SAVANA, David Aloni
Só em África é que isso pode acontecer, porque os Partidos no poder são alérgicos à alternância do poder. Para eles é apenas fachada ou traça do edifício. O conteúdo do conceito não interessa. Só querem o poder e à foça. Só que a explosão da população do Quénia veio dizer basta de fraudes eleitorais e basta de ser explorada pelos seus próprios concidadãos. Donde se poderá inferir que o que está a acontecer no Quénia é a luta de classes sociais (“Class Struggle”): os ricos demais de um lado, e os pobres demais do outro. Foi assim que a fúria contra os ricos demais eclodiu por todo o Quénia. Não é tanto o tribalismo, embora este possa ter contribuído, em parte (“somehow”), mas em menor escala. São muitas as lições que os países africanos devem (“must=have to”) extrair do “Caso Kenya”, porque a África ainda não está em Paz real e efectiva. E como bem o disse o prof. Dr. Lourenço do Rosário, no âmbito da Conferência Internacional, do MARP, realizada na capital moçambicana: “NÃO HÁ POVOS PACÍFICOS, NO MUNDO”.
Logo, é falsa e enganosa a premissa segundo a qual o Povo Moçambicano é pacífico. Isso não é verdade! É só para fazer dormir o boi. O povo vai sendo domesticado e enganado, com falácias políticas dos detentores do poder político-administrativo e económico. Por isso, eu digo com muita convição socio-antropológica e psicológica que, em Moçambique, todas as possibilidades são possíveis para a eclosão de um conflito social e económico. E hoje, mais do que nunca, a luta de classes é evidente, no nosso País. Cuidem-se os dirigentes políticos, porque a vida não está fácil, está muito difícil para o povo, e os pobres demais estão a ferver. Estão num estado de ebulição psico-sociólogica de consequências imprevisíveis. Povo é igual a si mesmo, em todo o
Só em África é que isso pode acontecer, porque os Partidos no poder são alérgicos à alternância do poder. Para eles é apenas fachada ou traça do edifício. O conteúdo do conceito não interessa. Só querem o poder e à foça. Só que a explosão da população do Quénia veio dizer basta de fraudes eleitorais e basta de ser explorada pelos seus próprios concidadãos. Donde se poderá inferir que o que está a acontecer no Quénia é a luta de classes sociais (“Class Struggle”): os ricos demais de um lado, e os pobres demais do outro. Foi assim que a fúria contra os ricos demais eclodiu por todo o Quénia. Não é tanto o tribalismo, embora este possa ter contribuído, em parte (“somehow”), mas em menor escala. São muitas as lições que os países africanos devem (“must=have to”) extrair do “Caso Kenya”, porque a África ainda não está em Paz real e efectiva. E como bem o disse o prof. Dr. Lourenço do Rosário, no âmbito da Conferência Internacional, do MARP, realizada na capital moçambicana: “NÃO HÁ POVOS PACÍFICOS, NO MUNDO”.
Logo, é falsa e enganosa a premissa segundo a qual o Povo Moçambicano é pacífico. Isso não é verdade! É só para fazer dormir o boi. O povo vai sendo domesticado e enganado, com falácias políticas dos detentores do poder político-administrativo e económico. Por isso, eu digo com muita convição socio-antropológica e psicológica que, em Moçambique, todas as possibilidades são possíveis para a eclosão de um conflito social e económico. E hoje, mais do que nunca, a luta de classes é evidente, no nosso País. Cuidem-se os dirigentes políticos, porque a vida não está fácil, está muito difícil para o povo, e os pobres demais estão a ferver. Estão num estado de ebulição psico-sociólogica de consequências imprevisíveis. Povo é igual a si mesmo, em todo o
Mundo.
10 comentários:
Coloquei no meu blog uma breve postagem com título "Quénia e Moçambique diferenças e semelhanças".
O único aspecto posetivo da crise do Quénia devia ser o exemplo a tirar. Lições a aprender.
"...os Partidos no poder são alérgicos à alternância do poder. Para eles é apenas fachada ou traça do edifício. O conteúdo do conceito não interessa. Só querem o poder e à força." Sim senhor, observação digna de todo o mérito!!!
"... em Moçambique, todas as possibilidades são possíveis para a eclosão de um conflito social e económico." Prova disso são os disturbios que estão a ser protagonizados em alguns bairros da periferia de Maputo devido a subida do preço do chapa... Ai Moçambique!
Caro, usei este artigo no meu bloque, na perspectiva da situac,ao que se instalou no Pai's desde ontem. Bom dia
Caros amigos, muito obrigado pela visita e comentários.
Ao Nelson, faz uma boa comparacão, embora haja pessoas que se fazem de ler mal as coisas; eu duvido muito se isto pode ser licão. E porque o caso de Madagascar não pude ser licão? NB: enviei-te um e-mail ontem com um link mas veio devolvido. Sabes me explicar porquê?
Ximbitane, este é o problema de África e porque há um clube de todos os que estão no poder contra quem lá não está. Basta alguém entrar lá, prontos.
Dede, valeu utilizá-lo e vamos acompanhando o que se diz.
Abraco
Caro reflectindo, não sei explicar a devolução do email. Tente de novo.
Hehehehehe, esse David Aloni, parece um profeta!!!
Caro Nelson
Ainda o estranho é que o mail foi devolvido depois de quase um dia. Tentei enviá-lo de novo ainda não foi devolvido
Cara Ximbitane
Vamos a ver se há quem percebe o dizes: David Aloni disse e acertou. Mas tenhas certeza que coisas como estas foram alertadas pelo estudo da USAID. Infelizmente, e repito infelizmente, já li artigo de alguém a desprezá-lo e chamar por nomes que quis ao estudo. Neste país onde o pensamento do outro não é nada pensamento e costuma-se chamar por conspiracão e tudo mais. E AGORA?
Reflectindo, infelizmente nao tive acesso ao estudo da USAID, alias nós cá no terreno temos acesso apenas ao que convém a nomenklatura.
Vi em algum lugar/blog alguém a dizer que os blogs eram das chefias pois nós o Zé Povinho, la de Xipamanine, Xiquelene, Kongolote, etc, etc, nao temos blogs ...muito certo!!!
Quando chamei profeta ao David Aloni, uma figura que estou a aprender a admirar pela sua forma de pensar pois, pelo charme heheheheh(...), é porque ele falou dos "sinais"!
Numa alocução à Imprensa, o Ministro dos Transportes dizia que não haviam sinais de que a coisa fosse transformar-se no que se transformou.
Cai redonda na gargalhada, infelizmente lá no meu beco de caniço (Liqueleva, Singathela, etc, etc) não tinha net mesmo, senao eu mostrava ao digno Ministro que o Profeta Aloni já tinha dado indicações de que os sinais de fumo pairavam no ar!
Mas como essa gente só olha para o fumo dos proprios bolsos...
Ximbitane, obrigado.
Sem dúvidas os que têm blogues são os privilegiados e não menos os que têm acesso ao artigo da USAID. O relatório da USAID é até mais restrito porque não foi publicado duma forma alargada, contudo, revelo a todos que neste meu blogue está amplamente publicado e até publiquei alguns comentários como de, por exemplo, do Jornalista e historiador João Cabrita. Para os interessados, basta escrevendo "usaid" no pesquisar neste blogue.
A segunda questão é relativa ao profeta David Aloni. Algo estranho é que Dr. David Aloni, não doutor como todos aqueles que vêm do norte ou Tanzania, curando todas as doencas, mas porque é doutorado em sociologia e mais do que os alguns, o velho doutor sabe bem o que são problemas da sociedade e o que estes podem originar. O estranho, é que Dr. David Aloni é membro do Conselho de Estado, supondo-se um dos conselheiros do Presidente da República quando solicitado. E o que acontece é que os tais membros do Conselho de Estado nunca em Conselho de Estado foram convidados a dizerem algo ao PR. Creio que se o profeta fosse convidado a dizer alguma coisa ao PR, usanndo ele a sua profecia, ele teria desvendado esta e as futuras crises.
Abraco
Realente muito estranho, ilustre Reflectindo.
Afinal o PR tinha a prerrogativa de saber que os sinais de alarme soavam ao longe apenas não os escutava devido as cancelas lá da Ponta Vermelha?
Opa, é deveras lamentável que o PR não faça uso dos "olheiros" que ele mesmo escolheu.
E ainda insistem que os sinais não estavam a vista tanto mais que até a Comunicação Social sobre isso nada falou.
Os media moçambicanos também tem a sua quota parte nesta história! Onde já se viu canais nacionais fazerem ouvidos de mercador em pleno tumulto?
E ainda hoje critica o Zé Povinho pelos saques e destruições (que também abomino), mas se tivessem exercido na hora dos acontecimentos, o seu papel apelando a calma, muito do que aconteceu não teria acontecido.
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