Nao me lembro nunca antes de Moçambique ter tido um Governo com Ministros cujos actos são tão contestados como os do Governo actual. Ora se não vejamos o que a imprensa nos tem trazido e o cidadao tem observado:
1. Ministro da Saúde – Contestado pela classe medica pelas suas accoes populistas, sem mencionar os doadores que tambem juntaram-se a causa dos medicos.
2. Ministro do Interior – Criticado pela sociedade devido a inoperacionalidade da policia, e pelas sucessivas execucoes sumarias que por vezes o Ministro tentou justificar sem um conhecimento profundo dos factos ou com informações deturpadas.
3. Ministra do Trabalho – Contestada pela classe empresarial pela sua excessiva atitude paternalista em relacao a massa laboral, por vezes passando por cima dos instrumentos legais estabelecidos.
4. Ministro da Defesa – Contestado pela sociedade, e cujo pedido de demissao ja a tem barbas brancas, pela inoperancia do seu Ministerio, cujo pico atingiu com as explosoes dos paios.
5. Ministra dos Transportes e Comunicacoes – Contestado pela inoperancia do seu Ministerio em relacao aos problemas dos transportes ao nivel nacional. Na area das comunicacoes, apesar do desenvolvimento das empresas de telecomunicacoes camuflar a falta de visão e demissão do Ministro em relacao ao sector das comunicacoes, a falta de lideranca do Ministerio na direccao deste sector é mais do que visivel (razao pela qual comeca a ser aos poucos dominado pelo Ministro da Ciencia e Technologia).
6. Ministra da Mulher e Accao Social – Ofuscada pelo Gabinete da Primeira dama...mais palavras? O Ministerio deixa de ter necessidade de existencia.
7. Ex- Ministro da Agricultura – A sua demissao, nao aparece nada mais do que como resultado da incapacidade atribuida ao Ministro para desenvolver o sector da agricultura. Mas sera so problema do Ministro ou de um Governo no seu todo?
8. Ministro da energia – Contestado pelas sucessivas gafes em relacao a questao dos combustiveis, onde por vezes prestou falsas declarações, e as omissoes sobre a negligencia da HCB em na questao das cheias no centro do país.
Nao creio tanto que exista memoria de algum Governo com gente tao contestada como neste. Sera que esta contestacao deriva da incapacidade dos Ministros? Porque hoje tornou-se popular atribuir responsabilidades directas ao Ministro e nao uma responsabilidade colectiva, como por exemplo aos Ministerios? Sera tudo isto obra do acaso, caprichos da imprensa ou resultado de accoes da oposicao?
Na minha pobre consciencia, creio que a responsabilidade por essa contestacao está exclusivamente na pessoa do Presidente da Republica, não so por ter sido ele quem os escolheu para o seu Governo, mas tabem porque Guebuza errou na sua estrategia e no seu discurso tendo induzido os seus Ministros e tantos outros dirigentes a um dirigismo muito pouco fora do comun e desenquadrado com o actual momento social e politico. Por outras palavras, mal Guebuza tinha chegado e demostrado algo palpavel sobre a sua capacidade para mudar o país, o discurso da liderança centrava-se mais em denigrir a imagem do seu antecessor (que hoje goza de uma reputação invejavel no exterior) e nao dizer-nos como é que o seu Governo pretendia fazer melhor. O famoso discurso do deixa-andar enraizou-se de tal forma nos seus colaboradores que muitos se esqueceram de que todos somos humanos e faliveis. Resultado, ao terceiro ano de Governacao, nada diz que os Mocambicanos vivem melhor que no “Governo do deixa-andar”. Desperdiçaram-se energias a tentar convencer-nos que irião fazer melhor que os outros, ao invez de se concentrarem no essencial, que era fazer melhor em termos praticos. Alias, para bons observadores, facilmente nota-se que muito da Governacao deste governo nao passa mais do que colher louros do trabalho iniciado na anterior Governação. Quando Guebuza anda pelo país a dizer ao campones “ produzam mais..produzam mais”, Guebuza tem que saber que se os camponeses nao enriquecem ( como ele enriqueceu atraves dos patos que foi criando), é porque existem uma serie de factores socio-economicos que impedem o campones de aumentar a sua producao. Por outras palavras, Guebuza tem que enteder que o desenvolvimento da agricultura e um problema heterogeneo, no qual o Governos tem uma larga responsabilidade na solucao destes problemas de modo a aumentarem a sua produtividade. Mas pelos vistos, nem o Governo sabe como vai faze-lo, e como tal o discurso oco de revolucao verde vai servindo para nos entreter. Ja se falou tanto no credito a Agricultura...e nao vou eu aqui falar mais.
O discurso pouco elegante de Guebuza, sem duvida que assediou-se dos seus Ministros que interiorizaram em si uma cultura de autoritarismo, arrogancia e prepotencia. É aqui que ao meu ver estes Ministros falharam e continuam a falhar agora com o lema (que ao meu ver aparece com substituicao ao deixa-andar) “DECISAO TOMADA, DECISAO CUMPRIDA”.
Induzidos pelo discurso do PR, os Ministros esqueceram-se totalmente que numa sociedade civilizada o respeito pelo proximo é fundamental. Embuiram em si o conceito de poder absoluto e de sabedoria infalivel. Como resultado, vemos Ministros a humilharem funcionarios publicos fazendo crer que reside neles a razao de todos os problemas que aflijem o serviço publico. Vemos Ministros acordarem de manaha cedo e ir pregar partidas aos funcionarios publicos, ao invez de desenharem-se mecanismos duradoiros que incutam no funcionario o sentido de responsabilidade, profissionalismo e dedicacao. Para resolver a situacao, com o lema “decisao tomada, decisao cumprida”, o metodo de gestao do aparelho publico passa a ser mais do que baseado em cadeias de comando em que independentemente de quaisquer circunstancias as decisoes (ou melhor ORDENS) sao para ser cumpridas. Portanto, o funcionario publico passa a robot. Entretanto o problema da funcao publica comeca naqueles que dirigem a funcao publica sem capacidade para tal. Por outra, é ter-mos entregue a gestao do servico publico a maus gestores. Gestores sem nenhuma nocao de gestao, sem capacidade de lideranca cuja habilidade unica resume-se no facto de servirem como caixas de resonancia dos slogans do PR.
Sera que ainda vamos a tempo de mudar? Creio que nao, creio que ja é tarde demais. As feridas causadas sao profundas que estes Ministros de forma alguma irao conseguir cura-las, pra nao falar em sara-las, a vergonha da mudanca seria tanta que nao sei se os Ministros teriam coragem. Creio que o bom desta situacao toda, acaba sendo uma lição para os nosso futuros lideres. Trabalho antes, faladeira depois, pois que na praça...somos todos “kings” em alguma coisa.
NB: Retirado da net
1. Ministro da Saúde – Contestado pela classe medica pelas suas accoes populistas, sem mencionar os doadores que tambem juntaram-se a causa dos medicos.
2. Ministro do Interior – Criticado pela sociedade devido a inoperacionalidade da policia, e pelas sucessivas execucoes sumarias que por vezes o Ministro tentou justificar sem um conhecimento profundo dos factos ou com informações deturpadas.
3. Ministra do Trabalho – Contestada pela classe empresarial pela sua excessiva atitude paternalista em relacao a massa laboral, por vezes passando por cima dos instrumentos legais estabelecidos.
4. Ministro da Defesa – Contestado pela sociedade, e cujo pedido de demissao ja a tem barbas brancas, pela inoperancia do seu Ministerio, cujo pico atingiu com as explosoes dos paios.
5. Ministra dos Transportes e Comunicacoes – Contestado pela inoperancia do seu Ministerio em relacao aos problemas dos transportes ao nivel nacional. Na area das comunicacoes, apesar do desenvolvimento das empresas de telecomunicacoes camuflar a falta de visão e demissão do Ministro em relacao ao sector das comunicacoes, a falta de lideranca do Ministerio na direccao deste sector é mais do que visivel (razao pela qual comeca a ser aos poucos dominado pelo Ministro da Ciencia e Technologia).
6. Ministra da Mulher e Accao Social – Ofuscada pelo Gabinete da Primeira dama...mais palavras? O Ministerio deixa de ter necessidade de existencia.
7. Ex- Ministro da Agricultura – A sua demissao, nao aparece nada mais do que como resultado da incapacidade atribuida ao Ministro para desenvolver o sector da agricultura. Mas sera so problema do Ministro ou de um Governo no seu todo?
8. Ministro da energia – Contestado pelas sucessivas gafes em relacao a questao dos combustiveis, onde por vezes prestou falsas declarações, e as omissoes sobre a negligencia da HCB em na questao das cheias no centro do país.
Nao creio tanto que exista memoria de algum Governo com gente tao contestada como neste. Sera que esta contestacao deriva da incapacidade dos Ministros? Porque hoje tornou-se popular atribuir responsabilidades directas ao Ministro e nao uma responsabilidade colectiva, como por exemplo aos Ministerios? Sera tudo isto obra do acaso, caprichos da imprensa ou resultado de accoes da oposicao?
Na minha pobre consciencia, creio que a responsabilidade por essa contestacao está exclusivamente na pessoa do Presidente da Republica, não so por ter sido ele quem os escolheu para o seu Governo, mas tabem porque Guebuza errou na sua estrategia e no seu discurso tendo induzido os seus Ministros e tantos outros dirigentes a um dirigismo muito pouco fora do comun e desenquadrado com o actual momento social e politico. Por outras palavras, mal Guebuza tinha chegado e demostrado algo palpavel sobre a sua capacidade para mudar o país, o discurso da liderança centrava-se mais em denigrir a imagem do seu antecessor (que hoje goza de uma reputação invejavel no exterior) e nao dizer-nos como é que o seu Governo pretendia fazer melhor. O famoso discurso do deixa-andar enraizou-se de tal forma nos seus colaboradores que muitos se esqueceram de que todos somos humanos e faliveis. Resultado, ao terceiro ano de Governacao, nada diz que os Mocambicanos vivem melhor que no “Governo do deixa-andar”. Desperdiçaram-se energias a tentar convencer-nos que irião fazer melhor que os outros, ao invez de se concentrarem no essencial, que era fazer melhor em termos praticos. Alias, para bons observadores, facilmente nota-se que muito da Governacao deste governo nao passa mais do que colher louros do trabalho iniciado na anterior Governação. Quando Guebuza anda pelo país a dizer ao campones “ produzam mais..produzam mais”, Guebuza tem que saber que se os camponeses nao enriquecem ( como ele enriqueceu atraves dos patos que foi criando), é porque existem uma serie de factores socio-economicos que impedem o campones de aumentar a sua producao. Por outras palavras, Guebuza tem que enteder que o desenvolvimento da agricultura e um problema heterogeneo, no qual o Governos tem uma larga responsabilidade na solucao destes problemas de modo a aumentarem a sua produtividade. Mas pelos vistos, nem o Governo sabe como vai faze-lo, e como tal o discurso oco de revolucao verde vai servindo para nos entreter. Ja se falou tanto no credito a Agricultura...e nao vou eu aqui falar mais.
O discurso pouco elegante de Guebuza, sem duvida que assediou-se dos seus Ministros que interiorizaram em si uma cultura de autoritarismo, arrogancia e prepotencia. É aqui que ao meu ver estes Ministros falharam e continuam a falhar agora com o lema (que ao meu ver aparece com substituicao ao deixa-andar) “DECISAO TOMADA, DECISAO CUMPRIDA”.
Induzidos pelo discurso do PR, os Ministros esqueceram-se totalmente que numa sociedade civilizada o respeito pelo proximo é fundamental. Embuiram em si o conceito de poder absoluto e de sabedoria infalivel. Como resultado, vemos Ministros a humilharem funcionarios publicos fazendo crer que reside neles a razao de todos os problemas que aflijem o serviço publico. Vemos Ministros acordarem de manaha cedo e ir pregar partidas aos funcionarios publicos, ao invez de desenharem-se mecanismos duradoiros que incutam no funcionario o sentido de responsabilidade, profissionalismo e dedicacao. Para resolver a situacao, com o lema “decisao tomada, decisao cumprida”, o metodo de gestao do aparelho publico passa a ser mais do que baseado em cadeias de comando em que independentemente de quaisquer circunstancias as decisoes (ou melhor ORDENS) sao para ser cumpridas. Portanto, o funcionario publico passa a robot. Entretanto o problema da funcao publica comeca naqueles que dirigem a funcao publica sem capacidade para tal. Por outra, é ter-mos entregue a gestao do servico publico a maus gestores. Gestores sem nenhuma nocao de gestao, sem capacidade de lideranca cuja habilidade unica resume-se no facto de servirem como caixas de resonancia dos slogans do PR.
Sera que ainda vamos a tempo de mudar? Creio que nao, creio que ja é tarde demais. As feridas causadas sao profundas que estes Ministros de forma alguma irao conseguir cura-las, pra nao falar em sara-las, a vergonha da mudanca seria tanta que nao sei se os Ministros teriam coragem. Creio que o bom desta situacao toda, acaba sendo uma lição para os nosso futuros lideres. Trabalho antes, faladeira depois, pois que na praça...somos todos “kings” em alguma coisa.
NB: Retirado da net
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