domingo, dezembro 16, 2007

Quem interpela a Filipe Paúnde? (1)

Filipe Paúnde, Secretário-Geral da Frelimo, é citado pelo allafrica como tendo afirmado o seguinte:

... The most important of these is the central port city of Beira, the second largest city in the country. Paunde declared that the major improvements this year in Beira - including protection against coastal erosion, the new water supply system, a new morgue, and new health facilities - were not the work of the Renamo municipal council, but of the Frelimo central government.
"The amount of money Beira Council raises from its own resources in a year isn't even enough to pay their staff for five months"...


Eu pergunto se há em Moçambique quem o possa interpelar por um discurso como este em que ele mete muita confusão entre a Partido Frelimo e Governo moçambique e Partido Frelimo e o Estado moçambicano.

8 comentários:

Nelson disse...

"Quem interpela á Filipe Paúnde?"
Caro reflectindo, a nossa consciência é o maior "interpelador". Quando todos outros valores estão acima daquilo que o travesseiro nos diz na hora do silêncio(voz da consciência) podemos sim nos considerar surdos e ninguém mais nos pode interpelar. Oque falta em muitos dos nossos políticos é um elemento chamado "carácter" muito relacionado à integridade. Aquilo que somos primeiro para nós mesmos.
Ninguém vai me convencer que Paúnde não saiba e bem a diferença entre estado e governo. Ninguém vai me convencer que Paúnde não saiba que oque ele diz em relação ao munincípio da Beira não corresponde a verdade. Ninguém vai me convencer que não é o simples facto do munincípio da Beira ser dirigido pela RENAMO que gera esses discursos.
O munincipio da Beira vive do dinheiro alocado pelo governo da Frelimo? Dinheiro que vem donde? Que a Frelimo "aranja" donde? Das contribuições das empresas dos camaradas? Da comunidade internacional?
E o munincipio da Beira não tem parceiros não?
E mesmo que fosse verdade, que o munincipio vivesse do dinheiro alocado pelo governo da Frelimo. não seria por generosidade da Frelimo mas por obrigação na qualidade de governo central, governo do dia. E mesmo que fosse verdade, o mais certo seria louvar o bom uso que Devis Simango faz desse dinheiro fazendo com que o munincipio da Beira cresça exemplo que devia ser seguido por outros munincipios. Não preciso ser da oposição em geral e ou da Renamo em particualar para me opor às declarações de Paúnde. Preciso é apenas uma consciência com a capacidade de olhar as coisas tal como são sem se deixar influenciar pelas lavagens cerebrais seja lá de que tipo forem. Me simpatizar com este ou aquele partido ainda conseguiu aind tirar de mim a capacidade de apontar "os podres"

Bayano Valy disse...

fico triste em ver o enviesamento nesta estória. fui ao site da all africa. as estórias sobre moçambique que eles publicam saem da aim (paul fauvet). o engraçado é que paul fauvet gosta de fazer comentários para repôr a verdade (vista por ele). admira-me que não tenha feito nenhum comentário para dar a verdade do factos.
um abraço

Nelson disse...

Acabo de deixar no "allafrica" o seguinte comentàrio:

"Frelimo's top priority for 2008, said Paunde, was to win the country's third municipal elections. A particular goal is to win control of those five municipalities (out of 33) that are currently run by the opposition Renamo-Electoral Union coalition"

Is that priority(win control of those five municipalities (out of 33) that are currently run by the opposition Renamo-Electoral Union coalition) based on the fact that there is something wrong with the Renamo-Electoral Union coalition leadership or simply because Frelimo should have control over all munincipalities? If its based on the former reason(Renamo bad leadership) it should be the people(voter) to decide and not Frelimo. As far as I know(I live in Beira) Renamo´s leadership is highly apreciated. It must be based on the "Hunger for power" where the people´s(voter) will does not count"

Reflectindo disse...

Caro Bayano, quanto à maneira como Paul Fauvet escreve as suas estórias tem me preocupado bastante. Se só fosse o Paul Fauvet estariamos ainda em guerra em Mocambique. Preocupa-me porque mesmo os que clamam por auto-estima nunca o dizem que em Mocambique pautamos pela democracia, paz, diálogo, reconciliacão, respeito mútuo. Da maneira como ele escreve e descreve é como se ainda estivessemos em guerra. Mas o pior é naquilo que ele pretende escrever numa notícia. Se for para falar da Renamo enche ele lá os seus preconceitos, mas não faz o mesmo quando for para a Frelimo. Os dois artigos publicados a 14 do corrente mês, sobre os discursos dos chefes das bancadas Manuel Tomé e Maria Moreno respectivamente, são mais uma prova de que Paul Fauvet não muda.

Reflectindo disse...

Oi Nelson, bem-feito pelos comentários tanto aqui como directamente no allafrica. O problema no allafrica é de os comentários não serem publicados, se não estou em erro. Mas provavelmente vc há-de ter resposta.E a provável resposta é de que o que eles publicam, recebem da AIM em Maputo.

Portanto, parece-me que precisamos de trabalhar em Mocambique para que a AIM procure ser imparcial e objectiva nos seus artigos.

A propósito, alguém consegue a versão dos artigos da AIM em português?

Anónimo disse...

Amigos, esses senhores da Frelimo andam envolvidos na sua própria confusão. Para eles Frelimo, Estado, Governo é tudo mesma coisa. Por terem saído da linha da pobreza até generalizam que o Estado da Nação é bom. Qual bom qual quê! É bom para eles que usam o erário público em benefício próprio.
Só falta dizerem que até as idéias do ilustre Deviz são eles que pensaram...são patéticos estes senhores.
Ivone

Anónimo disse...

Quando as mesmas pessoas estao em todos os lugares e postos (Partido, Governo, empresas, etc), ao mesmo tempo, corre-se esse risco de nao saber o que é o quê!

É nessa altura em que o que é de sicrano ou beltrano se torna "nosso", pena é que nao assumam a pobreza absoluta como algo deles!!!

Ekuru disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.