Um dos grandes problemas que temos em África é "envolver" alguém como mediador de fim de conflitos quando de antemão sabemos que esse pode constituir barreira ou pelo menos retardar o processo de diálogo, paz e reconciliação. Ora, em conflitos há duas ou mais partes beligerantes e essas têm a quem de facto preferem confiar como mediador. E nós em África não aproveitamos todos os recursos humanos que temos e muito menos a nossa própria experiência. A União Africana (UA) e as organizações regionais como a SADC, por exemplo, insistem em confiar apenas aos antigos presidentes que normalmente saem do clube onde muitos deles passaram a vida a defender os membros desse mesmo, tal como assistimos no caso do Zimbabwe.
O processo de diálogo para a paz em Moçambique não podia constituir uma boa experiência para a resolução dos conflitos noutros países africano? O nosso processo de negociação da paz entre o governo da Frelimo e a Renamo mudou de país em país e de personalidades em personalidades para mediá-lo até que se encontrou o país, a Itália e pessoas que fossem de confiança tanto para a Frelimo como para a Renamo.
Quanto ao conflito do Quénia já assistimos e vamos assistindo uma série de movimentação de muitas personalidades, mas a mim falta ainda saber se a rejeição das mãos destes não se trata de falta de confiança delas por parte dos ou de um dos envolvidos no conflito. Apercebendo-me agora que pretende-se ou já se envolve a Graça Machel, não tenho nada contra, antes pelo contrário, também Benjamin Nkapa, Kofi Annan entre outros, interrogo-me pela recusa de uso do nosso capital da paz em Moçambique, nomeadamente, Afonso Dhlakama, Raúl Domingos, entre outros. Aí temos os casos da República Democrática do Congo, Uganda, Sudão que se arrastam anos sobre anos. O nosso ex- PR, Joaquim Alberto Chissano, um dos mais envolvidos na resolução de conflitos no continente devia se lembrar do nosso próprio processo e usar o nosso capital da paz como catalisador das negociações. Isso salvaria algumas vidas.
O processo de diálogo para a paz em Moçambique não podia constituir uma boa experiência para a resolução dos conflitos noutros países africano? O nosso processo de negociação da paz entre o governo da Frelimo e a Renamo mudou de país em país e de personalidades em personalidades para mediá-lo até que se encontrou o país, a Itália e pessoas que fossem de confiança tanto para a Frelimo como para a Renamo.
Quanto ao conflito do Quénia já assistimos e vamos assistindo uma série de movimentação de muitas personalidades, mas a mim falta ainda saber se a rejeição das mãos destes não se trata de falta de confiança delas por parte dos ou de um dos envolvidos no conflito. Apercebendo-me agora que pretende-se ou já se envolve a Graça Machel, não tenho nada contra, antes pelo contrário, também Benjamin Nkapa, Kofi Annan entre outros, interrogo-me pela recusa de uso do nosso capital da paz em Moçambique, nomeadamente, Afonso Dhlakama, Raúl Domingos, entre outros. Aí temos os casos da República Democrática do Congo, Uganda, Sudão que se arrastam anos sobre anos. O nosso ex- PR, Joaquim Alberto Chissano, um dos mais envolvidos na resolução de conflitos no continente devia se lembrar do nosso próprio processo e usar o nosso capital da paz como catalisador das negociações. Isso salvaria algumas vidas.
3 comentários:
Que ideia genial!
Realmente o exemplo de Moçambique, que se manifesta pela postura dos grandes homens, devia ser tomada em conta.
Bravo pelo artigo!!!
Obrigado Ximbitane, mas creio que isto vai levar décadas até que se compreenda que é o que nos falta para acabarmos com ceros conflitos, ainda que não há apoio doutro lado.
Bom eu estou Prescisando de algo Mais explicado para a independencia da africa, angola, Guiné-bissau falando sobre a sociedade e politica
Nandinho_6_letra@Hotmail.com
se alguem tiver envia pra min dentro de 24 horas
Data: 27/08/08
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