eleições autárquicas. Fotografei a imagem. É inegável e guardo a fotografia para quem quiser certificar o facto vergonhoso, do que se pretende que seja um centro de difusão do saber.
Quando o problema despoletou, o director pedagógica do 2° nível, Lucas Chaúa, confirmou que naquela escola tem havido encontros da célula do partido Frelimo. Então, a Escola Secundária da Manga é ou não um centro de promoção política? Esta pergunta é dirigida a Chimarizene e aos que o apoiaram na sua insensata decisão de abafar e amedrontar outras sensibilidades políticas.
Para Chimarizene, a história está parada, no tempo. Vive, ainda, nos tempos do sistema monopartidário em que ser indiferente ao partido ou emitir uma opinião diferente era uma prisão garantida. Aos indivíduos com tal pensamento, vale recordar-lhes que o tempo não volta para trás, como diz uma velha canção. Em Moçambique, jamais haverá lugar para partido único, apesar das debilidades e trapalhices da Renamo de Afonso Dhlakama. O povo já experimentou o sabor da liberdade, por nada aceitará o retorno ao sistema monopartidário.
Quando uma actividade política se considera promoção política? Quando a célula do partido Frelimo se reúne nas instalações da Escola e escreve o seu aviso, no quadro, estará ou não a fazer promoção política, aquilo que fez enfurecer Chimarizene, ao ponto de expulsar miúdos, a escassos dias do fim do ano lectivo?
Chimarizene é livre de pertencer ao partido que mexe o seu coração, pois, a Constituição lhe garante tal direito, mas, está, terminantemente, proibido, por lei, de impedir ou molestar os demais que manifestam sua simpatia por outro partido, diferente do seu. Os miúdos não teriam sido vítimas de Chimarizene se tivessem exibido ou colado o panfleto de Lourenço Bulha, candidato do partido do director em part time, mas, comissário político full time.
Há, em toda a extensão do território nacional, milhares de chimarizenesactivistas políticos que não sabem separar a função que desempenham, no Estado, da sua actividade partidária. Uns são directores de escola, outros dirigem empresas, direcções nacionais, provinciais, etc. Outros são administradores, presidentes de conselhos de administração de empresas.
Fonte: A TribunaFax, N° 856, de 04 de Dezembro de 2008
Nota do Reflectindo:
Está ou não a Procuradoria Geral da República a investigar o caso Domingos Chimarizene? Está ou não a PGR a investigar sobre as violações à lei eleitoral quanto aos locais interditos à campanha eleitoral bem registadas, sobretudo em Maputo e Beira, por exemplo a a campanha realizada por David Simango na EDM e a reunião de campanha de Lourenço Bulha com os directores e directores-adjuntos de escolas?
Chimarizene é um falsário que não respeita a diferença. É um mentiroso. No quadro da sala de professores está patente e com letras garrafais: Partido Frelimo – CONVOCATÓRIA. Vi isso, com os meus próprios olhos, entre os dias 18/19 de Novembro, quando passei da escola, na cobertura das eleições autárquicas. Fotografei a imagem. É inegável e guardo a fotografia para quem quiser certificar o facto vergonhoso, do que se pretende que seja um centro de difusão do saber.
Quando o problema despoletou, o director pedagógica do 2° nível, Lucas Chaúa, confirmou que naquela escola tem havido encontros da célula do partido Frelimo. Então, a Escola Secundária da Manga é ou não um centro de promoção política? Esta pergunta é dirigida a Chimarizene e aos que o apoiaram na sua insensata decisão de abafar e amedrontar outras sensibilidades políticas.
Para Chimarizene, a história está parada, no tempo. Vive, ainda, nos tempos do sistema monopartidário em que ser indiferente ao partido ou emitir uma opinião diferente era uma prisão garantida. Aos indivíduos com tal pensamento, vale recordar-lhes que o tempo não volta para trás, como diz uma velha canção. Em Moçambique, jamais haverá lugar para partido único, apesar das debilidades e trapalhices da Renamo de Afonso Dhlakama. O povo já experimentou o sabor da liberdade, por nada aceitará o retorno ao sistema monopartidário.
Quando uma actividade política se considera promoção política? Quando a célula do partido Frelimo se reúne nas instalações da Escola e escreve o seu aviso, no quadro, estará ou não a fazer promoção política, aquilo que fez enfurecer Chimarizene, ao ponto de expulsar miúdos, a escassos dias do fim do ano lectivo?
Chimarizene é livre de pertencer ao partido que mexe o seu coração, pois, a Constituição lhe garante tal direito, mas, está, terminantemente, proibido, por lei, de impedir ou molestar os demais que manifestam sua simpatia por outro partido, diferente do seu. Os miúdos não teriam sido vítimas de Chimarizene se tivessem exibido ou colado o panfleto de Lourenço Bulha, candidato do partido do director em part time, mas, comissário político full time.
Há, em toda a extensão do território nacional, milhares de chimarizenesactivistas políticos que não sabem separar a função que desempenham, no Estado, da sua actividade partidária. Uns são directores de escola, outros dirigem empresas, direcções nacionais, provinciais, etc. Outros são administradores, presidentes de conselhos de administração de empresas.
Fonte: A TribunaFax, N° 856, de 04 de Dezembro de 2008
Nota do Reflectindo:
Está ou não a Procuradoria Geral da República a investigar o caso Domingos Chimarizene? Está ou não a PGR a investigar sobre as violações à lei eleitoral quanto aos locais interditos à campanha eleitoral bem registadas, sobretudo em Maputo e Beira, por exemplo a a campanha realizada por David Simango na EDM e a reunião de campanha de Lourenço Bulha com os directores e directores-adjuntos de escolas?
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