A igreja católica em Maputo insurgiu- se contra a recente legalização do casamento homossexual na Grã-Bretanha e em alguns países africanos, apelando aos crentes moçambicanos a "tudo fazerem para que esta prática imoral não chegue a Moçambique".
"Isto (casamento homossexual) é imoral e tudo devemos fazer para que esta prática não chegue a Moçambique. Nós não queremos pactuar com estas imoralidades que chocam as regras normais de convivência entre os homens", disse o arcebispo de Maputo, Francisco Chimoio, hoje citado em toda a imprensa da capital moçambicana.
O apelo do arcebispo de Maputo, feito na homília do Dia de Natal, surge também a propósito da alegada degradação dos valores morais na sociedade moçambicana, severamente criticada pela igreja católica em Moçambique.
A constituição moçambicana, país laico, não admite vínculos homossexuais, prática que tem vindo a ganhar algum terreno, sobretudo na capital moçambicana, Maputo.
O arcebispo criticou igualmente alguns progenitores que "incitam as suas filhas à prática da prostituição", acusando-os de contribuírem para a propagação da SIDA.
"Muitas destas raparigas praticam tais actos (de prostituição) a mando dos próprios pais", denunciou o arcebispo.
"Nós vemos nas estradas e em muitas casas da cidade raparigas de várias idades à espera de clientes para venderem o seu corpo a troco de dinheiro", lamentou o clérigo, exortando aos pais a travarem este mal que designou como "treva".
Francisco Chimoio acusou ainda a elite política moçambicana pelo elevado nível de corrupção que grassa as instituições públicas do país, mostrando-se desagradado com a crescente burocracia naqueles estabelecimentos estatais.
"Muitas vezes verificamos longas filas nos serviços públicos, tudo por causa da burocracia que ainda emperra o sector público", referiu.
Fonte: Notícias Lusófonas
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