O Gabriel Simbine no seu artigo de opinião com o título: “Governar sem conhecer o país real” publicado no Jornal Notícias (leia aqui) levanta uma questão muito importante. É que num país onde, em 1975, herdámos um analfabetismo na ordem de mais de 90 % e optámos como língua oficial o português, que na altura da independência, menos de 10 % da população total o dominava, não há explicação que não tenhamos compreendido que o conhecimento das línguas locais era extremamente importante para os funcionários do aparelho do Estado. Ao contrário, as línguas nacionais continuaram a serem reprimidas no Moçambique independente ao invés de estimulá-las para que os moçambicanos fossem bilingues, no mínimo.
Oposto ao que missionários de todas as seitas fazem – aprender no mais rápido possível a língua local - nem que eles venham de países que não falam a língua portuguesa, os funcionários dos aparelho do estado não são munidos nem recomendados para uma boa comunicação com a população local. O que temos assistido é uma continuação das formas de comunicação colonial, onde o administrador e outros funcionários públicos, incluindo directores de escolas primárias nas zonas rurais, usam intérpretes ou tradutores na sua comunicação com as populações locais.
A opinião do Gabriel Simbine é algo para a nossa profunda reflexão, é uma boa alerta. Haverá quem nunca tenham vivido as experiências do Gabriel Simbine?
Oposto ao que missionários de todas as seitas fazem – aprender no mais rápido possível a língua local - nem que eles venham de países que não falam a língua portuguesa, os funcionários dos aparelho do estado não são munidos nem recomendados para uma boa comunicação com a população local. O que temos assistido é uma continuação das formas de comunicação colonial, onde o administrador e outros funcionários públicos, incluindo directores de escolas primárias nas zonas rurais, usam intérpretes ou tradutores na sua comunicação com as populações locais.
A opinião do Gabriel Simbine é algo para a nossa profunda reflexão, é uma boa alerta. Haverá quem nunca tenham vivido as experiências do Gabriel Simbine?
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