sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Cabo Verde: Modelo egípcio não se aplica ao arquipélago

Um destacado escritor e analista político de Cabo Verde afirmou à VOA que são mínimas as probabilidades da eclosão de levantamentos populares no seu país semelhantes aos da Tunísia e do Egipto.
Segundo Ludgero Correia, Cabo Verde conseguiu resolver em tempo próprio os problemas de base que estiveram na origem das convulsões no Norte de África. Tratou-se, segundo ele, de um processo muito mais linear e que se processou logo a seguir à independência do arquipélago.
Quanto ao contágio dos levantamentos populares à sub-região da África Ocidental aquele analista cabo verdiano afirmou-nos que o mesmo seria pouco provável.
Ludgero Correia referiu igualmente o papel de destaque da Internet e das novas tecnologias da comunicação social entre as faixas etárias mais jovens no mundo árabe, salientando que actualmente é impossível manusear a informação e influenciar as camadas mais cultas e mais jovens.
Disse também que existe agora o risco do ressurgimento do fundamentalismo islâmico na região do Médio oriente e do Norte de África.

Escute aqui

Fonte: Voz da América - 10.02.2011

7 comentários:

V. Dias disse...

Ainda pergunto: Cabo Verde é um país africano????

Zicomo

Anónimo disse...

Nao se pode de nenhuma forma comparar Cabo Verde com o Egipto. Cabo Verde é uma vila com menos de meio milhao de pessoas. Um pais facil de gerir. É um país sem recusos e sem producao, o que faz com que este pais esteja longe dos interesses do paises industrializados. O Egipto é um país geopoliticamente importante para o ocidente. Por essa razao deve merecer uma analise particular e longe de comparacoes sem nexo. Cabo Verde, seycheles, ilhas reuniao, comores, e os restantes paizinhos nao podem ser usados para estudos de grande dimensao como estes.

Anónimo disse...

Cabo Verde é um "boulevard" de Cairo (360.000 habitantes).
Só Cairo e Alexandria tem 21 milhões de habitantes.Duas cidades-população de Moçambique.
O cabo-verdiano que respondeu é "fraco", não sabe Geografia, história, e sociologia humana, Antropologia.
"Fraco para não chamar outro nome"!

Fungulamasso

Reflectindo disse...

Fungulamasso,

O facto de Cabo Verde ser país pequeno pode ter algum impacto pela nível de progresso económico e democrático, desenvolvimento humano. Mas será tudo por causa do tamanho do país? Porquê S. Tomé e Principe, Guiné Bissau, Guiné Equatorial entre outros países pequenos e mesmo outros fora do continente africano não atingem aqueles níveis? Será que as Ilhas Reunião e Comores são referências como é Cabo Verde? E como se explica que Botswana esteja no grupo de Cabo Verde?

Não estou a dizer que o tamanho do país não tenha impacto quica maior. Até porque é uma das razões pela qual não concordo com Estados Unidos da África. Pressinto grandes problemas com todos os Gbagbos e seus apoiantes no continente. Porém ser pequeno e uma ilha não basta. Na Ilha de Mocambique é numa das autarquias onde se comete fraudes.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tom disse...

Para entender a situação actual de um determinado país é preciso recorrer o passado. A luta pela independência que teve lugar em Cabo Verde é completamente diferente daquelas que tiveram lugar na Guiné Bissau, São Tome, Angola e Moçambique. Estes últimos países ainda tem cicatrizes bem visíveis na era colonial. Entretanto Cabo Verde sempre foi um país estável, mesmo a quando da permanência lá dos portugueses. E sempre tiveram uma relação de proximidade com Portugal, que faz com que o sistema político seja menos conturbador, diferenta Guiné Bissau e São Tomé. Esses dois país encontram-se numa situação de isolamento.

O Botswana emtermos práticos, um paizinho. Apenas 30% da sua terra é habitada, o resto é um deserto. 2 milhões de habitantes, (Moçambique é onze vezes). Grande parte das suas infraestruturas foram herdadas do colonialismo. Entretanto, é um país que não precisou lutar muito para chegar onde chegou.

Reflectindo disse...

Caro Tom

Concordo consigo que isso pode ter contribuido, mas penso que também não é tudo. Quem faz a história é o homem. Só para vermos Zâmbia, Botswana, Suazilândia, Lesotho, Malawi não se envolveram em guerra civil embora alguns políticos mocambicanos expliquem que a razão da nossa guerra de 16 anos seja Rodésia e Apartheid.
E como vai a Suazilândia em questões de desenvolvimento económico, humano, democracia?