Há vezes que me apetece não analisar coisas que vejo como sendo estranhas para não provocar fadiga aos ilustres leitores do meu blog. Não gostaria que se entendesse que as minhas críticas têm a ver com as minhas simpatias porque critico mesmo a um amigo quando o acho errado.
Reflectindo sobre o que foi reportado (veja aqui)na sessão da Assembleia Municipal da Beira, sobre uma situação havida entre à bancada da Renamo e Arcanjo Malfo, o homem das câmaras da TVM, e aos posteriores pronunciamentos de Eliseu Bento, Francisco Muianga e Mateus Saize, da Frelimo, fico totalmente indignado ou confuso sobre o que é liberdade de expressão que estes últimos clamaram. Todos os intervenientes clamaram por liberdade de expressão achando que a atitude da bancada da Renamo foi um atentado à liberdade de expressão ou à liberdade de imprensa algo que até pode ser, porém, faço as seguintes perguntas:
a. Afinal quem não gozou do seu direito de expressão livre naquele momento? Teria sido Arcanjo Malfo da TVM ou José Cazonda, o presidente da Assembleia Municipal da Beira?
b. Será que a liberdade de expressão é pertença de quem trabalha na impressa? Isto é, ela é propriedade exclusiva dos trabalhadores da comunicação social?
c. Não tinha Cazonda o direito de ser ouvido e visto em directo pelos munícipes da Beira ao argumentar a votação contra a decisão do Ministério da Administração Pública? A justificação de Malfo de que não achou necessário que Cazonda fosse ouvido em directo já que tinha o entrevistado no intervalo é razoável?
d. Não há diferença entre cobertura televisiva de uma sessão e uma entrevista? É assim mesmo que o pessoal da TVM faz quando há sessões em Maputo, Matola ou Nampula?
Em abono da verdade, em Moçambique, não são os jornalistas e outros trabalhadores da comunicação social ligados ao poder que nunca disseram o que querem antes pelo contrário são estes que manipularam e manipulam a informação violando o direito que o público, isto é, de cada cidadão à informação. E sobre o direito à informação, o jornalista Bayano Valy satisfaz uma das minhas perguntas num artigo com os seguintes adizeres: "Como qualquer outro valor democrático, a liberdade de imprensa não concede apenas direito aos jornalistas, mas confere também ao público o direito de ser informado."
Neste pressuposto, posso dizer que o direito à informação tem sido sempre violado pela imprensa supostamente pública (a TVM, o Jornal Notícias e até pela AIM) que tende a manipular os factos, como é, por exemplo, ocupar o maior espaço para figuras e discursos falaciosos do partido no poder. A cada saída, do seu quintal, de um membro da Frelimo, é razão para ocupar o espaço nestes órgãos de informação e se um membro dum partido da oposição quiser ser visível tem que falar mal da oposição e, em particular, do maior partido de oposição. É o assim que vimos nos últimos anos com o Yá-Qub Sibindy. Será que, por exemplo, Afonso Dhlakama, Raul Domingos, Issufo Momade e outros políticos da oposição nunca saíram de casa desde que os vimos da última vez no écran da TVM e no Notícias? Será que o Yá-Qub Sibindy nunca disse ou fez mais nada desde que foi dado espaço no Notícias e TVM para falar mal da oposição?
Caros senhores, da TVM, do Notícias e da AIM, o público clama pelo direito à informação, à liberdade de expressão, à imprensa livre, em suma, aos factos. Sabemos que estamos em anos consecutivos de eleições autárquicas, legislativas e presidenciais, mas a vossa responsabilidade é pelos factos e o vosso patrão é o público. Tomem como lição o que aconteceu com o Herald no Zimbabwe ou mesmo convosco mesmo que perderam essa batalha. Trago, como exemplo, a manipulação do Gustavo Mavie aquando da cimeira de Lisboa.
Reflectindo sobre o que foi reportado (veja aqui)na sessão da Assembleia Municipal da Beira, sobre uma situação havida entre à bancada da Renamo e Arcanjo Malfo, o homem das câmaras da TVM, e aos posteriores pronunciamentos de Eliseu Bento, Francisco Muianga e Mateus Saize, da Frelimo, fico totalmente indignado ou confuso sobre o que é liberdade de expressão que estes últimos clamaram. Todos os intervenientes clamaram por liberdade de expressão achando que a atitude da bancada da Renamo foi um atentado à liberdade de expressão ou à liberdade de imprensa algo que até pode ser, porém, faço as seguintes perguntas:
a. Afinal quem não gozou do seu direito de expressão livre naquele momento? Teria sido Arcanjo Malfo da TVM ou José Cazonda, o presidente da Assembleia Municipal da Beira?
b. Será que a liberdade de expressão é pertença de quem trabalha na impressa? Isto é, ela é propriedade exclusiva dos trabalhadores da comunicação social?
c. Não tinha Cazonda o direito de ser ouvido e visto em directo pelos munícipes da Beira ao argumentar a votação contra a decisão do Ministério da Administração Pública? A justificação de Malfo de que não achou necessário que Cazonda fosse ouvido em directo já que tinha o entrevistado no intervalo é razoável?
d. Não há diferença entre cobertura televisiva de uma sessão e uma entrevista? É assim mesmo que o pessoal da TVM faz quando há sessões em Maputo, Matola ou Nampula?
Em abono da verdade, em Moçambique, não são os jornalistas e outros trabalhadores da comunicação social ligados ao poder que nunca disseram o que querem antes pelo contrário são estes que manipularam e manipulam a informação violando o direito que o público, isto é, de cada cidadão à informação. E sobre o direito à informação, o jornalista Bayano Valy satisfaz uma das minhas perguntas num artigo com os seguintes adizeres: "Como qualquer outro valor democrático, a liberdade de imprensa não concede apenas direito aos jornalistas, mas confere também ao público o direito de ser informado."
Neste pressuposto, posso dizer que o direito à informação tem sido sempre violado pela imprensa supostamente pública (a TVM, o Jornal Notícias e até pela AIM) que tende a manipular os factos, como é, por exemplo, ocupar o maior espaço para figuras e discursos falaciosos do partido no poder. A cada saída, do seu quintal, de um membro da Frelimo, é razão para ocupar o espaço nestes órgãos de informação e se um membro dum partido da oposição quiser ser visível tem que falar mal da oposição e, em particular, do maior partido de oposição. É o assim que vimos nos últimos anos com o Yá-Qub Sibindy. Será que, por exemplo, Afonso Dhlakama, Raul Domingos, Issufo Momade e outros políticos da oposição nunca saíram de casa desde que os vimos da última vez no écran da TVM e no Notícias? Será que o Yá-Qub Sibindy nunca disse ou fez mais nada desde que foi dado espaço no Notícias e TVM para falar mal da oposição?
Caros senhores, da TVM, do Notícias e da AIM, o público clama pelo direito à informação, à liberdade de expressão, à imprensa livre, em suma, aos factos. Sabemos que estamos em anos consecutivos de eleições autárquicas, legislativas e presidenciais, mas a vossa responsabilidade é pelos factos e o vosso patrão é o público. Tomem como lição o que aconteceu com o Herald no Zimbabwe ou mesmo convosco mesmo que perderam essa batalha. Trago, como exemplo, a manipulação do Gustavo Mavie aquando da cimeira de Lisboa.
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