Desde há meses que estou reflectindo sobre se a liderança do partido Renamo está ou preparada para as eleições provinciais programadas para este ano, segundo rege a Constituição da República em vigor desde Janeiro de 2005. O silêncio da liderança acompanhada da falta de um trabalho visível e até mesmo de reuniões do Conselho Nacional na preparação e marcação de data para o congresso foi para mim um dos sinais de que a liderança do partido não estava preparada nem preparava o partido para eleições provinciais competitivas.
É estranho para mim senão para todos, a acusação que a liderança da Renamo faz à Frelimo de não estar preparada para a realização de eleições provinciais, porque ela [a Frelimo] está desde ano passado numa clara movimentação ao nível nacional e mesmo internacional preparando os seus membros e simpatizantes para as três eleições: provinciais, autárquicas e legislativas em simultâneo com as presidenciais. A Frelimo realizou o seu congresso em Novembro passado (2006) por antecipação e ela disse publicamente que foi para se preparar particularmente para as eleições provinciais que teriam lugar este ano. Na preparação do congresso todos nós, sejamos ou não simpatizantes ou oponentes da Frelimo, assistímos membros seniores de todos escalões a movimentarem-se em todo o país. Vimos membros e simpatizantes da Frelimo a fazerem festas pelos convívios que iam tendo. Realizaram-se encontros ao nível da base para estruturação e eleição de delegados ao congresso. Não posso bem dizer de como foi o processo de eleição de delegados, mas pelo que me pareceu, muitos delegados foram eleitos pelas bases. Após o congresso, a Frelimo continuou a fazer marchas pelo país, pelo que chamou de divulgação das decisões saídas do congresso. O seu secretário-geral anda sempre pelas províncias.
A Renamo que por questões estatuais devia ter realizado o seu congresso no ano passado, não mostrou ainda alguma preparação para a realização do grande evento como congresso dum partido e um partido grande e de extensão nacional como ele. Na Renamo não se fala de elaboração de documentos como teses a constituirem seu manifesto para as eleições legislaturas vindouras ou programa para os próximos (estes) cinco anos. Não se lança o estudo dos estatutos do partido para que os membros reflictam sobre o que se pode revêr. Não há uma simples mobilização dos membros para contribuição em dinheiro ou em gêneros alimentícios ou hospetalidade, no casa dos residentes da Cidade de Nampula, o local escolhido para o congresso. A Frelimo com todos os meios e possibilidade de abusar ainda mais como ela quiser aos meios do Estado, mobilizou mesmo assim contribuições de seus membros. Daí se torna estranho que a Renamo não faça o mesmo e se limita a lamentar e adiar o congresso. Tenho dúvidas que os membros da Renamo neguem contribuir para a realização de congresso do partido se tomo em consideração daqueles com quem me encontrei ali em Namialo ou Nacala, por exemplo. A Renamo tem membros que se sacrificam e sabem se sacrificar, para quem os conhece. Em particular na Cidade de Nacala, conheço membros bem sacrificados, que nunca aceitarão a humilhação do partido no poder. Falo de quadros. Quando a Frelimo se sentia em apuros em realizar encontros para escolha de seus delegados ao congresso em Quelimane, era motivo de alegria...
Nota: continuarei a expôr os meus pontos de reflexão sobre este assunto que acho afectar o nosso processo democrático.
É estranho para mim senão para todos, a acusação que a liderança da Renamo faz à Frelimo de não estar preparada para a realização de eleições provinciais, porque ela [a Frelimo] está desde ano passado numa clara movimentação ao nível nacional e mesmo internacional preparando os seus membros e simpatizantes para as três eleições: provinciais, autárquicas e legislativas em simultâneo com as presidenciais. A Frelimo realizou o seu congresso em Novembro passado (2006) por antecipação e ela disse publicamente que foi para se preparar particularmente para as eleições provinciais que teriam lugar este ano. Na preparação do congresso todos nós, sejamos ou não simpatizantes ou oponentes da Frelimo, assistímos membros seniores de todos escalões a movimentarem-se em todo o país. Vimos membros e simpatizantes da Frelimo a fazerem festas pelos convívios que iam tendo. Realizaram-se encontros ao nível da base para estruturação e eleição de delegados ao congresso. Não posso bem dizer de como foi o processo de eleição de delegados, mas pelo que me pareceu, muitos delegados foram eleitos pelas bases. Após o congresso, a Frelimo continuou a fazer marchas pelo país, pelo que chamou de divulgação das decisões saídas do congresso. O seu secretário-geral anda sempre pelas províncias.
A Renamo que por questões estatuais devia ter realizado o seu congresso no ano passado, não mostrou ainda alguma preparação para a realização do grande evento como congresso dum partido e um partido grande e de extensão nacional como ele. Na Renamo não se fala de elaboração de documentos como teses a constituirem seu manifesto para as eleições legislaturas vindouras ou programa para os próximos (estes) cinco anos. Não se lança o estudo dos estatutos do partido para que os membros reflictam sobre o que se pode revêr. Não há uma simples mobilização dos membros para contribuição em dinheiro ou em gêneros alimentícios ou hospetalidade, no casa dos residentes da Cidade de Nampula, o local escolhido para o congresso. A Frelimo com todos os meios e possibilidade de abusar ainda mais como ela quiser aos meios do Estado, mobilizou mesmo assim contribuições de seus membros. Daí se torna estranho que a Renamo não faça o mesmo e se limita a lamentar e adiar o congresso. Tenho dúvidas que os membros da Renamo neguem contribuir para a realização de congresso do partido se tomo em consideração daqueles com quem me encontrei ali em Namialo ou Nacala, por exemplo. A Renamo tem membros que se sacrificam e sabem se sacrificar, para quem os conhece. Em particular na Cidade de Nacala, conheço membros bem sacrificados, que nunca aceitarão a humilhação do partido no poder. Falo de quadros. Quando a Frelimo se sentia em apuros em realizar encontros para escolha de seus delegados ao congresso em Quelimane, era motivo de alegria...
Nota: continuarei a expôr os meus pontos de reflexão sobre este assunto que acho afectar o nosso processo democrático.
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