Como resposta às manifestacões contra o agravamento da tarifa de transportes, vulgo chapas, ocorridas na Cidade de Maputo, capital do país, o Estado prometeu que vai subsidiar a a parte agravada da tarifa para os passageiros manterem-se a pagar o valor anterior leia aqui. Tomando em conta apenas esta decisão, dá entender que ganharam os manifestantes e os chapeiros, pois ambas as partes vão obter o que exigem sem ser necessariamente analisada a essência das exigências. Como não sou economista, pelo que não posso apresentar uma análise exaustiva sobre o agravamento das tarifas, mas lendo o comentário do Oxalá no imensis pode-se interrogar se o tal agravamento corresponde à subida do combustível como os chapeiros clamam. Também não é porque os chapeiros não possam ter suas razões, mas essas podem não ser apenas de subida de combustível. Será que o preço das peças, reparações, o vencimento dos motoristas e ajudantes se mantêm desde que a anterior tarifa foi estabelecida? Apenas um dos meus pontos de reflexão sobre a causa de agravamento da tarifa.
Seja como for, a manifestação popular na cidade de Maputo, foi necessária, pois mostrou de quão o povo pode resistir aos abusos. Agravar preços a quase ou igual a 50 %, é na minha opinião um abuso ao consumidor.
Mas quem perdeu nesta batalha? Não será o Estado Moçambique e tudo devido a um governo irresponsável? Não terão os governantes interesses nesta decisão que cheira mais uma maneira de tirar o dinheiro do cofre do Estado sem controle? Primeiro, este governo esbanja o dinheiro do cofre do Estado distribuindo-o aos seus “boys” de diferentes formas, e não nos surpreenderá se daqui há dias se instituir mais um ministério – “Ministério das Subvencões das Chapas do Maputo” (MSCM). Já nos lembramos de um novo governo na Cidade do Maputo, Secretários-permanentes, administradores de municípios, ministério da função pública, instituições criadas para os “boys” terem “job”.
Contudo, mais uma pergunta é de quem, isto é, de que chapeiro vai-se alegar que recebe o subsídio, como e porquê? Aquele que comprou um carro e registou como chapa? Aquele que tem a chapa em circulação? Mas qual tipo de circulação? Transportando sempre o público ou fazendo viagens pessoais? Como se controlará isso? Através do ministério, o MSCM que suponho vir-se a criar? Como é que se saberá que o chapeiro x transportou tantos (y) passageiros que deviam pagar (w), para se avaliar o que ele tem por receber como subsídio? As perguntas são tantas, mas prossigo com outras.
Porquê razão o governo decidiu em subsidiar só aos chapeiros da Cidade de Maputo? Por que foram só eles que agravaram as tarifas forçando o governo para subvênção do Estado? Que o agravamento das tarifas foi por razões de a vida ser mais cara em Maputo em relação às outras partes do país? Por que o preço de combustível subiu só em Maputo? Por que os chapeiros de Maputo conduzem em estradas péssimas, exigindo-os mais reparações que os que conduzem para os distritos, localidades, isto é no país real? Ou é por que foi a população da capital, nas barbas da comunidade internacional e imprensa independente que manifestou? Como seria se fosse a população a população de Nipepe, em Niassa, a reclamar por um problema nacional? Aliás, até eu devia dizer a população de Mocímboa da Praia ou de Montepuez, Aiúbe para que não seja apenas uma suposição, mas algo muito concreto para comparar. Parece que aos olhos da comunidade internacional e da imprensa privada, já que a pública continua a sonegar tudo nem que os factos se dêem em Maputo, o método é dar-se uma resposta que faz calar os gritos do povo ao mesmo tempo que beneficiará ao poder. Fazer calar de imediato à população de Maputo, chapeiros e os passageiros, para que não seja exemplo das restantes e pior ainda fazer ver o descontentamento dos moçambicanos à comunidade internacional. Se fosse em Montepuez ou Mocímboa da Praia, a medida era outra – meter todos os reivindicadores numa caixinha para morrerem asfixiados ou embuscá-los e matá-los à catanada. Em Maputo é só prometer-se a distribuição do dinheiro do Estado.
Reflectindo sobre Moçambique
Seja como for, a manifestação popular na cidade de Maputo, foi necessária, pois mostrou de quão o povo pode resistir aos abusos. Agravar preços a quase ou igual a 50 %, é na minha opinião um abuso ao consumidor.
Mas quem perdeu nesta batalha? Não será o Estado Moçambique e tudo devido a um governo irresponsável? Não terão os governantes interesses nesta decisão que cheira mais uma maneira de tirar o dinheiro do cofre do Estado sem controle? Primeiro, este governo esbanja o dinheiro do cofre do Estado distribuindo-o aos seus “boys” de diferentes formas, e não nos surpreenderá se daqui há dias se instituir mais um ministério – “Ministério das Subvencões das Chapas do Maputo” (MSCM). Já nos lembramos de um novo governo na Cidade do Maputo, Secretários-permanentes, administradores de municípios, ministério da função pública, instituições criadas para os “boys” terem “job”.
Contudo, mais uma pergunta é de quem, isto é, de que chapeiro vai-se alegar que recebe o subsídio, como e porquê? Aquele que comprou um carro e registou como chapa? Aquele que tem a chapa em circulação? Mas qual tipo de circulação? Transportando sempre o público ou fazendo viagens pessoais? Como se controlará isso? Através do ministério, o MSCM que suponho vir-se a criar? Como é que se saberá que o chapeiro x transportou tantos (y) passageiros que deviam pagar (w), para se avaliar o que ele tem por receber como subsídio? As perguntas são tantas, mas prossigo com outras.
Porquê razão o governo decidiu em subsidiar só aos chapeiros da Cidade de Maputo? Por que foram só eles que agravaram as tarifas forçando o governo para subvênção do Estado? Que o agravamento das tarifas foi por razões de a vida ser mais cara em Maputo em relação às outras partes do país? Por que o preço de combustível subiu só em Maputo? Por que os chapeiros de Maputo conduzem em estradas péssimas, exigindo-os mais reparações que os que conduzem para os distritos, localidades, isto é no país real? Ou é por que foi a população da capital, nas barbas da comunidade internacional e imprensa independente que manifestou? Como seria se fosse a população a população de Nipepe, em Niassa, a reclamar por um problema nacional? Aliás, até eu devia dizer a população de Mocímboa da Praia ou de Montepuez, Aiúbe para que não seja apenas uma suposição, mas algo muito concreto para comparar. Parece que aos olhos da comunidade internacional e da imprensa privada, já que a pública continua a sonegar tudo nem que os factos se dêem em Maputo, o método é dar-se uma resposta que faz calar os gritos do povo ao mesmo tempo que beneficiará ao poder. Fazer calar de imediato à população de Maputo, chapeiros e os passageiros, para que não seja exemplo das restantes e pior ainda fazer ver o descontentamento dos moçambicanos à comunidade internacional. Se fosse em Montepuez ou Mocímboa da Praia, a medida era outra – meter todos os reivindicadores numa caixinha para morrerem asfixiados ou embuscá-los e matá-los à catanada. Em Maputo é só prometer-se a distribuição do dinheiro do Estado.
Reflectindo sobre Moçambique
1 comentário:
Reflectindo, deveras interessante as questões levantadas. Já me havia posto algumas das questões que constam neste artigo.
A meu ver, o público manifestante só sai a ganhar se ao manterem-se os preços respeitem-se as rotas determinadas, pois essa era uma das grandes questões da manifestação.
A FEMATRO fala dum estudo feito, a seu pedido, não sei a que instituição ou analista, que concluiu que a subida os preços do combustivel no mercado internacional estavam a desequilibrar as contas dos chapas por cá.
A alternativa é a subida do proço das tarifas, muito certo! Logo vê-se que a preocupação dos chapeiros é de longe o bem estar e conforto dos utentes dos mesmos, apenas o seu proprio bolso.
No que concerne a distribuição dos tais subsidios governamentais, hummm..., prevejo muita confusão.
Primeiro no seio dos proprios chapas, que já mal gerem as tarifas diarias (que supunha-se ser uma fonte para a renovação das frotas dos membros)e segundo do Governo (a nao ser que o Ministerio sugerido pelo Reflectindo seja criado para o efeito!!!).
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