quarta-feira, novembro 03, 2010

Disputa acirrada nas eleições da Costa do Marfim

A cidade contínua mais calmo que o normal.
As eleições presidenciais na Costa do Marfim poderão ir a uma segunda volta, após os resultados parciais mostrarem uma disputa renhida entre os principais candidatos.
Com cerca de metade dos boletins de votos contados, o actual presidente Laurent Gbagbo e o seu rival Alassane Ouattara estão com uma estreitissima diferença, indica a comissão eleitoral.
As últimas informações davam 37% do votos para o presidente Gbagbo e 34% para Alassane Outtara.
Estas eleições destinam-se a reunificar totalmente o país, após anos de controlo da zona norte pelos rebeldes.
As eleições que tinham sido marcadas para 2005, já foram adiadas seis vezes.
Alguns receiam o surgimento de actos de violência após o anúncio dos resultados finais. Tem havido muita tensão causada pelo atraso na divulgação dos resultados das eleições de domingo, naquele que é o país maior produtor de cacau do mundo.
O líder do exército apelou a calma, durante um comunicado na televisão, antes do anúncio dos primeiros resultados na terça-feira.
O correspondente da BBC em Abidjan, John James afirma que o centro da cidade contínua mais calmo que o normal, mas os bancos estão a funcionar.
Ouattara, um antigo economista do Fundo Monetário Internacional, FMI, é bastante popular entre a população muçulmana no norte, onde muitos reclamam da discriminação.
Ele foi excluído das eleições anteriores devido a alegações de que os seus pais eram de origem estrangeira.
O antigo presidente Henri Konan Bedie, o terceiro maior candidato, conseguiu 27% dos votos contados até agora, segundo a Comissão Eleitoral Independente (CEI).
Ele é o candidato do partido que governou a Costa do Marfim durante os 39 anos depois da independência, até o golpe de estado de 1999.
Os dois concorrentes e o Presidente Gbagbo são tidos como os três candidatos mais fortes. Todos acreditavam que iriam vencer, o que aumentou os receios de protestos violentos após o anúncio dos resultados.
Se nenhum dos candidatos vencer as eleições na primeira volta, haverá uma segunda volta nos finais do mês de Novembro.

Fonte: BBC África - 03.11.2010

6 comentários:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

As eleições que certamente trarão uma nova meta de progresso para Costa de Marfim.
www.vivendoteologia.blogspot.com

Reflectindo disse...

Desejemos que tudo seja calmo. Os resultados preliminares parecem indicar que houve alguma transparência.

Abraco

Anónimo disse...

Reflectindo, transparência é favor.
A nota saliente é que o partidão do Dr Boigny-ultra liberal de mercado livre-"tipo só vale olhos"-está em 3º lugar e vai perder pela 2ª vez, e controla quase toda a economia.
O Gdabo esperava que tudo fosse "peace of cake", desta vez tem o representante dos rebeldes-"menino do FMI"- que poderá trazer um novo modelo para governação em África, e talvez inove soluções para o futuro do Continente.
Veremos até onde ele chegará, porque os "Boignys" de certeza que não irão votar nele na 2ª volta!

Fungulamasso

Reflectindo disse...

Fungulamasso

Será uma 2ª volta muito interessante, sobretudo no nosso continente onde quem está no poder nunca perde.
Pelos resultados só os "Boignys" são os que mais decidirão que será o vencedor se tudo correr como a 1ª volta.

Promento aos leitores que seguirei o processo da 2ª volta das eleicões costamarfinenses.

Anónimo disse...

Reflectindo,

Afinal , o "menino de FMI", já foi PM do Boigny, tendo sido posto de lado nas eleições anteriores, porque nasceu noutro País africano, e o pai parece não ser costamarfinense.
O 2º (ex-Director do FMI e o terceiro concorrente) apesar de concorrerem separadamente, são "farinha do mesmo saco", "gulosos do Poder", donos de super-fortunas.
Pelo menos já não precisam de "enriquecer " mais, mas são pessoas "calejadíssimas", isto é de idade-todos acima de 65 anos-políticos com mais de 30 anos de andanças...isto é experientes, segundo a versão ocidental -mas altamente corrompidos na versão africano-POVO.
SE NÃO FORAM CAPAZES EM 30 ANOS, NÃO É HOJE QUE FARÃO ALGO, COM A CRISE GLOBAL.
Já passou o tempo deles, deveriam dar lugar aos "sobrinhos"!Geração agrícola e não do vira-vira-Moçambique!
Não basta os candidatos principais de Cote Ivoire-acima de 67 anos-REFORMADOS-com política há mais de 30 anos, a não quererem deixar os mais novos, e depois vêm com aquela do desenvolver??
Ambição tem de se conjugar com a idade!
Governantes velhos e reformados deviam reconhecer que tempo já passou e dar lugar a geração dos filhos.
Mau exemplo para África!
Mas há Países europeus atrasados culturalmente que têm candidatos deste grupo etário-Portugal.
é por causa disso que a abstenção é superior a 50%!

Fungulamasso

Reflectindo disse...

Fungulamasso

Boa observacão. Então houve estratégia para que não fosse peace od cake para Mr. Laurent Gbagbo?