- 21-Nov-2002 - 19:52
O presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, qualificou hoje como «antigos e gastos» os comentários de que o seu partido tem falta de quadros para assegurar uma alternativa à FRELIMO, a formação política no poder em Moçambique há 27 anos.
Afonso Dhlakama, que falava numa reunião partidária, frisou que a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) tem vindo a demonstrar que tem quadros em quantidade e qualidade, embora muitos não se assumam como militantes por recearem retaliações ao nível profissional e até pessoal, nomeadamente no aparelho do Estado.
«São frequentes as queixas de perseguições de apoiantes da oposição no funcionalismo público por parte de superiores hierárquicos, que são maioritariamente membros do partido no poder», a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), afirmou Dhlakama.
O presidente da RENAMO apelou para que os quadros desta formação política que militam quase na clandestinidade assumam as suas preferências político-partidárias, sustentando que «a RENAMO é o partido que vai colocar Moçambique no rumo certo».
«Quero apelar a todos os quadros moçambicanos para que dêem a cara e assumam as suas preferências político-partidárias, porque a RENAMO é o partido que vai colocar Moçambique no rumo certo e conta com todos os moçambicanos e todas as moçambicanas que queiram trabalhar para o desenvolvimento do país», exortou Dhlakama.
Quase em discurso de campanha, o líder da RENAMO referiu que a sua formação política é a única que realmente está à altura de defender os interesses da população e também a única com regras internas justas e transparentes.
Dhlakama destacou que o seu partido tem uma preocupação «muito especial» para com os problemas que atingem a juventude, uma camada que, em seu entender, necessita de uma nova esperança, políticas adequadas e de um governo que dê prioridade ao seu enquadramento institucional e profissional.
«A juventude está certa de que, com a RENAMO no governo, irá ser parte activa e fundamental no desenvolvimento do país, ganhará voz e os seus problemas serão prioridades nacionais», declarou o líder da oposição.
O presidente da RENAMO afirmou que o desenvolvimento de Moçambique depende de uma forte valorização dos recursos humanos, sendo os jovens uma das maiores riquezas do país, até porque constituem a maioria da população moçambicana.
Aquele dirigente afirmou que o seu partido, uma vez no poder, vai também preocupar-se em apoiar a mulher moçambicana, porque ela é uma das maiores vítimas da situação de pobreza absoluta que o país enfrenta.
«Quantas vezes a mulher moçambicana é mãe, esposa, dona de casa e ainda se esforça em levar para a casa o sustento de cada dia?», questionou Dhlakama.
«A mulher em Moçambique tem de garantir a sobrevivência da família quando vê o marido desempregado, humilhado e desanimado por um governo que não quer resolver os problemas da população», realçou o presidente da RENAMO.
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