terça-feira, maio 29, 2018

Decapitadas 10 pessoas em Palma em mais um ataque terrorista

Dez moçambicanos foram decapitados, no último domingo, no distrito de Palma, em Cabo Delgado, num acto atribuído ao grupo designado por Al-Shabab.
A informação foi confirmada, hoje, pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia, Inácio Dina, durante o briefing semanal.
Cinco corpos, dentre os quais de dois adolescentes, foram encontrados na aldeia 25 de Junho e outros na aldeia de Monjane.
O grupo colocou-se em fuga e Dina avança que continuam buscas no sentido de neutraliza-los.A Polícia ainda não sabe quantos membros compõem este grupo.
Fonte: O País – 28.05.2018

Contrariando:


A polícia moçambicana garante que conseguiu estancar a onda de ataques levados a cabo por grupos armados em Mocímboa da Praia, norte do país. De acordo com o Comandante Geral da Corporação, Bernardino Rafael, o trabalho prossegue com vista assegurar que ataques do género não voltem a acontecer em território nacional.
A situação de ataques protagonizados por grupos armados com supostas ligações a movimentos extremistas islâmicos está controlada na região norte de Moçambique, sobretudo em Mocímboa da Praia em Cabo Delgado palco dos primeiros ataques registados nos dias 04 e 05 de Outubro passado a unidades da polícia e saques a unidades sanitárias. A garantia é do Comandante Geral da polícia Bernardino Rafael.
"Mocímboa da Praia é um caso controlado. Estamos a trabalhar no sentido de criar cada vez mais um ambiente favorável. É aquilo que vocês têm vindo todos os dias a ver nas notícias. Nós dizíamos, daqui a um tempo, provavelmente, vamos deixar de ouvir falar do assunto de Mocimboa da Praia", referiu.
Os ataques que se prolongaram na forma de conflitos esporádicos por outros distritos resultaram na morte de cerca de 20 pessoas entre insurgentes, agentes da polícia e civis. Em conexão com estes ataques segundo a polícia, mais de 200 pessoas entre cidadãos nacionais e estrangeiros estão detidos.

Fonte: RFI - 20.05.2018

segunda-feira, maio 28, 2018

Dados do CIP indicam que foram recenseados 88% de potenciais eleitores

O recenseamento eleitoral terminou a 17 de Maio, com 6.7 milhões potenciais eleitores inscritos, o corresponde a 88% da meta prevista, segundo o relatório do Centro de Integridade Pública, que aponta que a participação do cidadão está muito próxima do habitual, que ronda aos 90%.
O Centro refere ter acompanhado rigorosamente o recenseamento e notou que “o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) alterou diversas vezes o universo de eleitores a recensear, sem nunca explicar a base das alterações. Do início do recenseamento estava prevista a inscrição de 8.5 milhões de eleitores mas ao fim a meta foi reduzida para 7.6 milhões”. E aponta alguns exemplos. “No caso de Niassa, houve situação estranha. Por exemplo, no balanço do dia 06 de Maio, Niassa tinha meta de 568 293 cidadãos por inscrever. Uma semana depois, no balanço do dia 13 de Maio, a meta foi cortada para 495 380 eleitores por inscrever. Mas nos dados finais de 17 de Maio, Niassa volta a subir de meta para 582 192 eleitores. O STAE nunca explicou detalhadamente a razão dos cortes e aumentos do universo de cidadãos a recensear”, diz.
Por outro lado, diz que dos dados finais, destaque para as províncias de Gaza e Cabo Delgado – “ambos bases de apoio da Frelimo – que superam a meta. Gaza inscreveu 117% e Cabo Delgado, 102%. Inhambane, outra província dominada pela Frelimo inscreveu 99,7%. Niassa é a província com menos eleitores inscritos: 63%”.
 A Cidade Capital, Maputo, não atingiu 80%. Em termos das grandes cidades, Lichinga registou apenas 57% dos eleitores, enquanto Beira (106 %), Xai-Xai (128 %), Tete (106 %), superaram a meta, ainda de acordo com o relatório do CIP.
Fonte: O País – 25.05.2018

sábado, maio 26, 2018

sexta-feira, maio 25, 2018

Presidente Filipe Nyusi vs Cidadania


Senhor Presidente da República, Filipe Nyusi, não acha que todo o cidadão, não apenas membro da população, tem o mandato de questionar sobre o que o senhor como PR está a negociar ou a tratar com quem quer que seja desde que isso tenha a ver com todos nós? Que sociedade quer, senhor Presidente? Uma sociedade indiferente aos assuntos do país? Cidadãos que não questionam? Acha senhor presidente que todos os moçambicanos têm que aceitar tudo o que decide?

terça-feira, maio 22, 2018

Coligação entre Renamo e MDM emerge no debate político em Moçambique

Daviz Simango, do MDM, sugere trabalho conjunto para as próximas eleições

Em alguns círculos políticos moçambicanos afirmar-se que membros séniores da Renamo reagiram positivamente a uma sugestão do líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) no sentido de os dois partidos trabalharem em conjunto nas próximas eleições em Moçambique, aumentando a possibilidade de uma coligação.
Analistas, no entranto, consideram que a grande questão é quem seria o candidato dessa eventual coligação às presidenciais.
Daviz Simango foi citado por alguns jormais da praça como tendo afirmado esperar que as políticas do MDM e da Renamo venham a convergir em estratégias eleitorais para conseguir alcançar bons resultados.
Simango realçou que tanto o MDM quanto a Renamo lutam para chegar ao poder, havendo por isso, a necessidade de se encontrar uma forma de lá chegar.
O analista Laurindos Macácua diz ser pouco provável uma coligação entre os dois partidos, "porque o MDM está enfraquecido e a Renamo sairia a perder nesse jogo, pois, não seria uma junção de forças".
A ideia é criar uma frente comum contra a Frelimo, o que para o líder do MDM, "é sempre uma janela aberta que permite a passagem de vento".
Contudo, Macuácua duvida que, pelo menos nesta fase, essa frente seja capaz de tirar a Frelimo do poder.
Para o analista Francisco Ubisse, é possível uma coligação MDM-Renamo, mas a questão é quem será o candidato às eleições presidenciais dessa frente.
Ubisse sublinhou ser evidente que com a morte de Afonso Dhlakama, o candidato mais proeminente da oposição é Daviz Simango, mas duvida que a Renamo o aceite como candidato, porque, na sua opinião, "há claramente conflitos de interesse pessoais".

Fonte: Voz da América – 22.05.2018

Novo ministro pode incorrer em conflito de interesses

Centro de Integridade Pública (CIP) considera que o novo titular das Obras Públicas e Habitação, João Machatine, pode incorrer numa situação de conflito de interesses por deter ações em empresas de construção civil.
A organização da sociedade civil moçambicana diz, em comunicado, que João Machatine é sócio na Tovisi - Engenharia e Construção e na Clínica das Construções, podendo violar a Lei de Probidade Pública ao ocupar o cargo de ministro das Obras Públicas e Habitação, mantendo interesses nessas empresas.
O CIP assinala que, na altura em que foi vice-ministro do pelouro que ocupa agora como ministro, alertou para o facto de Machatine reunir todas as condições para estar envolvido em situações de conflito de interesses e tráfico de influências, uma vez que possui interesses privados que podem colidir com o objeto da entidade ministerial sob tutela. Ler mais ( Deutsche Welle, 22.05.2018)

segunda-feira, maio 21, 2018

Revisão pontual da Constituição moçambicana em risco

Observadores alertam para "sinal bastante negativo"

Um eventual adiamento da revisão pontual da Constituição continua a dominar o debate na política moçambicana.
Alguns analistas dizem que se o tema for adiado pelo Parlamento será um sinal bastante negativo para um sector importante do eleitorado que está predisposto a eleger directamente os governadores provinciais.
A presente sessão da Assembleia da República deverá terminar esta semana e não há qualquer indicação de que possa ser aprovada a emenda constitucional, o que, para analistas, poderá colocar em causa o entendimento sobre a descentralização alcançado entre o Chefe de Estado, Filipe Nyusi e o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
O pacote sobre esta matéria foi submetido ao Parlamento há já algum tempo, mas as bancadas da Frelimo e da Renamo não se entendem quanto à nomeação dos administradores distritais, o que poderá fazer com que as próximas eleições de 2019 se realizem à luz da actual Constituição.
A Renamo defende que os administradores sejam indicados pelo governador provincial, cuja eleição vai ser directa, seguindo o modelo cabeça-de-lista, e não parece estar disposta a fazer qualquer cedência quanto a este aspecto.
O jornalista Paul Fauvet diz que "a questão da nomeação dos administradores distritais não faz parte do pacote trabalhado por Nyusi e Dhlakama em vida, pelo que se a Renamo quiser a eleição de governadores provinciais, tem de agilizar o processo no parlamento, e se a Constituição não for revista, as próximas eleições vão ser realizadas de acordo com a presente Lei-Mãe".
O jurista José Machicane considera que "se não tivermos novas regras de designação de governadores, isso teria um impacto negativo porque a sociedade está a ser preparada para ir às próximas eleições num quadro jurídico constitucional novo, pelo menos no que diz respeito ao capítulo dos processos eleitorais".
Machicane sublinha que mesmo ao nível da mobilização do eleitorado, " se não houver novas regras de designão dos governadores, isso terá um impacto negativo porque as pessoas estão a preparar-se para eleger os seus representantes através do modelo de cabeça de lista".

Fonte: Voz da América – 21.05.2018

Ainda sobre abolição de dispensas – SERÁ DEVIDO À MINGUANTE PARTE DELES?


ATÉ aqui é apenas uma ESPECULAÇÃO, pois até aqui não partilharam comigo o estudo que sustenta que as dispensas resultam-se de compra de notas, sistemática fraude académica e são a causa da má qualidade do ensino em Moçambique. Já que é isso, ESPECULAÇÃO, eu também VOU ESPECULAR.
Toda esta medida anunciada não por pessoas que são nomeadas com base na competência e muito menos por idoneidade, mas confiança pessoal dos seus superiores, só deve ser porque as contas não estejam a dar certo. Eu especulo que quando as estatísticas estão prontas em Março de cada ano, cada escalão faz os cálculos do que virá – A PARTE DELES - do escalão inferior que gere as classes de exame. Assim, até o director-pedagógico que é nomeado mais para gerir a PARTE DELES que (gerir) o processo de ensino-aprendizagem, fica sem algo do aluno dispensado. Com certeza, este é primeiro a desconfiar que o professor da disciplina em que o aluno dispensou, COMEU SOZINHO...
Agora nada mais, nada menos que se faz para que as contas sejam certas e certinhas. Que cada um tenha a sua parte.


Nota: Ainda me devem os responsáveis da fraude académica em Quelimane em 2012.

domingo, maio 20, 2018

Dedicação ao supérfluo


No Lugar de abolir nomeações por confiança (familiaridade e amizade) empenham-se na abolição de dispensas.
Os que dispensam exames fazem-no com desempenho pessoal durante anos e em muitas disciplinas. Porquê a dedicacão, o desempenho, não pode merecer dispensar esse tempo de espera de exames e o resto?
Engajem-se na ABOLIÇÃO DE NOMEAÇÕES DE INCOMPETENTES NAS CHEFIAS. As ditas nomeações por confiança para ser por concurso e com certeza os que vão vencer nesses concursos serão os que dispensam dos exames.

quinta-feira, maio 17, 2018

MINEDH altera regulamento de avaliação do ensino secundário

A notícia caiu como uma bomba para os estudantes e professores. Na verdade, não passam quatro anos que o Ministério da Educação, na altura dirigido por Jorge Ferrão, alterou o regulamento de educação, reduzindo o número de disciplinas com exame na 10ª e 12ª classes.
Assim, a nível da 10ª classe, por exemplo, os alunos tinham que fazer como obrigatórios os exames de inglês, Português e Matemática, desde que obtivessem uma nota média anual inferior a 14 valores e igual ou superior a 8. As outras duas disciplinas eram alternadas entre História, Geografia, Biologia, Física e Química. O exame de Desenho estava abolido. Situação idêntica verificava-se também a nível da décima segunda classe.
Esta semana, os alunos foram surpreendidos com um despacho do Ministério da Educação que refere que estão abolidas as despensas e todos alunos que tiverem uma média não superior a 10 valores será submetido a exame.

Fonte: O País – 17.05.2018

terça-feira, maio 15, 2018

Frelimo, Renamo e MDM divergem sobre pacote da descentralização

Lucas Chomera, da Frelimo, Ezequiel Gusse, da Renamo, e José Lobo, do MDM, estiveram na mesma mesa, esta terça-feira, com a sociedade civil e partidos extra-parlamentares para falar dos desafios, avanços e perspectivas sobre o pacote da descentralização acordado entre o Presidente da República e o presidente da Renamo.
Os três deputados, que compunham o painel numa mesa redonda, revelaram haver divergências entre as bancadas do Parlamento, sobre a indicação de administradores distritais, no âmbito da descentralização do poder.
A Frelimo defende que os administradores distritais devem continuar a ser indicados pelo ministro da Administração Estatal até 2024, Para alguns participantes do debate, a justificação da Frelimo não faz sentido, isto porque os governadores provinciais, a serem eleitos em 2019, não podem governar uma área onde existem administradores, que são indicados pelo Governo Central. Aliás, há quem entende que estas divergências surgem pelo facto de se querer implementar mudanças complexas de forma imediata.
Neste momento, o pacote da descentralização está a ser analisado no Parlamento, pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade e pela Comissão da Administração Pública e Poder Local. O debate desta terça-feira sobre a descentralização do poder foi organizado pelo Instituto para a Democracia Multipartidária.
Fonte: O País – 15.05.2018

segunda-feira, maio 14, 2018

Insatisfação afasta cidadãos do recenseamento eleitoral

Instaifação é causada, entre outros, pelas dívidas ocultas e a prevista eleição indirecta dos presidentes de municípios.

Em Moçambique, alguns analistas dizem que uma das causas da fraca adesão ao recenseamento eleitoral pode ser a insatisfação dos cidadãos com a actual situação política e económico-social no país.

Tal inclui o não esclarecimento da questão das chamadas dívidas ocultas e a prevista eleição indirecta dos presidentes de municípios.

Faltando uma semana para o fim do registo eleitoral, as autoridades dizem terem sido recenseados pouco mais de 5.3 milhões de potenciais eleitores, dos cerca de oito milhões previstos, para as municipais de Outubro deste ano.

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral-STAE, desdobra-se em acções tendentes ao cumprimento da meta, mas o analista Manuel Alves duvida que isso seja possível, porque, na sua opinião, há uma grande insatisfação dos cidadãos, com a actual situação no país.

Frente Comum MDM/Renamo “é uma janela aberta”

Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique, não descarta a possibilidade de uma frente comum MDM/Renamo para tirar Frelimo do poder. As eleições autárquicas em Moçambique estão previstas para Outubro de 2018.
Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), não descarta a possibilidade de uma frente comum MDM/Renamo para tirar Frelimo do poder.
Espero que as políticas do MDM e da Renamo venham a convergir em estratégias eleitorais (…) para conseguir alcançar os resultados esperados”, sublinhou o líder do terceiro partido com representação parlamentar em Moçambique. Acrescentando que “tanto o MDM como a Renamo lutam para chegar ao poder” e há, por isso, necessidade de encontrar forma de lá chegar.
À questão sobre a criação efectiva da frente comum contra a Frelimo, o presidente do município da Beira garantiu que "é sempre uma janela aberta” que permite a “passagem do vento” e “ninguém impede que o vento passe”, concluiu.
Daviz Simango lembrou que o MDM e a Renamo são partidos de centro-direita, ambos membros da Internacional Democrata Centrista (IDC), que tem o líder do MDM como um dos vice-presidentes da IDC África: “portanto, ideologias comuns, princípios em algum momento diferenciados, mas no fim do dia a ideologia é comum”. Ler e escutar em RFI – 14.05.2018


EM SÃO TOMÉ E PRÍCIPE: DISCIPLINA PARTIDÁRIA IMPOSTA À LIDERANÇA DO MLSTP-PSD??

Principal partido de oposição são-tomense suspende presidente e outros cinco membros

O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-democrata (MLSTP-PSD) suspendeu hoje seis dos membros, incluindo o seu presidente, Aurélio Martins, indica um comunicado hoje divulgado.

Os seis membros do principal partido da oposição são todos deputados da Assembleia Nacional (parlamento) e a suspensão foi ratificada por decisão do Conselho nacional do partido hoje reunido.

"O Conselho Nacional decidiu ratificar a decisão da Comissão Política que deliberou a suspensão dos referidos camaradas", refere o comunicado.
Entre os seis membros figuram os três que subscreveram uma carta a Assembleia Nacional (parlamento) para a exoneração e reforma compulsiva dos três juízes do Supremo Tribunal de Justiça, designadamente Aurélio Martins, presidente do partido, Jorge Amado, líder da bancada, e Vasco Guiva, presidente da terceira comissão especializada, bem como os irmãos Domingos (Nino) e António Monteiro, gestores da cervejeira Rosema.

Presidente do MLSTP-PSD diz que decisão de o afastar da liderança é ilegal

Aurélio Martins afirma que só um congresso extraordinário pode afastá-lo da liderança do partido
O presidente do MLSTP-PSD, principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, foi acusado de traidor e afastado da liderança.
Aurélio Martins foi um dos deputados do MLSTP-PSD que se juntaram ao ADI, no poder, na aprovação da resolução da Assembleia Nacional que exonerou os três juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que devolveram a cervejeira Rozena ao empresário angolano Melo Xavier.
A Comissão Permanente do MLSTP-PSD não gostou e reuniu o Conselho Nacional que decidiu pelo afastamento do seu líder.
Aurélio Martins disse à VOA que a decisão do Conselho Nacional é contra os estatutos do seu partido e que só um congresso extraordinário pode afastá-lo da liderança do MLSTP-PSD.
Martins explicou que subscreveu a resolução da Assembleia Nacional que exonerou os juízes em solidariedade a um dirigente do partido vítima da “injusta” decisão do STJ que devolveu a Cervejeira Rozema ao empresário angolano Melo Xavier.
Aurélio Martins lamenta a decisão dos irmãos Monteiro de abandonar o MLSTP-PSD por ser de "uma grande baixa para o partido".
Depois de terem pedido o seu afastamento do partido, os dois deputados do MLSTP-PSD, envolvidos na disputa da Cervejeira Rozema, passaram a independentes na Assembleia Nacional, mediante uma carta dirigida ao presidente do Parlamento.

Fonte: Voz da América - 14.05,2018

domingo, maio 13, 2018

O Governador de Nampula não sabe do caos instalado no processo de recenseamento eleitoral?


Pelo que tenho acompanhado tanto nas redes sociais por cidadãos não suspeitos como na imprensa, está instalado um caos no recenseamento eleitoral , pelo menos em Nampula. Eleitores que esperam horas a fio para recensear e que por vezes nunca conseguem; corrupção que envolve os agentes de recensemeanto; etc; etc. O recenseamento eleitoral é um processo do Estado. STAE é uma instituição do Estado que presta contas ao Estado Moçambicano. O representante máximo do Estado numa província é o governador da mesma. A pergunta que não quer calar é se o governador de Nampula, o senhor Victor Borges, ainda não sabe do caos instalado no processo de recenseamento.

sexta-feira, maio 11, 2018

Widespread Frelimo parallel registration


In several parts of the country Frelimo is carrying out a parallel registration and in some cases forcing people to register with them as well. In one neighbourhood of Chibuto, Gaza, Frelimo was collecting voters cards. In Inhambane city, the provincial government secretariat was collecting cards from everyone in the local office of the audit court (Autoridade Tributária) on 2 May. In nearby Maxixe, teachers are being required to sign the Frelimo registration form.

In Mozambique Political Process Bulletin8 May 2018

quinta-feira, maio 10, 2018

Portugal não é sério para casos das ex-colónias.

 Deve ser por culpa de ter nos colonizado e de forma directa até 1975?

Sempre tenho dito que Portugal (Estado e governos) tem tido dificuldades de ser sério com casos das ex-colónias, sobretudo de Angola e Moçambique que sempre chantageiam ou por medo dos próprios governos portugueses e ou o estado português. Governantes destes dois países africanos podem depositar em Portugal tudo que roubam nos seus países, podem até mandar assassinos a Portugal para perseguir e matar os seus opositores, nunca serão investigados e antes pelo contrário podem ser premiados com algum cargo lá em Macau ou noutro lado do mundo. Nestes dois países, cidadãos portugueses podem ser maltrados e até assassinados por agentes dos governos moçambicanos e angolanos ao seu bel prazer, mas nunca se pode esperar que algum governo ou o Estado português tomará aquela posição própria de um governo ou Estado em defesa dos seus cidadãos.
P.S: 1. Não sei se é por herança portuguesa ou é assim mesmo em estados africanos, mas a minha experiência é que Moçambique (ambaixadas de Moçambique) faz o mesmo que Portugal faz em Angola e Moçambique.
P.S:2. Caro amigo, discuta aqui comigo sobre este tema ou me avise se partilhares o meu post. Tenha em conta que tenho o direito de defender a minha opinião ou o meu ponto de vista.
P.S: 3. Isto veio-me do caso Manuel Vicente, antigo vice-Presidente de Angola que faz recordar de muitos casos como os de fraudes eleitorais em Mocambique e Angola e a posicão de Portugal em relacäo a isso, do assassinato de Ivo Fernandes em Portugal, o sumiço (??) do português Américo Sebastião em Sofala, entre tantos casos por aí. Enfim, ser moçambicano ou angolano é mesmo que ser português.

terça-feira, maio 08, 2018

Não há tolerância


Quem é Ossufo Momade

Ossufo Momade é filho de Momade Ossufo e de Zainabo Alide, nascido na Ilha de Moçambique em Nampula, no dia 30 de janeiro de 1961. Frequentou a escola primária Luís de Camões na ilha de Moçambique e apos ter concluído a quarta classe, ingressou em 1973 na escola comercial Perú de Covinhã.
Em 1974, foi incorporado nas Forças Armadas de Libertação de Moçambique (FPLM), depois dos acordos de Lusaka, em Nampula. Fez parte do comissariado político militar e depois passou para a área de saúde militar onde trabalhou como secretário particular do director provincial de saúde militar.
Em 1978, foi transferido de Nampula para o centro de formação de quadros em Inhambane e no mesmo ano, a partir das informações da Rádio da Renamo tomou conhecimento da criação deste partido.  Nesta altura, era comandante da companhia nas FPLM função que acumulava com as de comissário político militar.
Quando visitava uma das zonas sobre influência da RENAMO, houve um ataque e foi nessa altura que ingressou nas fileiras do partido, em dezembro de 1978. Três meses depois, após treinos militares em Gorongosa e Maríngue, Ossufo Momade é incorporado numa missão, a primeira, na província de Tete,  orientada pelo próprio líder da RENAMO,  Afonso  Dhlakama.
Seguiram-se várias missões nas províncias de Manica e Sofala. Um ano depois é promovido   a chefe da secção. Em princípios de 1981, Momade é promovido  a comandante da companhia. Trabalhou sucessivamente em Manica e Zambézia.   
Em meados de 1983, foi enviado pelo líder da RENAMO para abrir  a frente de Nampula e no mesmo ano foi promovido a major-general. quando começam os primeiros contactos para as negociações de paz, ele e outros generais foram transferidos para a Casa Banana, na Gorongosa, onde coordenavam o processo de negociações.
Em 1992, foi promovido a tenente-general, em Maringué. Depois da assinatura do acordo de paz,  foi indicado para supervisionar a comissão de supervisão de cessar-fogo. 
Em 1993, foi nomeado chefe do departamento dos assuntos religiosos e mais tarde foi transferido para Nampula para dirigir o processo de acantonamento militar.
Em 1996, foi eleito delegado político provincial de Nampula e mais tarde foi eleito delegado regional da zona norte.  
Em 1999, foi eleito deputado da Assembleia da República, função que desempenha atualmente. E em 2003 foi nomeado chefe do departamento dos desmobilizados de guerra.
Em 2007 foi eleito secretário-geral da RENAMO, tendo cessado em 2013,  dando lugar a Manuel Bissopo. Foi então nomeado chefe do departamento de defesa e segurança da RENAMO, cargo que exerce até este momento.
Atualmente frequenta o segundo ano do curso de Direito no Instituto Superior Monitor de Maputo.

Fonte: Deutsche Welle – 07.05.2018

domingo, maio 06, 2018

Processo de descentralização está numa fase estacionária

O processo de descentralização, ora em curso no país, cujo pacote foi acordado entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ainda em vida, em finais do ano passado, e que foi depositado na Assembleia da República, pelo PR, há mais de um mês, está numa fase estacionário, por falta de entendimento entre as duas bancadas no processo de indicação dos administradores.
De acordo com Ivone Soares, Chefe da Bancada da Renamo na Assembleia da República, a bancada da Frelimo entende que o Ministro de tutela é que deve indicar os administradores, ouvindo o governador eleito.
“Nós achamos que o governador é que deve montar a sua equipa, porque eles (governadores) representam toda a província e o Plano Económico Social tem de ser aplicado de acordo com a política desenhada para uma certa região. Não queremos um governador que só corta fitas, porque se passar a proposta da bancada da Frelimo, os administradores passarão a receber ordens e orientações apenas ao nível central”.
Ivone Soares pediu o apoio de toda a sociedade e das outras forças políticas da oposição para pressionarem a bancada maioritária da Frelimo e o Governo, no sentido dos administradores serem indicados pelos governadores.
“Não nos acovardemos, por favor. Dhlakama já não está entre nós para sair em nossa defesa e obrigar a Frelimo a aceitar a descentralização. Agora nós todos temos que ser Dhlakama, porque senão vamos ter uma descentralização centralizada, pois o Governo central vai continuar a dar orientações aos administradores, orientações essas que podem contrariar aquilo que serão as nossas políticas de governação”.
A chefe da bancada da Renamo terminou afirmando que neste momento ainda é cedo para se abordar esta questão com profundidade. A nossa prioridade agora é sepultar o presidente Dhlakama.  

Fonte: O País – 06.05.2018

Dhlakama alertou membros da Renamo para projectarem seu substituto

“Os meus anos estão a terminar. Então, preciso daqueles que me irão substituir e não serei eu a indicar um amigo ou um sobrinho para o efeito. Não. Este não é o poder do régulo Mangunde. O meu pai é régulo. Quando o meu pai morrer, um dos meus irmãos ou um dos meus filhos vai o substituir. Agora, o poder político cabe a Renamo. Não vejam Dhlakama como uma pedra. E se eu morrer hoje?”, perguntou o líder da Renamo há oito meses.

Na mesma altura, Dhlakama disse aos membros do seu partido que nunca a guerra acaba com matanças, daí a necessidade de se negociar a paz por via do diálogo. “Se pegarmos em bazucas e partirmos para matar todos os membros da Frelimo, eles fogem para o mato e investem  na guerrilha. Mesmo sem o apoio da população, vão impedir o nosso governo. Se calhar, depois disso, possam vencer a Renamo e nós voltamos a fazer a mesma coisa que eles. Para que isso não aconteça, é importante encontrar as soluções daquilo que sempre provoca o desentendimento. O diálogo não tem prazo e nem calendário. Vai continuar”, afirmou o Dhlakama.

Fomte: O País – 06.05.2018

sábado, maio 05, 2018

Sobre sucessor de Afonso Dhlakama


Discutir sobre quem será o sucessor de Afonso Dhlakama, na direcçãoo do Partido Renamo é lógico para além de ser inevitável porque estamos a falar de um instituição pública muito importante do nosso país. A sucessão em si é do interesse de TODOS os moçambicanos independentemente de que partido é membro ou simpático ou se é apartidário. Razões são muitas.
Contudo, é para mim preocupante quando exactamente o que se critica é o que muitos gostariam de ver. Em muitos comentários se questiona se Dhlakama havia apontado seu sucessor antes da sua morte. Afinal devia ser ele a apontar seu sucessor na presidência da Renamo? Por conta disso, até cometem-se erros graves como de sugerir gente de fora para dirigir a Renamo.  Que democracia interna nos partidos sugerimos? Bom ou não há num partido do tamanho da Renamo quem será o sucessor.
Posso até entender o que querem dizer, mas deviam ser muito claros para que todos saibamos o que é importante nos partidos políticos em democracias sem falar apenas da Renamo. No meu entender ou na minha opinião, esses analistas e comentadores sugerem que a Renamo devia ter uma Comissão Política como membros presidenciáveis ou membros que ao olho dos moçambicanos identificam outros membros presidenciáveis ou os capacitam para tal. Eu devia dar um exemplo, mas deixo por aqui.
P.S: A morte de Afonso Dhlakama é um assunto nacional e por isso, qualquer patriota se engaja em reflexões a bem da nação.  

quinta-feira, maio 03, 2018

Morreu Afonso Dhlakama

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, morreu, de acordo com a Sapo. A informação sobre a morte do homem que se tornou líder da guerrilha aos 27 anos de idade, por parte da “perdiz”, ainda é escassa.

De nome completo Afonso Macacho Marceta Dhlakama, o líder da Renamo nasceu a 1 de Janeiro de 1953, em Mangunde, distrito de Chibabava em Sofala. É filho de um líder tradicional, o régulo Mangunde.
Dhlakama ingressou na FRELIMO em 1974, mas abandonou o Movimento em pouco tempo, tornando-se um dos fundadores da Resistência Nacional de Moçambique. Foi quando morreu André Matsangaíssa, em combate na Gorongosa, a 17 de Novembro de 1979, que Dhlakama tornou-se presidente do movimento tendo assumido as rédeas em 1980. Dhlakama assumiu assim a guerrilha com 27 anos de idade. Foi com a sua liderança que guerra civil, que durou 16 anos, se expandiu para todo o território nacional e desestruturando o país ao nível económico e social. O que levou o governo a negociar com o regime do Apartheid que financiava a Renamo um acordo de não agressão em 1984. No tal acordo o governo moçambicano deixaria de apoiar o ANC que lutava contra o então regime sul-africano, e este por sua vez a Renamo.  Ler mais (O País - 03.05.2018)

quarta-feira, maio 02, 2018

Edil de Nampula já formou o seu Governo

Presidente do Conselho Municipal de Nampula, Paulo Vahanle, exonerou todos os vereadores e chefes dos postos administrativos e já formou o seu governo, que deverá tomar posse amanhã (03.05).
Paulo Vahanle, o edil da cidade nortenha de Nampula, já formou o seu governo que deverá tomar posse nesta quinta-feira (03.05) . No início da semana, contra todas as expectativas, o novo presidente do Conselho Municipal de Nampula exonerou todos os dez vereadores e os seis chefes dos Postos Administrativos do Município. Paulo Vahanle completa hoje (02.05) duas semanas após a sua investidura. O novo executivo municipal será composto por membros da RENAMO e do MDM.
Paulo Vahanle fala de inclusão e é por isso que, além dos membros do seu partido, a RENAMO, também decidiu colocar no seu executivo membros de outros partidos.
‘‘O presidente [ do Município de Nampula] já convidou ao partido FRELIMO e o MDM para nos fornecerem nomes de alguns vereadores. O MDM respondeu favoravelmente e a FRELIMO agradeceu o gesto do Paulo Vahanle, mas disse que de momento não tinha disponibilidade para nos ceder um vereador. Ler mais (Deutsche Welle, 02.05.2018)

terça-feira, maio 01, 2018

O Recenseamento proibido

Por Paula Lovena Amade Amosse

O meu marido hoje pôs-se em pé quando eram 05:20h da manhã, para ir recensear-se.
Quando chegou ao Posto de Recenseamento da Escola Primária dos Belenenses (isso é em Nampula), já lá estavam cerca de trinta pessoas na fila masculina (organizam duas filas por género).
Por voltas das 07:00h, voltou à casa para "forrar o estômago", estava tão apressado que a Kewa nem teve tempo de exigir "leite, pai pepaia".
Agora há pouco, ele enviou-me uma mensagem de texto com o seguinte teor " Desde as 7h só entrou 1 pessoa da bicha, outros são improvisos de pessoas que vêm chegando, até pagam 100mt. Falta pouco filmar, polícia é que recebe a mola."
O que esperar desse processo? Para que serve realmente à Polícia?
De referir que esta é a quinta vez que tentamos nos recensear.
In Paula Lovena Amade Amosse (01.05.2018)