MAPUTO – O caso de corrupção ocorrido, na Direcção Provincial para os Assuntos dos Antigos Combatentes, em Maputo, promete fazer correr muita tinta, com a denunciante, Zauria Adamo, a vir a público responder a posição tomada pelo secretário permanete provincial, Luís Mambero.
“A transferência da Zauria Adamo não se trata de retaliação, mas sim, para reforçar os Recursos Humanos, na Direcção da Juventude e Desportos. Em algum momento, o comportamento dela não foi elegante, pois, trabalhou em jeito de criar ratoeiras. Transferimo-la olhando naquilo que é a sua competência, para além de que a Direcção da Juventude e Desportos precisava de um reforço, no sector dos Recursos Humanos”.
Reagiando a esta afirmação, Adamo afirma que o secretário permanente tenta, a todo o custo, denigrir a sua imagem, sublinhando que se o governo de Maputo lhe tivesse dado ouvido, a situação não poderia ter atingido aquele extremo. “Tentei elucidar a governadora sobre a corrupção, na minha ex-direcção, mas ninguém quis me dar ouvido. Agora, sou vítima por cumprir o apelo do Chefe de Estado contra o combate à corrupção. Denunciei o caso e, como agradecimento, fui transferida para a Juventude e Desportos, onde estou “acantonada”. Desde que passei para esta instituição, ainda não fui atribuída uma tarefa”.
Agastada com a situação, Adamo vai mais longe, ao afirmar que “pensei que estava a fazer bem, denunciar a corrupção, em resposta ao apelo do Chefe de Estado. Não sabia que o apelo era uma armadilha contra mim, mas não estou arrependida, pois, o que denunciei é tudo verdade e posso provar, a qualquer momento”.
Dados apurados pelo A TribunaFax indicam que, antes da Adamo denunciar a corrupção, na Direcção dos Combatentes, em Maputo, nunca tinha havido uma intenção de transferi-la. Aliás, ela mesma confirma este facto, afirmando que a medida de a transferir começou “quando eu apresentei a exposição, junto da governadora Telmina Pereira, onde levanto questões de desvio de dinheiro, nos Antigos Combatentes e a resposta disso foi a minha transferência, mas, em nenhum momento, tive, oficialmente, os resultados apurados pela comissão de inquérito, que trabalhou no assunto”.
Num encontro que Mambero manteve com os funcionários da Direcção dos Combatentes, no lugar de informá-los sobre os resultados do inquérito, repremiu a denunciante da corrupção, ao afirmar que a lei é feita pelos homens e não deve inquietar os funcionários “Eu pergunto ao secretário permanente quem esse funcionário que fica inquietado, por causa da aplicação da legislação, pois, o estatuto regula que os funcionários devem obedecer a lei”, conta Adamo.
Comentando à volta do pronunciamento de Mambero, segundo o qual, ela trabalhava em jeito de ratoeira, Adamo refuta tal acusação, afirmando que o este procura denigrir a sua imagem. “Não sei se criar condições na instituição para o estudo da legislação, sendo eu gestora dos Recursos Humanos estaria a criar ratoeiras para os funcionários. Com este posicionamento, o secretário permanente quer dizer que não se pode aplicar a legislação”, referiu.
Adamo confirmou, ao Jornal, que desde que foi transferida para a Juventude e Desportos, não se sente enquadrada, porque para fazer um trabalho tem que reclamar. “Se não bato a porta do director não sou atribuída uma tarefa e o testemunha disso é o director Tembe, que foi transferido para Tete. A ele tive que exigir até um lugar para me sentar”, conta e frisa que “entendo que a minha transferência não passa de uma medida punitiva. Estou acantonada, pois, nada faço. Por que me receberam, na Juventude e Desportos, se não há condições para eu trabalhar?” - questiona e prossegue - “o recrutamento do pessoal significa disponibilidade de condições para o trabalho”.
Num outro desenvolvimento, a tida “funcionário perigosa”, no seio do Executivo de Telmina Pereira, sente se descriminada, na sua nova instituição, pois, seus colegas repelem-na, alegadamentedamente, por ter denunciado actos de corrupção.
“Cheguei, junto do Chefe de Estado, porque, ao nível da província, todos dirigentes fizeram ouvido de mercador sobre este assunto. Pedi para falar com a governadora e não me atendeu. Procurei influências dentro de deputados da Frelimo, no sentido de persuadirem a governadora para me receber, mas nada. Porque o secretário permanente me fez ver que a legislação não deve funcionar, na instituiçao, preferi denunciar o caso, durante o comício popular, para ver se Chefe de Estado resolve o caso”.
A terminar, Adamo diz esperar que o secretário permanente lhe venha explicar como se trabalha em jeito de ratoeira. “Que tipo de ratoeira um subordinado pode arrumar contra um superior hierárquico, pois, é dever deste contralar actividades dos subordinados. Não tenho competências para exarar um despacho de cessação de funções. Então, se ocorreu um despacho nesse sentido contra um chefe, então, terá ocorrido alguma anormalia”, explica.
Neste contexto, para ela, a afirmação do secretário permanente não faz sentido. “Eu fiz uma carta à governadora, a narrar os aconteciments da instituição, para se corrigir os erros, mas nada disso aconteceu e, hoje, virei ré. Aproximei aos meus superiores hierárquicos e elucidei-lhes que a legislação dita isto, um director ou qualquer outro funcionário não pode falsificar a idade para se beneficiar de pensão, mas eles fizeram ouvidos de mercador. Não sou perigosa. A legislação é que é perigosa, pois, não permite o rombo do erário público”. (Redacção)
“A transferência da Zauria Adamo não se trata de retaliação, mas sim, para reforçar os Recursos Humanos, na Direcção da Juventude e Desportos. Em algum momento, o comportamento dela não foi elegante, pois, trabalhou em jeito de criar ratoeiras. Transferimo-la olhando naquilo que é a sua competência, para além de que a Direcção da Juventude e Desportos precisava de um reforço, no sector dos Recursos Humanos”.
Reagiando a esta afirmação, Adamo afirma que o secretário permanente tenta, a todo o custo, denigrir a sua imagem, sublinhando que se o governo de Maputo lhe tivesse dado ouvido, a situação não poderia ter atingido aquele extremo. “Tentei elucidar a governadora sobre a corrupção, na minha ex-direcção, mas ninguém quis me dar ouvido. Agora, sou vítima por cumprir o apelo do Chefe de Estado contra o combate à corrupção. Denunciei o caso e, como agradecimento, fui transferida para a Juventude e Desportos, onde estou “acantonada”. Desde que passei para esta instituição, ainda não fui atribuída uma tarefa”.
Agastada com a situação, Adamo vai mais longe, ao afirmar que “pensei que estava a fazer bem, denunciar a corrupção, em resposta ao apelo do Chefe de Estado. Não sabia que o apelo era uma armadilha contra mim, mas não estou arrependida, pois, o que denunciei é tudo verdade e posso provar, a qualquer momento”.
Dados apurados pelo A TribunaFax indicam que, antes da Adamo denunciar a corrupção, na Direcção dos Combatentes, em Maputo, nunca tinha havido uma intenção de transferi-la. Aliás, ela mesma confirma este facto, afirmando que a medida de a transferir começou “quando eu apresentei a exposição, junto da governadora Telmina Pereira, onde levanto questões de desvio de dinheiro, nos Antigos Combatentes e a resposta disso foi a minha transferência, mas, em nenhum momento, tive, oficialmente, os resultados apurados pela comissão de inquérito, que trabalhou no assunto”.
Num encontro que Mambero manteve com os funcionários da Direcção dos Combatentes, no lugar de informá-los sobre os resultados do inquérito, repremiu a denunciante da corrupção, ao afirmar que a lei é feita pelos homens e não deve inquietar os funcionários “Eu pergunto ao secretário permanente quem esse funcionário que fica inquietado, por causa da aplicação da legislação, pois, o estatuto regula que os funcionários devem obedecer a lei”, conta Adamo.
Comentando à volta do pronunciamento de Mambero, segundo o qual, ela trabalhava em jeito de ratoeira, Adamo refuta tal acusação, afirmando que o este procura denigrir a sua imagem. “Não sei se criar condições na instituição para o estudo da legislação, sendo eu gestora dos Recursos Humanos estaria a criar ratoeiras para os funcionários. Com este posicionamento, o secretário permanente quer dizer que não se pode aplicar a legislação”, referiu.
Adamo confirmou, ao Jornal, que desde que foi transferida para a Juventude e Desportos, não se sente enquadrada, porque para fazer um trabalho tem que reclamar. “Se não bato a porta do director não sou atribuída uma tarefa e o testemunha disso é o director Tembe, que foi transferido para Tete. A ele tive que exigir até um lugar para me sentar”, conta e frisa que “entendo que a minha transferência não passa de uma medida punitiva. Estou acantonada, pois, nada faço. Por que me receberam, na Juventude e Desportos, se não há condições para eu trabalhar?” - questiona e prossegue - “o recrutamento do pessoal significa disponibilidade de condições para o trabalho”.
Num outro desenvolvimento, a tida “funcionário perigosa”, no seio do Executivo de Telmina Pereira, sente se descriminada, na sua nova instituição, pois, seus colegas repelem-na, alegadamentedamente, por ter denunciado actos de corrupção.
“Cheguei, junto do Chefe de Estado, porque, ao nível da província, todos dirigentes fizeram ouvido de mercador sobre este assunto. Pedi para falar com a governadora e não me atendeu. Procurei influências dentro de deputados da Frelimo, no sentido de persuadirem a governadora para me receber, mas nada. Porque o secretário permanente me fez ver que a legislação não deve funcionar, na instituiçao, preferi denunciar o caso, durante o comício popular, para ver se Chefe de Estado resolve o caso”.
A terminar, Adamo diz esperar que o secretário permanente lhe venha explicar como se trabalha em jeito de ratoeira. “Que tipo de ratoeira um subordinado pode arrumar contra um superior hierárquico, pois, é dever deste contralar actividades dos subordinados. Não tenho competências para exarar um despacho de cessação de funções. Então, se ocorreu um despacho nesse sentido contra um chefe, então, terá ocorrido alguma anormalia”, explica.
Neste contexto, para ela, a afirmação do secretário permanente não faz sentido. “Eu fiz uma carta à governadora, a narrar os aconteciments da instituição, para se corrigir os erros, mas nada disso aconteceu e, hoje, virei ré. Aproximei aos meus superiores hierárquicos e elucidei-lhes que a legislação dita isto, um director ou qualquer outro funcionário não pode falsificar a idade para se beneficiar de pensão, mas eles fizeram ouvidos de mercador. Não sou perigosa. A legislação é que é perigosa, pois, não permite o rombo do erário público”. (Redacção)
Fonte: A Tribunafax (26.08.2008)
5 comentários:
Humm, lamentavelmente não acompanhei o caso. Mas não é de estranhar. Num tête à tête privado, já lhe reportei o caso da minha mãe que tal como a pessoa em referencia no artigo nada faz no novo posto de trabalho.
É essa a politica usada para os "incomodos", contrariando o ditado que diz "os incomodados que se mudem". Por cá, reside a máxima "os acomodados que se solidifiquem". Nada e ninguém os pedirá contas!
Nem podes pensar que eu havia me esquecido disso. Lembrei-me logo, mas para muitos que negam a existência de corrupcão em Mocambique, o caso da tua mãe é abstracto, porque engoliu sapos. E como negar o caso Zauria Adamo, embora os negadores estejam agora a desenhar estratégias para desvalorizar a denúncia dela e a reportagem do A TribunaFax?
Para mim, há forte razão de levantarmos em solidariedade ao caso Zauria Adamo porque há muita/os Zaurias por todo o Mocambique que estão engolindo sapos.
Fico, muito revoltoso por saber que o Presidente da República não está interessado em ouvir denúncia como estas. Como estamos a ler aqui no jornal, está envolvida a Governadora por ele nomeada. Ela soube do caso, e agiu duma maneira para abafar este caso. E o PR não toma medidas? O PR não pede contas ao Ministro dos Antigos Combatentes? Vai-se lá fazer mais uma inspeccão, mesmo que por lá já andou uma que apurou o roubo?
Custódia Duma tem muita razão: coragem companheiros!
A solidariedade do povo e' essencial nestes casos e o Reflectindo esta' a fazer a sua parte, nos dando a conhecer este caso que nao sabia.
Depois do discurso folclorico aquando da sua nomeacao, agora vemos um PR inerte e passivo, para com esta problematica.
Espero que, apesar do silencio, algo esteja a ser feito nos bastidores. Mas o pior de tudo e' que os resultados das famosas "comissoes de inquerito" nunca sao divulgados.....acabo nao percebendo, para que serve mesmo esse exercicio todo?
E o que é estranho nisso, Jonathan? No fim do mes tem o salario em dia, dispoe de todas as regalias que o poder lhe da, os negocios correm bem e aos correlegionarios também! O que lhe resta senao ser passivo? So se for para aduirir acçoes em algum negocio! O chato é que na hora H o povo se esquece disso tudo!
O meu irmão em Gaza é visto como Z.Adamo por não compactuar com a falta de Liberdade e ingalidade no serviço dele portanto, apareceu uma informação no jornal escorropião segundo a qual "há disvio de fundos na quele Instituição" e os mentores não tardaram em conversas informais apontarem o dedo o meu irmão e o Director acrescentando por uma indirecta "os infilitrados serão banidos como os Khavandames, Simango e outros" quer dizer a ideia é nos solidarizar ao mal e vais ver. o meu irmão nunca teve contacto com nenhum escriba mas pensa-se que ele é que denunciou é por isso que digo. - se critica ou denuncia ficas na lista negra.
JS! vai notar que alguns que criticam este regime são dos vermelhos mas apartir da altura que não compactua es visto como infilitrado. que coação!
Pensa comigo
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