quarta-feira, novembro 09, 2016

NAMPULA: FOGO DESTROI 350 BARRACAS NO MERCADO DOS “BOMBEIROS

Um incêndio de grandes proporções destruiu um total de 350 barracas e respectivos produtos no centro comercial dos poetas, vulgarmente conhecido por mercado dos bombeiros, na cidade capital provincial de Nampula, norte do país.

Segundo informações de testemunhas, confirmadas pela Polícia da Republica de Moçambique (PRM), o incêndio deflagrou por volta das 23 horas locais de terça-feira, altura em que todos estabelecimentos comerciais do centro estavam encerrados.

Considerado o maior de venda de roupas, o centro comercial fechava ao publico as 17 horas e durante a noite era guarnecido por seguranças de uma empresa privada.

Seguranças que guarneciam o local e alguns proprietários das barracas apontam o curto-circuito como a provavel principal causa do violento incêndio que destruiu por completo barracas de vários cidadãos, entre moçambicanos e estrangeiros, que exerciam suas actividades comerciais naquele mercado.

Segundo o relatorio que recebi do meu colega que estava a trabalhar durante a noite, o fogo foi originado por um curto-circuito num dos postes de energia. As barracas começaram arder aos poucos por volta das 23 horas, e devido a falta de intervenção, o incêndio atingiu níveis mais altos. A maioria dos comerciantes não conseguiram tirar nada, nem a mercadoria e muito menos o dinheiro da receita, contou o segurança Agostinho Aliace.

O fogo partiu de um posto de energia e depois atingiu uma das barracas e uma vez que quase todos estabelecimentos eram de madeiras o fogo foi fácil de se alastrar, e o resultado é isso que senhor jornalista está assistir, disse Issufo Chamatane, que testemunhou a ocorrência.

Por sua vez Júlio Manuel, trabalhador e vendedor daquele centro disse ter perdido muita mercadoria, entre chinelos e blusas, e somas de dinheiro que estava no cofre do seu patrão.

Depois de eu vender, entregava dinheiro ao meu patrão e ele guardava no cofre que estava dentro da banca. E com esta desgraça perdemos a mercadoria e o dinheiro que estava dentro da barraca, referiu Manuel.

Entretanto, a PRM, na pessoa do seu porta-voz, Zacarias Nacute, disse que o corpo de salvação pública quando teve conhecimento da ocorrência do incidente dirigiu-se ao local, mas não foi capaz de debelar o fogo.

Devido as circunstâncias no local, uma vez que tinha cabos eléctricos a arder, não foi possível debelar o fogo. Para intervirmos, foi necessário solicitarmos o piquete da EDM para desligar a energia nesta área, e até a hora que tivemos pronta resposta da empresa, tudo já tinha sido reduzido a cinzas, explicou Nacute.

Acrescentou ainda que uma outra causa que fez com que as chamas não fossem debeladas a tempo e hora é a insuficiência de viaturas, uma vez que os serviços de bombeiros têm uma única viatura, e a insuficiência de água.

O mercado dos bombeiros como era conhecido pelo facto de se localizar nas imediações do edifico do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), era o maior centro urbano onde muitos comerciantes de roupa recorriam para vender, assim como comprar a retalho e a grosso.

A destruição do mercado não afectou apenas a vida dos proprietários, mas igualmente de muitos jovens que recorriam aquele local para fazer seu ganha-pão.

Fonte: AIM– 09.11.2016

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