domingo, abril 29, 2018

Confiança política vs nepotismo, corrupção/incompetência


Um dos assuntos cruciais na vida do país que todos nós deviamos debater calorosamente é sobre a confianca política ou mesmo a lealdade pessoal nos cargos de instituições do estado e partidários, isto nas INSTITUIÇÕES PÚBLICAS. Sei de quão difícil é discutir este tema, já muitos gozam de confiança política e ou esperam por parte dos seus superiores. Contudo, todos nós deviamos avaliar este procedimento desde a sua proliferação e os eventuais danos que provaca em Moçambique. O único que fala com insistência sobre isto é Tomás Vieira Mário e algumas vezes, o Prof. João Mosca,

A confiança política é procedimento que sempre existiu e Moçambique não foge à regra. Não quero duvidar que a cargos de ministros, vice-ministros, governadores foram de confiança política desde que Moçambique se tornou independente. Mas parece-me que tudo parava por lá e confiança política não era refrião dum hino na altura da nomeação à esse cargo. Por conta disso, eles não faziam uma réplica nos ministérios ou províncias onde eram confiados para governar. O ministro não exonerava todos os directores nacionais, provinciais nomeados pelo anterior para colocar os da confiança pessoal. O governador não exonerava os administradores nomeados pelo anterior para nomear os da sua confiança pessoal.

Penso que porque os ministros, os governadores assim não o faziam, os directores nacionais, provinciais, administradores distritais, directores de empresas e outras instituições não o faziam. Nós na base nem sabiamos isso de confiança política. Aliás, nessa altura falávamos mais contra o NEPOTISMO, a CORRUPÇÃO e nomeação com base na confiança pessoal podia ser vista como nepotismo, corrupção, entre os males a combater. Eu não vi nenhum nenhum administrador, nenhum director distrital, nenhum governador a nomear ou trazer de algum sítio pessoas da sua confiança. Por conta disso, a relação era mais profissional e actos de corrupção não eram em cadeia como é prático hoje.

Tanto quanto me lembro, a nomeação com base na confiança pessoal começõu a proliferar com advento da economia do mercado de mercado ,, nos meados dos anos 80, de uma forma informal sustentado “cabrito come onde está amarrado” e de forma formal (confiança política) com a ascencão a Secretário-Geral da Frelimo de Armando Guebuza. Tenho exemplos de casos de nomeações na segunda metade da década oitenta que eram autêntico canal de de corrupção. O indivíduo era ia para certo cargo para servir de via de drenagem de bens ou dinheiro para os seus superiores – “o cabrito come onde está amarrado”. Armando Guebuza institucionalizou partidarizando as instituições públicas e a base de nomeação para todos cargos sendo o cartão partidário e independentemente do seu mentor, a bajulação, a corrupção são critérios informais.

Muitas vezes, a confiança política e ou pessoal promove culto de personalidade, incompetência, bajulação, corrupção, nepotismo e até certo ponto regionalismo e ou tribalismo, destruindo assim todo um país ou uma organização.

A confiança política nas nomeações de cargos devia ter limites bem claros e muitos cargos deviam deviam ser de concurso público. A nível partidário, os cargos deviam ser sufragados como uma regra democrática.  

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