segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Líbia: Governo teme contágio das revoluções egípcia e tunisina

Nicósia - Apelos a manifestação feitos quinta-feira contra a corrupção e o nepotismo na Líbia, foram lançados há semanas no Facebook, num momento que o regime tenta desacreditá-los e decidiu tomar medidas sociais a favor da população.

Sob o slogan "Revolta de 17 de Fevereiro de 2011: para realizar uma jornada de fúria na Líbia", um grupo Facebook, apela a um levantamento contra o regime de Muammar Kadhafi, tendo reunido segunda-feira mais de 4.400 membros.

Para assinalar o dia da morte pelo menos 14 manifestantes em Benghazi (nordeste) a 17 de Fevereiro de 2006, um outro grupo reuniu mais de 2.600 membros que convida o povo a ir às ruas para "uma jornada de fúria contra a corrupção e o nepotismo".

Pelo menos quatorze pessoas foram mortas e 69 feridas nos confrontos que opuseram a 17 de fevereiro de 2006 as forças de ordem líbias contra os manifestantes que tinham atacado o consulado da Itália, para protestar contra a publicação de caricaturas de Maome.

Um escritor e um opositor líbio tinham incitado os manifestantes a reunir-se para fazer esses apelos, segundo a Amnesty Internacional.

Antigo prisoneiro político, Jamal al-Hajji foi detido no início de Fevereiro em Tripoli pelas autoridades que lhe acusaram de ter percutado um homem com a sua viatura.

Entretanto, uma petição recebida pela AFP, indica que mais de 200 signatários e de organizações de oposição líbias no estrangeiro reivindicam "os direitos do povo líbio de exprimir a sua opinião em manistações pacíficas, sem nenhuma intimidação pelo sistema ou seus agentes".

Elas apelam ao coronel Kadhafi e sua família a deixar o poder e de abandonar todas autoridade e poder "revolucionário, político, militar e da segurança".

Inédito na Líbia até aqui, um rapper, aliás "Ben Thabet", publicou na internet canções incendiárias contra o regime, apelando aos líbios à revolta e a inspirar-se na revolução tunisina.

Fonte: Angolapress - 14.02.2011

Sem comentários: