O presidente da Comissão Nacional de
Eleições moçambicana (CNE), Leopoldo da Costa, anunciou hoje a retirada da
candidatura a um novo mandato no órgão, "a bem da credibilidade dos órgão
eleitorais" e das eleições que se avizinham.
A
desistência de Leopoldo da Costa, que dirige o órgão desde 2008, de uma nova
candidatura à CNE surge um dia após a Comissão dos Assuntos Constitucionais,
Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República de Moçambique ter
apontado "irregularidades provavelmente sanáveis" num parecer que
emitiu para o plenário do parlamento sobre os candidatos ao máximo órgão
eleitoral moçambicano.
O
processo de candidatura do actual presidente da CNE foi escrutinado pela
referida comissão parlamentar, após a presidência da Organização Nacional dos
Professores (ONP), em nome da qual Leopoldo da Costa disse que estava a concorrer
ao órgão, ter publicamente retirado o seu apoio à candidatura.
A
presidência da ONP considerou ilegal a propositura da candidatura de Leopoldo
da Costa à presidência da CNE por a mesma ter sido feita por um
secretariado-geral dissolvido.
Numa
curta declaração à imprensa em Maputo, Leopoldo da Costa afirmou ter decidido
retirar a sua candidatura "na sequência dos pronunciamentos da Comissão
dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade".
"Na
minha óptica, irregularidades são irregularidades, ainda que sanáveis. Por isso
decidi retirar a minha candidatura, a bem dos órgãos eleitorais e da
credibilidade dos pleitos eleitorais que se avizinham", disse Leopoldo da
Costa.
O
actual presidente da CNE fazia parte dos 16 candidatos propostos pela sociedade
civil, dos quais serão eleitos três na próxima semana pelo plenário da
Assembleia da República, para integrar o órgão.
A
CNE, que deve ser composta por sete membros, três da sociedade civil, e quatro
dos partidos com assento parlamentar, vai dirigir as eleições autárquicas de
novembro próximo e gerais (presidenciais e legislativa) de 2014.
Fonte: RM/Lusa - 10.05.2013
2 comentários:
Nguiliche
Não precisava esperar tanto ou concertar com ninguém a retirada da candidatura. Todavia, vale mais tarde do que nunca. Parabens!
Mano Nguiliche, há bem que vem do mal. A sua resistência ensinou-nos a sermos insistentes porque no fim podemos vencer.
Enviar um comentário