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quarta-feira, julho 01, 2015

Um discurso autocrático (repetição)

Por Machado da Graça

O III Reich Nazi vai durar 1000 anos. 
Adolf Hitler

Nem que passem milhares de anos a FRELIMO não pode nem deve sair do poder.
Mariano Matsinhe

Embora a História já me devesse ter ensinado a não me espantar com nada neste nosso país, a verdade é que continuo a ficar perplexo com aquilo a que vou assistindo.

A última foi uma reportagem do “Notícias” sobre uma palestra que Mariano Matsinhe foi fazer à nossa Academia de Ciências Policiais (ACIPOL).

Ao que parece a palestra era sobre a história das forças policiais no nosso país e, nesse aspecto, pouco ou nada tenho a objectar. O orador é pessoa conhecedora da matéria e pode ter dado uma aula interessante aos cadetes daquela academia.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Transição de gerações desagrada aos combatentes

Mariano Matsinha é combatente de primeira hora e muito próximo do Presidente da República. Distante dos holofotes da media, mas bastante influente, diz que os grandes temas do partido não podem ser discutidos nos jornais.
Encontrámo-lo num hotel na zona nobre da cidade de Maputo com o seu ipad entre as mãos. Aos 76 anos de idade,Matsinha não é um homem ortodoxo, é flexível e aberto ao uso de novas tecnologias e redes sociais. “Estou no facebook para acompanhar as discussões sobre o país”, respondeu-nos à vontade com os olhos fixos num post. Às perguntas dos jornalistas, Matsinha reage com convicção: não esconde a sua proximidade com o Chefe de Estado, Armando Guebuza; a necessidade de o governo não ceder a Afonso Dhlakama e a decisão de fuzilamento de Urias Simango. A guerra de sucessão e o avanço do MDM são temas que também trata sem reservas. A seguir, as partes mais importantes dessa conversa-entrevista.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Mariano Matsinha confirma tese de que Samora tinha sido isolado pelas Forças de Defesa

“Fazíamos a recolha de informações que eram disponibilizadas a quem de direito que, inexplicavelmente, não fazia uso delas (...). a verdade é que os camaradas da defesa não eram muito honestos, pois não diziam toda a verdade do que estava a acontecer ao comandante-em-chefe. (...) é verdade que as relações de Samora e as Forças Armadas do país não eram saudáveis”, afirma Matsinha.

sábado, setembro 08, 2012

No contexto da Revolução “Na Frelimo era norma fuzilar pessoas”

Por Francisco Carmona e Emídio Beúla

Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória. Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.

quarta-feira, julho 04, 2012

“Recondução de Guebuza à presidência do partido Frelimo é naturalíssima”

“É naturalíssimo. Não sei por que as pessoas vão interferir nisso. Ele não disse que ia continuar na presidência da República. Vai continuar a presidir ao partido e, quanto a isso, o partido pode ter um presidente vitalício sem problema nenhum”, disse o veterano da Frelimo que faz parte do poderoso Comité Central há, sensivelmente, 50 anos. in O País

A FRELIMO é soberana (in Bolentim Informativo da Frelimo)


O secretário-Geral da FRELIMO, o Camarada Filipe Chimoio Paúnde, defendeu, na semana passada, em declarações prestadas numa entrevista, a necessidade da manutenção do Camarada Presidente Guebuza, como Presidente do Partido no pós congresso.

Mariano Matsinhe e os Acordos de Lusaka

Mariano Matsinha revelou que as negociações que culminaram com a assinatura dos históricos Acordos de Lusaka, a 7 de Setembro, não foram feitas com o Governo provisório português, mas, sim, com o Movimento das Forças Armadas, que subiu ao poder na sequência do golpe militar que acabou com o regime de Salazar. 

Fonte: O País online - 03.07.2012

Reflectindo: que dizem os historiadores mocambicanos e portugueses?

sábado, junho 23, 2012

Liderança tripartida travou ascensão de Uria Simango - ex-combatente

Nota: Leia todo o artigo porque é uma grande revelação e é pela primeira-vez que a Frelimo iliba Uria Simango de cúmplice no assassinato de Eduardo Mondlane. E o que diz o meu amigo Viriato Tembe?

Liderança tripartida travou ascensão de Uria Simango - ex-combatente

A Frelimo optou pelo triunvirato na liderança do movimento, após o assassínio do seu primeiro presidente, Eduardo Mondlane, para travar a ascensão de Uria Simango, "um líder um bocadinho fraco", disse à Lusa o combatente anticolonial Mariano Matsinha.

domingo, janeiro 18, 2009

O problema da falta oposição credível e alternativa à governação (1)

Antes de eu apresentar a minha reflexão ou inquietação sobre este tema, recordo aos leitores uma peça de artigo publicado no Jornal Notícias, em 28 de Abril de 2007 e eis:

Oposição deve ser reduzida a nada

A OPOSIÇÃO no país não deve desaparecer, mas sim o partido Frelimo, no poder, deve continuar a envidar esforços de tudo fazer com vista a reduzi-la cada vez mais àsua insignificância, segundo defendeu Mariano Matsinhe.

Disse que nem que passam milhares de anos e figuras como ele, que estiveram a frente da fundação da Frelimo e lutaram contra o colonialismo português, venham a deixar o mundo dos vivos, a Frelimo não pode e nem deve sair do poder.

Só assim, segundo ele, é que a nação moçambicana continuará a desenvolver e a criar melhores condições de vida para o seu povo.

“Vamos fazer tudo que for necessário de modo a que a Frelimo não saia nunca do poder e que continue a servir melhor. Podem ser criados milhares de partidos e eles todos concorrerem em todas eleições, a Frelimo sempre continuará a mandar neste país. Aliás, queremos que daqui a algum tempo nem sequer no Parlamento entrem, ou seja, no futuro todos assentos devem ser ocupados pelos nossos deputados. Não sou a favor da extinção da oposição, mas ela deve continuar insignificante” – disse.

Explicou que a mudança de nome da Polícia Popular de Moçambique para a Polícia da República de Moçambique deveu-se a conjuntura interna e externa que o país atravessava, visto que se estava passar do multipartidarismo científico para a democracia, que acabou sendo um processo imposto.

HÉLIO FILIMONE

Nota do Reflectindo: As declarações nunca foram rejeitadas pelos órgãos do Partido Frelimo, incluindo Armando Emílio Guebuza, seu presidente. A questão é de saber de como a Frelimo está fazendo para reduzir à insignificância a oposição. Este interregno entre as eleicões autáquicas e provinciais, gerais e presidenciais, deve ser para a nossa análise profunda se não quisermos assumir as declarações de Mariano Matsinhe e Marcelino dos Santos.