Um novo fórum de diálogo para a Paz Efectiva e Unidade Nacional, foi lançado oficialmente n esta quinta-feira, 22, em Maputo.
O espaço pretende contribuir com soluções para a actual tensão política em Moçambique
A sociedade civil moçambicana continua à procura de soluções para a paz efectiva bem como para que a unidade nacional seja uma realidade no país.
É nesse sentido que acaba de ser criado um novo Fórum de Diálogo para Paz Efectiva e Unidade Nacional, formado por organizações da sociedade civil e que, segundo Eulália Pelembe, irá dedicar-se à promoção de diálogos políticos permanentes de modo a evitar futuros conflitos que atentem contra a paz e ao bem estar dos moçambicanos.
"Pensamos que a paz é um bem tão precioso para os moçambicanos é condição base para o desenvolvimento sustentável do país e para o desenvolvimento económico do país, dai que pretendemos ser um fórum permanente queremos trabalhar por forma a a que se evite novos conflitos", disse Eulália Pelembe.
Para o analista político Simão Nhambi, a busca por soluções para a paz e unidade nacional pela sociedade civil está relacionada com a bipolarização do diálogo político nacional.
"A reconciliação deve ser uma tentativa de buscar elementos para através desse tipo de fórum se alcance uma reconciliação nacional depois das guerras que o povo moçambicano passou. É preciso relembrarmos que o aspecto da exclusão social e política também pesa muito no que acontece hoje, sabemos que o diálogo e o conflito é bipolarização entre a Frelimo e a Renamo e a sociedade civil não tem espaço de intervenção", considerou Simão Nhambe.
Volvidos mais de 20 anos depois dos acordos de paz assinados em Roma pelo Governo e a Renamo, Moçambique voltou a ser palco de um conflito político e militar.
Para Nhambe, só com uma liderança que tenha sentido de Estado é que a paz será efectiva no país.
"É necessário que haja uma transformação institucional, que a liderança e não represente apenas as organizações políticas, por exemplo tudo que a Renamo coloca na mesa é o que o partido e os seus líderes querem e não representa ao povo, e tudo que é colocado na mesa é aquilo que o partido Frelimo quer e não representa os interesses do povo moçambicano, precisamos de uma liderança forte com sentido de Estado, capaz de transformar o Estado moçambicano é um Estado do povo soberano", considerou o analista e académico Simão Nhambe.
Fonte: Voz da AMérica – 22.09.2016
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