Bastidores da AR
…o general na reserva não perdoa o relatório de Catherine Mackenzie (que ainda não o leu) e a publicações nacionais, tais como o «Canal de Moçambique» e o «Diário da Zambézia» por o terem reportado
O general na Reserva, Bonifácio Gruveta Massamba, manifestou ontem, sem evasivas o seu desagrado pela maneira como parte da comunicação social moçambicana deu cobertura ao relatório da especialista britânica Catherine Mackenzie, onde se reporta a exploração desenfreada da madeira, em touros, na província da Zambézia.
O desagrado do general foi manifestado na Assembleia da República (AR) durante o intervalo, ao interpelar o deputado Manuel de Araújo pela bancada da Renamo União Eleitoral.
Gruveta que apontou Araújo como o mentor do projecto electrónico «Diário da Zambézia», que se publica a partir de Quelimane, quis saber dele as razões dos jornalistas daquela publicação terem dado enfoque ao relatório de Catherine Mackenzie. “Fale com aqueles seus miúdos. Faltaram-me ao respeito”.
No relatório da britânica, encomendado pelo Fórum da Organizações Não Governamentais da Zambézia (FONGZA) o general Massamba é apontado, juntamente com a família Chissano e membros não identificados do seu partido, Frelimo, como parceiros do grupo chinês «Green Crow Group», que está na vanguarda do «Take away Chinês!» naquela parcela do país.
Nada mais restou a Araújo, explicar ao general, que os miúdos são profissionais e que o trabalho que desenvolveram foi baseado num documento tornado público. E disse mais: “Eles até estão cá no Maputo a estagiarem para melhor capacitação”.
Mais, o desagrado do general não terminou por ai. Após o deputado da Renamo ter estendido as apresentações ao autor destas linhas, ele perguntou: “Trabalha para que jornal?”.
“«Canal de Moçambique»”, respondeu.
“Eles também escreveram sobre!” exclamou Massamba.
Para aquilo que parecia de missão ingrata para Araújo, foram justamente os seus colegas de Gruveta Massamba, pela bancada da Frelimo, António Jorge Frangoulis e Safi Gulamo respectivamente que explicaram ao general que o trabalho de jornalismo era assim mesmo e que a coisa mais importante a ser feita pelo general “era abrir-se para dar a sua versão dos factos e não fechar-se em copas”.
O «Canal» prometeu fazer chegar hoje uma cópia do relatório de Mackenzie que Massamba confessou ainda não ter lido.
Bonifácio Gruveta Massamba foi o primeiro governador da Zambézia e em alguns círculos da província é chamado de «campeão do saque» e «protector dos predadores»
(Luís Nhachote) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.03.2007
…o general na reserva não perdoa o relatório de Catherine Mackenzie (que ainda não o leu) e a publicações nacionais, tais como o «Canal de Moçambique» e o «Diário da Zambézia» por o terem reportado
O general na Reserva, Bonifácio Gruveta Massamba, manifestou ontem, sem evasivas o seu desagrado pela maneira como parte da comunicação social moçambicana deu cobertura ao relatório da especialista britânica Catherine Mackenzie, onde se reporta a exploração desenfreada da madeira, em touros, na província da Zambézia.
O desagrado do general foi manifestado na Assembleia da República (AR) durante o intervalo, ao interpelar o deputado Manuel de Araújo pela bancada da Renamo União Eleitoral.
Gruveta que apontou Araújo como o mentor do projecto electrónico «Diário da Zambézia», que se publica a partir de Quelimane, quis saber dele as razões dos jornalistas daquela publicação terem dado enfoque ao relatório de Catherine Mackenzie. “Fale com aqueles seus miúdos. Faltaram-me ao respeito”.
No relatório da britânica, encomendado pelo Fórum da Organizações Não Governamentais da Zambézia (FONGZA) o general Massamba é apontado, juntamente com a família Chissano e membros não identificados do seu partido, Frelimo, como parceiros do grupo chinês «Green Crow Group», que está na vanguarda do «Take away Chinês!» naquela parcela do país.
Nada mais restou a Araújo, explicar ao general, que os miúdos são profissionais e que o trabalho que desenvolveram foi baseado num documento tornado público. E disse mais: “Eles até estão cá no Maputo a estagiarem para melhor capacitação”.
Mais, o desagrado do general não terminou por ai. Após o deputado da Renamo ter estendido as apresentações ao autor destas linhas, ele perguntou: “Trabalha para que jornal?”.
“«Canal de Moçambique»”, respondeu.
“Eles também escreveram sobre!” exclamou Massamba.
Para aquilo que parecia de missão ingrata para Araújo, foram justamente os seus colegas de Gruveta Massamba, pela bancada da Frelimo, António Jorge Frangoulis e Safi Gulamo respectivamente que explicaram ao general que o trabalho de jornalismo era assim mesmo e que a coisa mais importante a ser feita pelo general “era abrir-se para dar a sua versão dos factos e não fechar-se em copas”.
O «Canal» prometeu fazer chegar hoje uma cópia do relatório de Mackenzie que Massamba confessou ainda não ter lido.
Bonifácio Gruveta Massamba foi o primeiro governador da Zambézia e em alguns círculos da província é chamado de «campeão do saque» e «protector dos predadores»
(Luís Nhachote) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.03.2007
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