domingo, maio 26, 2013

UA ameaça recusar resultado de presidenciais em Madagáscar

A União Africana (UA) vai negar o reconhecimento dos resultados das eleições presidenciais previstas para julho próximo em Madagáscar se o problema de algumas candidaturas ao escrutínio não for resolvido, disse sexta-feira em Addis Abeba, na Etiópia, o medianeiro da crise malgaxe, o antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano.
"A posição da UA sobre a questão é muito clara: não vamos reconhecer o vencedor das presidenciais enquanto as candidaturas de Didier Ratsiraka, de Andry Rajoelina e de Lalao Ravalomanana forem mantidas", explicou Chissano, medianeiro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a um grupo de jornalistas na capital etiópe.
"O resultado será ainda menos aceitável se Andry Rajoelina se declarar vencedor desta eleição", afirmou o antigo chefe de Estado moçambicano, que assegurou que a suspensão de Madagáscar será mantida se o escrutínio presidencial não for realizado em "condições aceitáveis".
"Seria fácil perpetrar um golpe de Estado, organizar depois eleições aparentes e depois ganhá-las e tornar-se democrata. A UA não aceitará que este cenário aconteça em Madagáscar e se as partes malgaxes persistirem a fazê-lo o assento do país continuará vago na UA", advertiu Chissano.
Segundo uma fonte segura, o 23º Conselho Executivo da UA, que encerra esta sexta-feira na capital etíope, aprovou a proposta da SADC que exige a retirada das candidaturas de Rajoelina, de Ratsiraka e de Laloa Ravolamanana das presidenciais.
Desde 2009, Madagáscar está suspenso da UA em aplicação das sanções causadas pelas mudanças de regimes anti-constitucionais.

Fonte: PANA PRESS – 24.05.2013

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