sábado, fevereiro 12, 2011

Exército egípcio promete transição para “poder civil eleito”

Muitas pessoas estão agora a limpar e pintar a praça Tahrir

Os militares egípcios prometeram uma “transição pacífica” para um “poder civil eleito”. O Conselho Superior das Forças Armadas, a quem o ex-Presidente Hosni Mubarak cedeu o poder, garantiu ainda que no período de transição, a nova autoridade vai “respeitar todos os tratados”, algo que preocupava Israel. Ler mais

Reflectindo: uma coisa importante para os egípcios seria lembrarem-se que um poder democrático nunca deve ser dado a militares.

4 comentários:

V. Dias disse...

Reflectindo: "uma coisa importante para os egípcios seria lembrarem-se que um poder democrático nunca deve ser dado a militares".

Escrevi, citando o historiador António Telo "Os governos de intervenção militar não duram muito. Eles garantem a base minima para o arranque do processo de transiçao, mas, se o apoio não se consolidar e alargar por uma acçao politica na sociedade, a sua legitimidade perante a opiniao publica é desgastada e o bloco inicial, sem fortes alicerces, divide-se irremediavelmente. Estes governos terminam inevitavelmente de uma de duas formas: ou caem nas maos de “homens providenciais” e envolvem para situaçoes estaveis; ou não conseguem gerar uma base minima de apoio social e degeneram num ciclo de golpes e contra-golpes onde “as espadas são o triunfo”. Antonio Telo (1994), Economia e Império no Portugal Contemporâneo, p. 18, edições Cosmos.

Zicomo

V. Dias disse...

Reflectindo: "uma coisa importante para os egípcios seria lembrarem-se que um poder democrático nunca deve ser dado a militares".

Escrevi, citando o historiador António Telo "Os governos de intervenção militar não duram muito. Eles garantem a base minima para o arranque do processo de transiçao, mas, se o apoio não se consolidar e alargar por uma acçao politica na sociedade, a sua legitimidade perante a opiniao publica é desgastada e o bloco inicial, sem fortes alicerces, divide-se irremediavelmente. Estes governos terminam inevitavelmente de uma de duas formas: ou caem nas maos de “homens providenciais” e envolvem para situaçoes estaveis; ou não conseguem gerar uma base minima de apoio social e degeneram num ciclo de golpes e contra-golpes onde “as espadas são o triunfo”. Antonio Telo (1994), Economia e Império no Portugal Contemporâneo, p. 18, edições Cosmos.

Zicomo

Reflectindo disse...

V. Dias,

Agradeco-te por este lancamento. Estou muito preocupado pela transicão que me parece mias complexa que o derrube do ditadores.

Anónimo disse...

Curioso que nunguém fala em Golpe de Estado militar.

NINGUEM!
Como são militares -colegas de Hosni Mubarak há mais de 40 anos-perfilham as mesmas idéias.
É diferente da revolução portuguesa em que o golpe foi dirigido pelos Capitães de Abril.
O Conselho supremo, é o mesmo que controla o Egipto, desde Gamal Abdel Nasser e Anwar El Sadat.
Há dez indivíduos que restam 6/7, e todos foram colegas de Nasser!
TUDO NA MESMA!

Esperemos que haja eleições, e que o exército mantenha-se fora das contendas políticas-difícil em África!

Fungulamasso