segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Populares recusam-se a sair das ruas do Cairo

Os manifestantes anti-Governo continuam nas ruas do Cairo, apesar das conversações entre o Executivo egípcio e grupos da oposição sobre a crise política que tem afectado o país.
Multidões de populares, que ocupam a praça central de Tahrir há duas semanas, dizem que apenas se irão embora quando o Presidente Hosni Mubarak abandonar o poder.
O Governo mostrou-se disponível a fazer uma série de mudanças e concessões durante as conversações de domingo, mas a oposição disse que as mesmas não eram suficientes.
O Presidente Mubarak recusou-se a abandonar o cargo ao afirmar que ao fazê-lo provocaria o caos, mas anunciou que não vai recandidatar-se em Setembro.

Entrevista Obama

Barack Obama, Presidente dos EUA, disse que o Egipto "não vai voltar a ser o que era" antes do início dos protestos populares.
Em declarações transmitidas pelo canal americano Fox, Obama afirmou, porém, que não pode prever se o Presidente egípcio renunciará ou não.
"Só ele sabe o que vai fazer", começou o Presidente americano.
"Os EUA não podem mandar nada, mas o que podemos fazer é dizer que chegou a hora de começar a promover mudanças no seu país", continuou.
Obama também afirmou não acreditar que a Irmandade Muçulmana, grupo islâmico proibido por Mubarak, terá um papel importante num eventual novo Governo egípcio.
Obama deu uma entrevista exclusiva à Fox News
"Acho que a Irmandade Muçulmana é apenas uma das facções no Egito", disse o chefe da administração norte-americana, para logo a seguir afirmar que "eles não têm o apoio da maioria".
Apesar disso, reconheceu que o grupo está bem organizado e tem "traços da sua ideologia, que são anti-americanos".
Ainda assim, Obama disse acreditar que haverá um Governo com o qual os EUA possam colaborar "se o Egipto passar por um processo de transição ordenado".
As declarações seguem-se a afirmações feitas também este domingo pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, de que forçar a saída rápida de Mubarak da Presidência poderia complicar a transformação democrática do Egipto. Ler mais

Fonte: BBC para África - 07.02.2011

2 comentários:

Anónimo disse...

É como uma crinaca quando fez cocó nas calças e sabe que vai levar porrada se a mae souber, prefere manter-se sentada mesmo que mae a chame para levar o coisa que gosta. Mubarak tem medo das covas que andou abrir nas contas e precisa de tempo e espaço para arranjar uma saida.

Nguiliche

Reflectindo disse...

Caro Nguiliche

Não há dúvidas que mais do que contribuir para uma transição ordeira como os sócios de Mubarak dizem, ele, Mubarak, está ali para fazer arranjados pessoais. Aliás é o que ele está fazendo.
Se Mubarak foi obstáculo da democracia no Egipto por 30 anos, o que ele poderá fazer de hoje até Setembro?