O governo moçambicano aprovou na última quarta-feira a proposta que ratifica o Acordo Ortográfico de língua portuguesa, a ser submetido a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, para efeitos de aprovação.
Um comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), recebido hoje pela AIM, refere que, na Sessão do Conselho de Ministros, havida quinta-feira, foi, na verdade, aprovada a proposta de resolução que ratifica o acordo.
Só depois de submetido ao mais alto órgão legislativo para efeitos de discussão e análise é que o mesmo será, por fim, aprovado e subsequentemente entrar em vigor.
O comunicado visa, por outro lado, desanuviar as imprecisões de linguagem havidas na conferência de imprensa sexta-feira, em Maputo, na qual o titular da pasta dos negócios estrangeiros e cooperação, Oldemiro Baloi, avançou a informação sobre o acordo.
O chefe da diplomacia moçambicana explicou que a demora do país na adesão tem a ver com tentativa de clarificar e ganhar a dimensão total das implicações de natureza financeira e organizativa.
'Nós falamos a língua portuguesa mas com algumas características muito próprias. Temos um grande peso das línguas nacionais. Como é que isso interage com este acordo ortográfico? E depois, é a questão da sua ampla divulgação. Está aqui imenso trabalho a fazer entre a ratificação e a plena entrada em vigor', explicou Baloi.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional firmado em 1990 com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa.
O Acordo Ortográfico pretende instituir uma ortografia oficial unificada para a língua portuguesa, com o objetivo explícito de pôr fim à existência de duas normas ortográficas divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim para aumentar o prestígio internacional da língua.
Fonte: AIM - 09.06.2012
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